A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita)

Fim de jogo - Adenna

Rainha, eu sou a rainha, mas Keres, ou melhor, Merle não sabe de nada, eu matei Atarah, fiquei ali até seu coração sombrio parar de bater, e Alastair ficou para conferir se ela estava realmente morta.

Assim que entrei novamente em meu castelo diversos rebeldes já estavam lá, na sala do trono, o belo trono branco estava vago. Sorin andava um passo atrás de mim e de meu guarda. Parecia tão aflito, acho que era por conta das belas algemas de pedra de Dhara que estavam em torno de seus pulsos.

Assim que me sentei percebi que o herdeiro se recusava a olhar para mim, mas não tive muito tempo para lhe dar atenção, meu tutor já entrava dando ordens, diversas. Só que eu cansei de ser sua peça. Junto dele vinha um sacerdote, claramente forçado.

– Faça ela rainha. – Disse Cathan.

Isso fez o velho rir.

– Adenna nunca será rainha do Norte...

– Eu já sou, matei Atarah e reivindiquei seu trono. Rainha.

– Ladra. Pode ser rainha para você e seus rebeldes, mas não para os deuses... Existe um jeito de você se tornar rainha.

– Qual? – Meu tutor estava claramente impaciente.

– Case-se com um rei. Sorin? Abdicou o trono? Novamente.

Não houve resposta da parte do príncipe, mas não. Sorin não abdicara, não desta vez.

– Mesmo assim. Sou rainha para o povo. Então possuo o poder de uma. Certo?

– Pense como quiser, Adenna. Nem coroa você tem. Esse império nunca será seu de verdade... – Ele estava me irritando profundamente com suas palavras. – Um dia você irá perceber que a sua ingenuidade é quase tão ridícula quanto a sua esperança. Nunca poderá provar seu valor a este povo, não tem poder e nem capacidade para isso, é apenas uma criança tola brincando de ser rainha.

Me levantei do trono. E ri, mas não havia humor algum.

– Não tenho que provar meu valor a nada e nem ninguém, eu sou a rainha.

– Você ter que repetir isso apenas prova que não é uma...

O sacerdote não teve tempo de terminar, o incinerei. Todos ficaram em silêncio, incluindo o meu tutor. Quando seu corpo já nem era mais reconhecível e não passava de pele seca me sentei novamente. Agora entendo porque Atarah gostava de demonstrar seu poder, é bom. Os rostos. O medo. A submissão.

Cathan tentou dar uma ordem, ou brigar comigo por minha atitude, mas eu não serei seu fantoche. Não mais.

– Prendam ele. – Nem se quer apontei para meu tutor, que ficou imóvel.

– O que?

– Eu sou a rainha agora, Cathan, e eu mandei prende-lo. – Fiquei a semana inteira planejando este momento.

Os guardas realmente me obedeceram, e seguraram os braços de meu pai, e colocaram algemas de pedra de Dhara em seus pulsos. Fiquei noites acordada vendo os prós e os contras de fazer aquilo, mas eu acho que escolhi certo, escolhi por mim.

– O que pensa que está fazendo, Adenna?

– Estou deixando de ser sua peça, seu enfeite. A tola da sua tutelada. Agora o levem.

Nada de, por favor, ou obrigada. Respirei fundo e fechei meus olhos, a única coisa que escutei foi à voz de Alastair do meu lado esquerdo.

– O que pensa que está fazendo? Adenna. Ele era seu pai. Onde está à garota que eu... Sinto que... Sinto falta de quem você era. De você.