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❪ ᴀᴍᴏʀ ᴘᴏᴅᴇ sᴇʀ ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴀᴅᴏ ɴᴏ ғᴜᴛᴜʀᴏ ❫
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JAMES POTTER BATIA o pé do lado de fora da cabine como se quissesse perfurar o chão liso de madeira que escorregara teatralmente no ano anterior. Estava começando a pensar que a sua namorada de mentirinha tinha pulado a janela e teria o deixado esperando ali como um idiota.
— Por Merlin, Lieve. — Começou a bater na porta de forma impaciente. — Você já está aí a quase duas horas.
Sem resposta alguma, imaginou mesmo que a corvina estava morta. Esfregou seu rosto sem saber o que fazer e começou a perambular de um lado para o outro, observando o corredor vazio do expresso. Estava prestes a chutar a porta da cabine e derrubá-la quando ouviu o clique da fechadura, e a persiana foi aberta.
Franziu o cenho ao ver a jovem com um telefone fixo antigo em mãos, ligado á lugar nenhum com o receptor branco em seu ouvido. Estava sem o seu uniforme, usando um sobretudo roxo por cima de uma blusa branca que estava enfiada em um jeans azul. Abriu o compartimento com o pé.
— O que você está... — James tentou perguntar, porém foi interrompido quando a bruxa colocou o dedo indicador em cima dos seus lábios.
— Nosso encontro estará marcado para dois dias seguintes, sem falta. — Prosseguiu com o diálogo misterioso. — Levarei o dinheiro contado, e esteja com a minha peça.
Após alguns segundos afastou o receptor do ouvido e o colocou no gancho, se virando com uma expressão contente para o garoto.
— Agora sim, podemos ir. — Enfiou o objeto em sua bolsa e ele desapareceu, como se não tivesse nenhuma espécie de fundo.
— O que você estava fazendo? — Arqueou uma das sobrancelhas. — Ficou conversando por quase duas horas com alguém no telefone? Imagine se o trem nos levasse!
— Para a sua informação, eu estava negociando uma peça da minha bússola com um comprador particular. — Ergueu o dedo em riste. — E é muito difícil contatá-lo e principalmente convecê-lo de que vale a pena vender algo para uma aluna de Hogwarts. — Girou nos calcanhares. — Iremos buscar a peça juntos. Eu disse que te levaria.
— Sério? — Sua indignação havia evaporado, começando a se sentir como um espião secreto.
— Eu preciso que alguém fique tomando conta do meu carro e não quero ser morta numa loja barata de esquina por um maluco de tapa olho sem uma perna. — Começou a caminhar através do corredor. — Agora precisamos nos preocupar em como vou apresentar você para a minha família, afinal faz tempo que não levo alguém em casa.
