Por amor e um rei - Adenna

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No terceiro dia em que me tornei rainha do Norte enviei uma carta para Brylee, e hoje, após dez dias recebi uma resposta, um Elfo moreno com os cabelos pretos azulados apareceu em meu castelo, andava com as mãos nos bolsos e com um ar de superioridade irritante.

- Achei que sua rainha me ignoraria para sempre. - Disse caminhando para o hall.

- Na verdade esse era o plano inicial, mas estou curioso, li sua carta, quando conheci Atarah ela me contou sobre o primo... Possui um péssimo gosto para homens, Adenna.

Como Atarah o conhecia?

- E se você leu a carta que enviei imagino que seja próximo da rainha. Seu gosto não é tão melhor que o meu então.

- Cuidado com as palavras, ladra de tronos. Diferente de Atarah, ninguém do Sul possui um pingo de pena de você...

- Sentiam pena de Atarah? - Algo próximo de um sorriso surgiu em meu rosto.

- Não. Gostamos de Atarah, o suficiente para quando ela retornar até cogitarmos ajudá-la a derrubar você.

- Ela está morta.

- Tem certeza disso? - O rosto de Feérico esboçava deboche.

- Eu a vi morrer.

Isso o fez rir, ele deu uma volta olhando para o teto do castelo antes de responder.

- Encontrou a coroa dela? - Não respondi, pois, não... A coroa não está em lugar algum, ela sumiu, mas isso não significa nada. - Significa muita coisa. Atarah, Atarah... Quando a rainha do Norte passou um tempo em Aislinn disse que se caísse levaria o Norte inteiro com ela. Se este castelo está de pé... Então acho que ainda não venceu o jogo. Ou melhor, ainda não acabou com ele.

- Peça?

- Claro que não. Controlo mentes, criança, no tempo dessa conversa já explorei casa pedacinho da sua mente frágil, destruí-la agora é tão fácil quanto respirar, com meio pensamento acabaria com você... Mas não vim para isso. Agora chega de perder tempo, daqui a pouco você morre, suas vidas são tão curtas. Me conte, o que quer fazer com o príncipe Sorin Melantha? Ou rei. Abdicou novamente?

- Não, e não abicará, preciso de um rei.

- E ele é o azarado da vez... Me conte o que tem em mente, ou eu mesmo posso ver.

Contei o que queria fazer. Sorin está livre do juramento de círculo íntimo de Atarah desde que ela morreu, mas ainda se recusa a aceitar a casar comigo. Sei que ele me ama, pois eu o amo, como nunca amei ninguém. E nesse momento Sorin está sendo meu único amigo, o único que não está colocando mais pressão em minhas costas, acho que é porque no fundo espera que eu fracasse, mas está me ajudando. Está tentando manter tudo sobre controle, junto a mim. Passamos horas, muitas horas juntos, todos os dias. Nunca me abri tanto com alguém como me abri com o herdeiro abdicado do Leste.

E sinto que Sorin gosta de passar essas horas comigo, e está se abrindo comigo e estamos juntos tentando mudar o mundo, para algo melhor. Já que ele reconheceu que não quer ser lembrado como um assassino, como um monstro na história, pois tudo o que estamos fazendo hoje em dia vai se tornar história. E acho que ninguém quer ser lembrado como vilão.

- Certo criança. Farei Sorin querer se casar com você, mas o juramento que ele fez... É algo tão antigo quanto eu, então saiba que é algo poderoso. O juramento já seria forte por si só, mas por eles serem primos próximos, pelo sangue. Isso o torna acho que praticamente inquebrável.

- Praticamente, não inquebrável. Vou convidá-lo para um jantar hoje, apareça. Quero estar casada até amanhã. Formalmente falando. Festa será algo para outro momento. Um em que meu povo não esteja dividido.

A queda das rainhas do norte (Em processo de reescrita) Where stories live. Discover now