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No outro final de semana as meninas e eu cismamos de ir pro baile. Eu hein, ninguém tá morta aqui! Matilda ficou com as crianças e partimos. 

Já tava na metade do meu segundo copão, queria nem saber, só queria curtir. Deixei até o celular em casa pra não ter estresse. 

"Seja no lins ou no ppg, pode começar a descer" 

Eu já tava como? Jogando a minha raba sem limites, ia até o chão e voltava... Ainda bem que fui de short, já sabia que ia ser assim. 

Dandin: Ta soltinha hein, minha prima. 

Kikito: Pretinha ganhou alforria e tá assim agora! - e mandei língua pra ele. 

Jade: Vocês gostam de me arrasar né?! - falei rindo.

Marcelo veio na minha reta com o telefone na mão. 

Malvadão: Nathan tá passando mal. - rapidinho o alcool sumiu. 

Jade: Tô indo embora, avisa o pessoal ai! - sai andando pra fora da quadra. Merda! Porque eu deixei o celular em casa?

Malvadão: Ô rapá, bora, vou contigo. - passei a mão no rosto assentido. Cara, eu tava muito na onda. - Tá colocadona né?

Jade: Nem é pra tanto... - ri. 

Chegamos na casa da Nanda e Matilda tava medindo a temperatura do Nathan. 

Jade: O que ele tem? - peguei ele no colo. Ele tava quentinho e se aninhou no meu colo. 

Matilda: Do nada ele ficou indisposto assim, já dei tilenol pra ele ver se baixa a febre. - assenti. 

Jade: Vou levar ele pra casa. Obrigada, Matilda! - beijei a bochecha dela e levantei com o Nathan. 

Matilda: Que nada, menina. Semana que vem tô lá!

Marcelo me trouxe em casa. 

Dei um banho gelado no Nathan que tava meio sonolento, reclamou a beça. 

Coloquei ele deitado na minha cama. 

Jade: Olha ele pra eu tomar um banho? - Marcelo assentiu. 

Tomei um banho gelado também pra ver se cortava um pouco da bebida. Coloquei uma roupinha confortável e voltei pro meu quarto. 

Marcelo tava mexendo no celular. 

Jade: Obrigada! - ele bloqueou o celular e me olhou. - Pode ir, eu olho ele. 

Malvadão: Que nada, tu bebeu, vou ficar aqui. 

Jade: Marcelo, eu não sou irresponsável não. 

Malvadão: Falei isso pra você? Eu hein, doidona, relaxa ai. Descansa, que qualquer coisa eu te acordo, pô. 

Jade: Você também bebeu, ué. 

Malvadão: Não como você... - revirei os olhos. Deitei do lado do Nathan e abracei ele. 

Jade: Vai ficar ai? 

Malvadão: Posso não? 

Jade: Pode ué. 

Tava altinha já, dormi que nem vi. 

Acordei sozinha na cama, levantei, ajeitei a cama e sai do quarto. Marcelo tava na sala com Nathan. 

Nathan: Cê dorme, hein, mamãe! - esfreguei os olhos e assenti. Sorri pra ele e fui até ele. 

Jade: Tá melhor? - ele assentiu, enchi ele de beijo. 

Fui no quarto peguei o termômetro, coloquei em baixo do braço dele. 

Malvadão: Comprei uns bagulho pra comer ai. 

Jade: Cês já comeram? 

Malvadão: Já. 

Tomei um banho, comi e fiquei na sala com eles. A relação dos dois era admirável!

Liguei o celular e chegou um monte de mensagem do Léo. Ele tava era puto. Só disse que depois a gente conversaria, ele concordou e mudou logo o assunto pro meu aniversário. Falou que tinha um show pra fazer no mesmo dia, então só iria vir aqui um pouquinho e ia, nem ia trazer ninguém... Falando nisso, semana que vem já! Meu Deus! Como voa, né? Eu paro pra pensar no quanto minha vida mudou em menos de 5 anos, quem diria? Papai ficaria louco! Imagino o que Soraia falaria... Broaca! Minha mãe... Eu nem culpo a papai e nem a mamãe a decisão deles, realmente mamãe não teria mínima condições de me criar, ela é passarinho livre. Ela está expondo sua arte pela Europa, todo dia me manda foto dos lugares que ela conhece, doida pra que eu vá conhecer... Eu tenho vontade, só me falta a coragem. Mas um dia eu irei e quero levar Nathan junto, agora quero ver se Marcelo deixa... Ô homem complicado!

Coração sem vergonha.Where stories live. Discover now