Bronimir - Merle

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Se eu possuo mais sorte do que juízo? Sim ou claro? Não bastava apenas eu ter descoberto que Atarah estava viva, tentei invadir pela mesma sacada em que o Bruxo que eu esfolei estava. Sei que me teme, seria fácil, mas acabei entrando por outra janela. Adenna quer um rei. O único nome que me vem à cabeça é Bronimir, aquele nojento.

O pai soube das metamorfas e decidiu que dará o trono para outro filho. Ele é o rei, pode fazer o que bem entender. Ainda estou surpresa que tenha levado tanto tempo para descobrir os escândalos do filho, mas acho que pelo príncipe possuir o próprio castelo tenha ajudado a esconder por mais tempo.

Assim que invadi o quarto de Atarah o virei do avesso e Alastair teve a coragem de mostrar sua face traidora lá, antes que ele falasse qualquer coisa dei um soco em seu rosto, já havia quebrado seu nariz uma vez, não faria de novo. Precisava inovar.

Mas quando ele começou a dizer que Atarah estava viva e que havia lhe dado um antídoto dei apenas mais um soco em seu estômago. E quando ele disse que havia matado a todos que a viram respirei fundo. Alastair matou todos aqueles que poderiam me ajudar. Eu queria matá-lo, mas não faria quilo ali, seria estranho e saberiam que passei por lá. Então lhe dei uma joelhada entre as pernas e voltei a revistar o quarto.

Não havia ido muitas vezes ao quarto da rainha, mas ela me dera diversas de suas jóias, e me contou as histórias de outras, suas mais importantes, mas a prova que Atarah passara por lá era que sua coroa havia sumido.

Assim que retornei a fortaleza dos assassinos contei tudo o que havia descoberto, o plano de procurar Atarah ficou para depois, precisamos convencer um monarca mimado a recusar um pedido de casamento.

– Como sabe que a carta será enviada para ele?

– Oferta e procura, ladrão. Adenna é odiada por todos os nobres e o príncipe das Terras Capitais também. Perdeu seu trono agora, e o Norte é poderoso. Vale apena para ele casar-se com Adenna. O resto jamais aceitaria. – Respondeu Faolan.

– E como vamos convencê-lo? – Perguntou Keir.

– Keres, quando quer, pode ser bem persuasiva.

Eu e o Feérico sorrimos, sorrisos cruéis e completamente falsos. Não podemos ameaçar Bronimir ele ainda é um príncipe e matá-lo também não é uma opção.

Uma viajem de doze dias conseguimos fazer em seis. Paramos apenas três vezes, foi uma loucura. E eu sinceramente nunca mais irei querer sentar na sela de um cavalo na minha vida.

Acabamos encontrando um comerciante muito rico, o qual Atarah me apresentou. A rainha foi esperta, foi atrás dele logo em seguida, e vendeu suas jóias, menos a coroa ao homem. Quando soube que Atarah supostamente estava morta ficou surpreso, pois a havia visto há três dias.

Ela é rápida, bem mais rápida do que eu esperava. Mas sabemos que está indo ou para as Terras Capitais ou para as Terras Leste, pode ser que tente atravessar para as Terras Férteis, mas não acho que faria tal coisa. É muito longe e Aislinn é longe da fronteira e Bruxos não são muito bem vindos naquelas terras.

O castelo do príncipe era feio, segundo Keir, assustador. A pedra era escura e havia muros altos, e cobertos por guardas. Tentaram me parar. Estava sol na Cidade Capital e Bronimir aproveitava a claridade para se banhar com ela. Estava sentado em uma cadeira enquanto uma Lobisomem que se debatia presa em uma coleira completamente despida. Aquilo me trouxe uma lembrança ruim de uma antiga amiga, Ywa. Tentei me desvincular a lembrança.

E uma vampira a chicoteava, igualmente sem nenhuma roupa, mas a cara pálida não parecia estar desfrutando da violência. Estava coberta por uma nuvem negra de magia, que evitava que o sol chegasse a ela. Bati palma no portão e pulei, mas foi desnecessário, o príncipe logo percebeu que tinha visita e pediu para que abrissem os portões e que não me atacassem. Ele não levantou a bunda da cadeira, quando parei ao seu lado sem tirar os olhos das duas mulheres ele disse.

A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita) Où les histoires vivent. Découvrez maintenant