Um final definitivo - Atarah

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  Mei me fez começar a contar histórias para ela de como era ser uma princesa, tentei deixar as histórias o mais alegre possível, mas nem foi tão difícil. Eu e Lyan somos oficialmente um casal, e pelos deuses, ficamos tão bem pintados e emoldurados na sala.

  Faz quase cinco semanas desde que eles souberam a verdade, e sinceramente, nossa relação só melhorou, como disse. Lyan é alguém a qual eu seria capaz de amar, que eu serei, com tempo. Tempo. Algo que parece que nunca esteve em meu vocabulário.

  Enquanto dava uma aula de piano para Mei, meu marido apareceu na porta, estava mais branco e seu rosto estava engraçado, parecia assustado.

  – Querida, tem... Tem pessoas querendo te ver.

  – Continue tocando Mei, eu já volto.

  Assim que saí da sala e cheguei ao hall me arrependi profundamente de não ter perguntado como eram as pessoas. Keres me olhou dos pés a cabeça, ela fedia a suor e lama, todos eles. Será que pararam em algum momento?

  – Roxo?

  Olhei para meu vestido e corri as mãos por ele, eu e Mei nos vestimos igual hoje.

  – O que há de errado com ele? Gosto da cor. E do jeito que fica em meu corpo.

  – Você se casou.

  Keres olhou para o quadro que estava na parede, então tirou uma adaga da panturrilha e a atirou contra o quadro, não me demonstrei surpresa ou assustada pela atitude dela, mas Lyan se aproximou de mim e pousou suas mãos em minha cintura.

  – Sim Keres, eu casei.

  – Nós também! – Disse Keir animado.

  Só que a assassina o fuzilou com um olhar que o fez voltar a ficar quieto e escondido atrás de Faolan. Fico feliz pelos dois, mas acho que o humor de merda da Keres irá destruir esse casamento.

  – Está grávida. – Não era uma pergunta era uma afirmação e algo em seu tom dizia que sentia nojo de dizer aquelas palavras.

  – Não. Não estou, mas obrigada pela preocupação.

  – Sabe o que eu precisei fazer para encontrá-la? Sabe o que tive que fazer para Bronimir não se tornar rei do Norte? Eu viajei igual uma condenada para encontrar você...

  – Mas em que momento pedi para que me encontrasse? Me desculpe por dizer isso Keres, entre tanto, receio que sua viajem tenha sido em vão. O Norte é de Adenna, eu caí. Que ela e Alastair afundem aquilo por mim.

  – Ah, só nos seus sonhos Atarah que eu vou deixar você ficar aqui com essa vida miserável. – Eu não a considero miserável. A assassina deu uma volta para olhar o local. – Você é uma rainha. Vivia em um castelo. Isso não é o seu destino!

  – Keres. – Tentei deixar a minha postura o mais ereta possível. – Se eu sou sua rainha. Então me deixe em paz. Essa é minha vida agora, e sinceramente, sei que não é perfeita, mas eu nunca, em momento algum, estive tão feliz em toda a minha vida.

  – Aquele é o seu povo, e nós somos a sua corte, não importa o que aconteça. Seremos para sempre isso. E você será para sempre a rainha do Norte, Atarah. E eu não saio desta cidadezinha decadente sem você.

  – Então sejam bem-vindos a nova vida de vocês. Eu não vou sair daqui, Keres.

  Ela deu uma risada amarga.

  – Veremos. – Antes de ela cruzar a porta e finalmente ir embora a assassina se virou para mim. – Achei que Sorin significasse mais para você. Adenna se casou com ele, está o manipulando. Adenna não é mais a menina tola que tanto gostávamos, ela está jogando, e sujo. Seu primo. Seu sangue está sendo escravizado enquanto você se esconde, pois tem medo.

A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita) Where stories live. Discover now