#35

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No outro dia eu acordei mais cedo que ele, mas também não ia fazer porra nenhuma pra ele também. Ele que se vire.

Ajeitei minha bolsa pra mais tarde e desci.

Fiz uma tapioca pra mim e tomei um suco de uva. 

Subi pra escovar meu dente e desci novamente. Olhei a hora. 9:40 ainda. Liguei a TV e fui assistir uns eps de De Férias com o Ex que deixei gravado.

...

Malvadão desceu já tomado banho. Ele veio pra cima de mim pra me dar um selinho mas eu virei o rosto.

Malvadão: Vai ficar nessa mesmo? – permaneci quieta. – Cê que sabe. Tá no erro.

Jade: No erro? Eu? Ah, se manca, filhão! Marcelo, eu tô falando sério: eu to me esgotando!

Malvadão: Que isso, amor. Eu só perdi a hora, pô. Foi mal, não vai acontecer de novo. – disse todo manso.

Jade: Você sabe muito bem que vai rolar de novo, tu sempre faz isso. – fiz jogo duro. – Pelo menos avisa, pô. Eu fiquei que nem uma boba te esperando, pedi pra sair mais cedo e tudo pra fazer uma jantinha pra tu e tudo. E o que eu recebo? Valor que não é... Só não espera perder pra começar a valorizar essas paradas. – joguei mesmo. Ele ficou caladinho.

Malvadão: Pô, eu só perdi a hora, precisa disso tudo?

Jade: Realmente, Marcelo. Foi nada mesmo, deixa pra lá, né? Tô pedindo muito eu. – voltei à atenção pra televisão e aumentei o volume.

Ele foi pra cozinha, mas saiu batendo porta em seguida. Acho que não achou nada pra comer.

E nem vai. Vai ser assim agora, não vou fazer mais porra nenhuma pra ele não. Eu faço e não sou reconhecida.

...

Tomei um banho. Passei meus cremes e me perfumei. Coloquei uma batinha florida, uma calça jeans curta e uma mocassim cor caramelo. Coloquei meu relógio, minha correntinha que o outro me deu e um brinquinho. Fiz uma make bem fraquinha, bbcream, rímel e gloss bem fraquinho.

Peguei minha bolsa e desci.

Sai de casa mais cedo, ia comer num restaurante na pista.

...

Cheguei mais cedo no trabalho e sai mais tarde. Desliguei até o celular pro outro não me perturbar. Tava muito puta!

Sai do estágio e fui encontrar com as meninas num barzinho na pista.

Fui ao encontro delas e elas estavam todas risonhas.

Lore: Ihhh, menina, que cara é essa?

Jade: Seu irmão, aquele encosto.

Nanda: Ihhh, vamos falar de macho não, vamo falar do meu bebê. Dandin fez um bolão com os meninos pra saber do sexo. 

Ericka: Eu acho que é menino.

Preta: Também. E olha que eu tenho intuição boa, hein.

Nanda: Ai queria tanto uma menininha, gente.

Jade: Se for menina já vou arrastar pro nosso exército.

Nanda: Já tô vendo Dan surtando se for uma menina. – disse toda boba alisando a barriga.

...

Pedimos uns petiscos e uma torre.

É muito bom sair assim só com as amigas pra distrair. Postamos até fotinha no face porque a gente não é fraca.

Lore: Ihhh, cunhada, meu irmão tá surtando aqui. – riu me mostrando o celular. Li as mensagens de Malvadão.

"Manda essa filha da puta ligar a porra do celular", "Na moral, ela me tira da graça, cara", "Ela gosta de me ver surtando"... Entre outras mensagens. Ri e entreguei o celular pra ela de novo.

Jade: Deixa surtar. Não é bom, né? Eu hein.

Ericka: Isso ai, mona, faz provar do próprio veneno. – brindamos.

...

Ericka me trouxe até a porta de casa. Eu tava alegrinha, mas nada demais.

Entrei em casa e dei de cara com o Malvadão no sofá sozinho bebendo uísque. Caguei pra ele.

Subi diretão e fui tomar um banho, que eu merecia. Trabalhei o dia todo.

Tirei minha roupa e observei que a banheira estava cheia. Vou tomar banho ali mesmo, eu hein. Se Marcelo acha que vai me dobrar com isso, ele tá muito enganado...

Tomei um banho na moral e ainda fiquei um pouco relaxando na banheira.

Sai enrolada, só ia me vesti pra cair na cama. Mas me surpreendi com a luz climatizada do quarto. Soltei um riso, já tava de riso frouxo por causa da cachaça, ê merdeiro.

Malvadão: Deita ai, pô. Fazer uma massagem em tu. – levei até um susto com ele falando isso me abraçando por trás e me guiando até a cama. – Tu deve tá cansada pra caralho... trabalhou muito... saiu com as zamigas.

Jade: Sai mesmo! – afrontei.

Malvadão: Shiii, relaxa, pô. – me cortou. – Deita ai. – puxou minha toalha me deixando nua.

Ri e deitei de bruços. Ele subiu em cima de mim e derramou um óleo em mim e começou a me massagear. O filho da puta sabia fazer uma massagem que só Deus pra ter misericórdia da minha dureza pra não ceder pra ele rápido.

Mas se ele tava na intenção de algo a mais, ele se ferrou, porque eu tava tão cansada que apaguei de sono. Bem feito! Bom, né?

Coração sem vergonha.Where stories live. Discover now