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❪ ᴅᴏʀᴍᴇ ᴄᴏᴍɪɢᴏ ❫
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JAMES COMO SEMPRE havia tido sonhos e pesadelos desconexos a noite inteira, chegando a ficar acordado por uma hora apenas para encarar o teto quadricular do quarto em que estava. Não conseguia dormir de forma alguma, como se algo lhe prendesse.
Se ergueu na ponta dos pés assim que saiu do colchão, querendo chegar ao quarto de sua namorada de mentirinha para perguntar se podia tomar um copo de leite quente.
Herminia Olivaras ainda não tinha chegado do seu trabalho, por estar em uma cirurgia complicada que a libertaria apenas durante a manhã. Os corredores do primeiro e segundo andar estavam desertos, o que assustava o bruxo. Afinal não estava acostumado à caminhar de noite em outras residências.
— Lumus. — Ergueu a sua varinha para o alto aonde uma luz branca jazia reluzente na ponta.
Passeou até que estivesse na porta com gravuras, fechando o seu punho e batendo de leve para avisar que estava do outro lado. Apenas escutou um silêncio agonizante e como todos os outros residentes daquela casa, imaginou o pior.
Colocou a mão na fechadura e respirou fundo para tomar coragem antes de invadir o quarto em silêncio, torcendo para não se deparar com um cadáver ou coisa parecida. Entrou com os olhos fechados e assim que os abriu, se sentiu aliviado.
A bruxa estava sentada como um índio em cima da sua cama bagunçada, meditando enquanto algumas pedras cristalinas e pedaços de papéis voavam em sua volta. James conseguira enxergar um pouco de fumaça verde-esmeralda também, iluminada pela luz do luar que atravessava a janela sem cortinas.
Decidiu que não seria melhor incomodá-la e se virou para sair, ao mesmo tempo em que em um movimento rápido, a porta foi fechada e a chave dourada girou. A corvina abriu os olhos que gradativamente se tornaram azuis e os objetos em sua volta caíram.
—... — Potter se virou com um pouco de preocupação. — Me desculpa, eu não queria atrapalhar a sua... — Franziu o cenho. — Meditação? Eu acho.
— Já é meia noite? Meu relógio do meu quarto não está funcionando. — Questionou enquanto recolhia as pedras e papéis para guardar na gaveta, ajeitando a cama.
— Já são duas da manhã. — Respondeu, abismado por ela não saber se situar no horário.
— ... — Riu incrédula, balançando a cabeça negativamente. — Não acredito que passei duas horas testando os meus poderes quando poderia estar dormindo.
Esticou o lençol azul para cima e enfiou as suas pernas por baixo, sentindo que estava ficando frio conforme a névoa do bioma de outono se aproximava da casa. Ergueu o olhar para o bruxo.
