CHAPTER SIX ↯ THE WOMAN WITHOUT CHOICE

903 97 31
                                    

╭──────╯•╰──────╮

❪ ɑ mulher que nα̃o tinhɑ escolhɑ ❫

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

❪ ɑ mulher que nα̃o tinhɑ escolhɑ ❫

╰────╮•╭────╯

   ERA O VERÃO DE MIL NOVECENTOS E CINQUENTA E TRÊS quando Gabriela Olivaras foi chamada para trabalhar na França em seu famoso e importante ramo de alquimia. Não poderia estar menos lisonjeada quando recebeu a carta de pergaminho e símbolo vermelho.

   Seu apartamento não era um dos melhores, mas estava à altura por ser bem próximo de seu trabalho. Situado num prédio azul com vigas esverdeadas e sacadas escuras, era o local que a ex-grifana se negava a ficar depois de seu turno da manhã.

   Estava caminhando por uma praça famosa da capital que era vizinha da cidade em que jazia hospedada. O ar era quente, pouco poluído e abafado — considerando ser um local repleto de árvores —, o que lhe servia muito bem já que odiava o inverno.

   Passou por uma rua fechada de tijolos marrons no chão, com lojas em ambas as extremidades do bairro. Conseguia sentir o cheiro forte de pão francês recém-assado em uma fachada carmim, uma padaria que era popular por seus croissants.

   Cumprimentou uma senhora que lhe entregou uma rosa vermelha, agradecendo e a colocando no bolso de seu blazer xadrez, o odor era muito delicioso. Em seguida subiu os degraus firmes de uma parte estreita da rua para chegar até a outra sessão de lojas e departamentos.

   Tudo estava bem, como sempre. Sem situações constrangedoras que aconteciam quando estava na casa original de sua família na Itália, ou quando sem querer tropeçava em algo no solo e capotava; como aconteceu meses atrás em Londres.

   Era como se não fosse uma bruxa e sim apenas uma mulher normal. Sentimento que durou apenas dez segundos, quando uma silhueta se agarrou em seu corpo com um desespero instantâneo.

   Era uma mulher asiática de cabelos e olhos escuros, roupas largas como se quissesse fingir que não era do sexo feminino e uma expressão brutalmente aterrorizada.

   — Por favor, me ajude. — Implorou. As íris castanhas saltadas em suas escleróticas como se pudessem pular. — Por favor, estão atrás de mim. Não deixem que me levem de novo.

   Gabriela franziu o cenho, sem entender o porquê da moça dizer tal pedido de forma tão aflita. Enxergou de longe a silhueta de um homem ruivo de barba trajando um conjunto social vermelho, demonstrava ser bem ameaçador.

   — Por favor, eu faço qualquer coisa. — A mulher implorou novamente, temendo que seu pedido não fosse aceitado pela outra.

𝐋𝐈𝐄𝐕𝐄 ↯ 𝐌𝐀𝐑𝐀𝐔𝐃𝐄𝐑𝐒 𝐄𝐑𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora