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❪ ᴏ ʜᴇʀóɪ ᴅᴇsᴄᴏɴʜᴇᴄɪᴅᴏ ❫
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NA MADRUGADA FRIA em que a pequena parte do bairro estava, era possível enxergar a residência escura e protegida dos McKinnon assim que se cruzava as ruas paralelepípedas. Os postes de iluminação estavam fracos como pequenos vagalumes.
A terceira e única filha do casal Ernest e Maege permanecia sentada perto de sua janela embaçada pela neve, havia escolhido ficar ali para proteger a sua família caso algo acontecesse. Sem mencionar que os pesadelos com a sua falecida noiva também não a deixavam dormir.
Mesmo após dois anos, era impossível superar os acontecimentos do massacre ao castelo e principalmente as tragédias. Marlene estava no interior da sala comunal da grifinória quando a explosão aconteceu e encontrou diversos cadáveres enquanto saía.
Dumbledore estava tentando fazê-la acreditar que uma simples terapia intensiva poderia ajudar a superar o trauma, mas para ele, era muito difícil de entender os seus motivos. Poderia ser sábio e dar os melhores conselhos de todo o mundo bruxo, mas aquilo não iria funcionar.
Ela usava a aliança que havia dado para Camille Slughorn no dedo anelar da mão esquerda, enquanto o seu estava na direita. Não tinha formulado um pouco de coragem para remover o objeto, e não pretendia fazê-lo por muito tempo.
Observou o fim da rua ao notar que um grupo de roupas escuras surgiu. Inicialmente pareciam ser apenas três homens quando conforme os passos, outros surgiram, incluindo a silhueta feminina de uma mulher alta. Era muito difícil enxergar com os postes, mas a ex-grifana pôde ter uma idéia de que seriam comensais da morte.
E o que estavam fazendo ali?
A bruxa se escondeu atrás da cortina vermelha do seu quarto, observando por uma fresta da janela que continuavam a avançar para a outra direção da rua. Pôde reconhecer que entre eles estavam: Regulus Black, Bellatrix Lestrange e Severo Snape, caminhando como se fossem os donos de todo o mundo.
Parecia que tinham gostado de se aliar para destruir a vida de outras famílias, foi o que a McKinnon pensou. Engoliu em seco e se enfiou entre as suas almofadas quando um dos bruxos se virou na direção do vidro, procurando alguma movimentação com os olhos.
Tinha a visto, era impossível que não. A mulher loira sentiu seu corpo tremer e se afastou na ponta dos pés, caminhando com pressa até a porta fechada do seu quarto e a abrindo. A residência estava vazia se não fosse por sua família, mas aquilo não iria durar muito tempo.
Conseguia escutar alguns passos no jardins e entrou no quarto do casal, com uma expressão assustada. Sua mãe dormia abraçada ao seu pai na gigante cama de dossel vermelha, parecendo estarem tranquilos.
