O peso de uma vida - Merle

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Keir e eu viramos uma nuvem de névoa e estrelas de morte, já havíamos tentado saltar juntos, sempre passávamos mal, mas desta vez não podia acontecer. Compará-lo com o garoto que conheci no bar de Cain era estranho. Não parece ser a mesma pessoa.

Meu marido. Quem diria que Keres o espírito da morte casaria? Quem diria que eu seria feliz? Não falávamos muito de futuro, mas estava começando a achar aquele assunto mais atraente.

Estávamos costas a costas, e achei um ótimo momento para dizer algo que jamais disse a ninguém, duas palavras miseráveis, mas que eram totalmente verdade. Assim que separei um homem em três pedaços falei.

– Te amo. Eu amo você. Keir, seu merda. Eu amo você!

Ele tirou sua espada do corpo de um com o pé, àquela lateral do pátio estava limpa, entre tanto, não por muito tempo. Então o ladrão, agora assassino, olhou para mim e sorriu, então oponentes chegaram, enquanto meu marido lutava respondeu.

– Eu também te amo, mas olhe onde esse amor nos levou. – Assim que matei meu adversário cortei a cabeça do de Keir fora. Quando o corpo encontrou o chão sobrei alguns fios de cabelo do olho. O queixo do assassino estava caído. – E eu amo isso.

– Já disse que você fica muito sexy sujo de sangue?

– Fetiche estranho esse seu, esposa.

Hoje em dia não sinto mais essa palavra como um xingamento. Dei de ombros e comecei a correr novamente para as enormes portas, as que Atarah derrubou como se fossem de papel.

– Você aceitou tudo isso quando se casou comigo. Sabia que eu era estranha.

– Mas você é perfeita de mais! Seu lado estranho e perturbado não se chama “estranha”, se chama exótico.

– Querem parar de falar merda e entrarem naquele castelo? – Esbravejou Faolan.

– Estamos indo seu velho rabugento! – Quando Keir chegou ao meu lado disse. – Se eu morrer hoje quero que queime o meu corpo entendeu, mas arranque o meu dedo do meio antes.

– Por quê?

– Quero que o de para Faolan.

Enquanto nós caminhávamos para o caos o Elfo caminhava para Atarah, andei um pouco mais devagar para ver seu enorme muro branco de gelo. Ele pegava todo o pátio, que era gigantesco. Uns setenta, no mínimo, do que existe dentro do castelo.

Assim que entramos respirei fundo, iríamos começar pela sala do trono, era a maior sala do castelo, e que estava com mais guardas. Lutar ao lado de pessoas as quais eu ensinei a segurar uma arma é estranho, e vê-los morrer é ainda mais. Estamos equilibrados. O gatinho, como diz Atarah não consegue entrar no castelo. O que é uma pena.

Enquanto lutávamos. Vi Atarah entrar, mas nada de Faolan. Será que aquele merda está fugindo da briga? Antes que eu pudesse olhar para fora alguém me chamou, quando me virei não consegui não sorrir.

O Bruxinho de transfiguração, ele estava claramente nervoso. A sala estava um caos. E Keir estava ocupado, mataria aquele menino. Comprou briga com a pessoa errada.

– Keres. Gostou da minha espada?

Quando olhei a lâmina fiquei ainda mais animada. Não via uma espada de Filhos do Dia à no mínimo cinco anos. São armas absurdamente caras e não são para qualquer um. Elas são feitas de um metal que me queima. E quando morremos por uma dessa, nosso corpo queima... Só que sentimos. Sentimos a sensação do fogo. Filhos do Caos não pegam fogo, nem sei o que é uma queimadura. Já que nunca toquei numa espada dessas.

A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita) Where stories live. Discover now