Terras Férteis - Atarah

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Minha noite foi péssima, ainda existem rebeldes no castelo. E eles foram às masmorras e libertaram Adenna e Blyana. Eu não entrei lá durante uma semana, não consegui olhar para nenhum deles, e nem para Keres. O que fizemos foi tão baixo. Tão horrível.

O dia amanheceu e já estava atrasada para a minha primeira reunião, que o tema era obviamente Adenna. Meus pensamentos ficaram distantes a manhã toda. É para Sorin voltar hoje de viajem. Nunca esperei tanto ver alguém, nunca quis tanto ver meu primo.

Almocei durante uma reunião. Alastair não gostou nem um pouco daquilo, Faolan por outro lado, pediu um prato também. Não tenho tempo para desperdiçar com esse tipo de coisa. O escolhi o Elfo como meu conselheiro, mesmo com seus conselhos sendo péssimos. O valor para que ele ficasse seria de eu mandar guardas para Ariella, que foi o que fiz. Faolan possui anos de experiência em diversas área, e é alguém engraçado e bom de se ter ao lado.

Em geral as pessoas não estão aprovando muito a minha corte, mas sinceramente, por mim não poderia estar melhor. A assassina mais temida do Norte, que agora serve a mim, e que foi totalmente perdoada de todos os seus crimes e livre de qualquer dívida, o Feérico mais conhecido das Terras Bruxas, e Keir, um ladrão... Mas possui um bom coração.

Então temos eu, a rainha mais poderosa e impiedosa de todas, e Alastair o guarda mais gostoso do Norte, e o mais antipático também. E Sorin, o príncipe abdicado do Leste, um tirano calculista e lindo. Minha corte é maravilhosa! Não poderia estar mais contente por minhas escolhas.

Alguém falava algo, praticamente o Elfo estava fazendo a minha função. Quando a porta se abriu, minha atenção rapidamente se voltou para ela, e lá estava Sorin, sorri e pulei da cadeira para correr e abraçar o meu primo, quase o derrubei, mas ninguém comentou o quão indelicada fui. Assim que me afastei o príncipe estava estranho, sua cara estava pálida.

– Tem alguém te esperando lá fora, no corredor.

Ainda não tinha me afastado o suficiente, ele falava tão baixo. Faolan também deve ter escutado, e se levantou também e caminhou até mim, assim que o Feérico levantou a cabeça para cheirar o ar, colocou a mão na espada, sentia que nada de bom me apareceria pelo jeito. Respirei fundo e gentilmente empurrei Sorin para fora do meu caminho.

Assim que cruzamos a porta e viramos o corredor Brylee e dois de seus guardas estavam ali, ela pareceu até um pouco surpresa ao ver Faolan. Enquanto ela caminhava para perto de mim para me entregar um papel, falava.

– Você fede a mortais agora Faolan, mas estou surpresa que tenha chegado à outra corte. Esperava menos de você.

– Você nunca esperou nada de mim, Brylee.

– Sou rainha Brylee dos Elfos para você, não importa onde eu esteja ou com quem esteja, ainda sou a rainha. Sua rainha.

– Você não é minha rainha. Atarah é. Você... É apenas passado.

– Deveria agradecer a minha misericórdia de apenas tê-lo exilado. – Agora a rainha olhava para mim, mas sem nenhum julgamento nos olhos. – Espero que aceite meu convite, é apenas dizer que aceita que o vento me avisará.

Após isso, a rainha Feérica simplesmente foi embora, não abri a carta ali, e nem na sala de reuniões. Fiquei morrendo de curiosidade, mas não era o momento. Assim que chegamos à última reunião eu e Sorin abandonamos a sala, queria ter um tempo com ele, perguntar como foi a viagem, mas meu primo se recusou a falar, pediu para eu contar tudo o que havia acontecido, e contei com cada mísero detalhe.

– Viu? Foi apenas eu sair que tudo virou um caos. E Todas essas pessoas e o...

Não escutei Keres entrando no pátio, ninguém escutou, mas como sempre ela ouviu tudo, chegou já falando e procurando um lugar para sentar, mas ocupávamos o banco, então a assassina se sentou no chão.

A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita) Where stories live. Discover now