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Malvadão

Não vou mentir que vacilei esses dias ai. Pô, Jade só vive socada em trabalho agora, ai eu caio em tentação.

Mas fiquei com a consciência pesada, então resolvi fazer um programa diferente com ela. Minha mulher merece o melhor, ainda mais pelo o que ela passou. Tenho muito orgulho da força dela e da postura.

Demos uma foda sensacional, com direito a aquela dança lá naquele ferro, minha nega esculacha.

Fomos de madrugada pra casa, pegar a pista vazia seria melhor, não posso dar bobeira.

Dormimos até a hora do almoço.

Esperei ela se arruma pra irmos almoçar na tia juntos.

Saímos de casa de mãos dadas e fomos andando até a pensão da tia Vera.

Naleska passou me encarando, olhei até pro outro lado. Jade sustentou o olhar pra ela e segurou firme na minha mão. Atravessei a rua pra não ter caô.

Jade: Naleska não perde a pose de escrota, né? Deixa ela vir de graça, arrebento ela todinha. – quietinho eu tava, quietinho eu permaneci.

É foda, irmão. Eu tento evitar, mas é mais forte que eu. Naleska não é de ontem, é de tempo, não dá pra largar a mina assim da noite pro dia, ainda mais quando tu tá na carência.


Jade

Hoje era sexta, e sabe como é né? Tava louca pra sextar e a hora não passava. Hoje aqui tava bem movimentado, então eu fiquei só observando os procedimentos, ainda não tenho aquela prática rápida de uma profissional experiente. Mas um dia chego lá.

Já estava com dor nas costas de tanto que fiquei em pé. Mas nem pestanejei na hora que deu meu horário. Sai me despedindo das meninas e fui até o meu uber.

Tava um engarrafamento da porra. Fiquei respondendo algumas mensagens enquanto o transito não andada. Sexta à noite, todo mundo quer ir sextar, então é de lei o pico.

"Amiga? /Putiane".

"Fala, monete. /Eu".

"Eu acho
Não sei
Não tenho certeza
Que
Sei lá
Tô atrasada /Putiane".

"Vem neném ai? 👶/Eu".

"Não sei
Não sei o que fazer!! /Putiane".

"Faz um exame de sangue que é mais confiável /Eu".

"Tô com medo /Putiane".

"Tu não tá na festa do Dudu, não? /Eu".

"Tô
Vim no banheiro vomitar
🤮/Putiane".

"Ihhh, Nanda... Sei não, hein
Segunda vamos fazer esse exame, vou contigo. /Eu".

"Tá...
Não vai vir p cá não? /Putiane".

"Tô presa no transito 🙄 /Eu".

"Cu hein... /Putiane".

Fiquei trocando mensagem com ela enquanto respondia outras.

20 minutos depois, a gente saiu do pico e em menos de 5 minutos ele me deixou no pé do morro.

Paguei a corrida e peguei um moto-táxi pra me deixar em casa. Deus é mais subir esse morro a pé, tô até com o pé inchado pra isso...

Coração sem vergonha.Onde histórias criam vida. Descubra agora