JANE - Harry Potter ( Tradução )✓

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── EM QUE CHEGAM AO SEU DESTINO

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Harry ficou bastante envergonhado em admitir que nunca tinha estado em uma praia antes. Ele nunca sentiu cheiro de sal no ar, nunca sentiu areia sob seus pés e a única vez que viu o oceano foi quando tio Válter o arrastou para uma rocha durante uma tempestade, na tentativa de escapar de sua carta de Hogwarts.

Mas, no entanto, aqui estava ele, no seu décimo quinto aniversário, no sopé de uma colina íngreme e incrível, de frente para o oceano enquanto as gaivotas gritavam acima dele. Havia um trecho de areia que descia até as ondas que rolavam lentamente, o que contrastava muito com as ondas escuras e violentas que destruíam a cabana onde ele foi forçado a ficar, pouco mais de quatro anos desde que Hagrid o resgatou e lhe deu seu primeiro beijo. bolo.

Ele considerou aquele aniversário o melhor até agora, simplesmente porque o passou vagando pelo Beco Diagonal e experimentando pela primeira vez o Mundo Mágico e aprendendo sobre seus pais, algo que ele nunca teve a chance antes.

Mas isso parecia ser facilmente superado pelo que quer que Jane tivesse planejado para ele, que estava fazendo isso apenas para comemorar seu aniversário. Não havia mais nada a fazer, era apenas hora de relaxar e se divertir.

"Uau." Jane saiu do carro ao lado dele, a mão roçando na lateral.

Harry se virou para ela. "É a primeira vez que você vê o mar também?" Ele estava quase esperançoso de que não fosse o único a vivenciar isso pela primeira vez - o que tornava tudo um pouco menos embaraçoso.

"Já estive uma vez, aparentemente." A resposta de Jane o confundiu, mas ele teve que esperar um momento para obter uma explicação; Flora abriu o porta-malas do carro e Jane estava ocupada tirando a cesta de vime do piquenique. "Com minha segunda fa.. colocação."

Harry observou enquanto o pescoço dela balançava, engolindo seu erro - ela estava prestes a dizer 'família' e desde que ele descobriu sobre as duas vezes anteriores ela foi adotada antes de Flora, e parecia que ele não era o único que ela era conversando sobre isso; Angela acenou com a cabeça em aprovação à sua escolha de palavras. Era menos prejudicial assim, e Harry concordou com isso - as pessoas temporárias com quem ela ficou não eram sua família.

"Você não se lembra disso?" Flora ajudou-a a erguer a cesta pela pequena saliência e ela atingiu os joelhos nus de Jane ao ser retirada da bota. A mulher começou a orientá-los para longe do carro, descendo uma pequena encosta e passando pelo espaço entre as cercas e contornando os fundos do café à beira-mar.

"Não. Eu era muito jovem, eu acho. Tenho uma lembrança de encontrar um caranguejo em uma piscina rochosa, mas é isso." Ela encolheu os ombros, Harry seguindo atrás e alcançando-a, estendendo a mão. "É seu aniversário, bobo."

"Isso não significa que eu não possa ajudar." Harry respondeu, apesar de proclamar a visita à praia um momento para relaxar, sentiu-se estranhamente culpado por não ter feito nada.

"Estamos aqui agora." Jane cutucou sua coxa com a cesta de piquenique antes de colocá-la sobre a pequena mesa de madeira ao lado de uma abundância de canteiros de flores e ervas levantados do chão.

"Fico feliz em ver que Orson manteve seus interesses em herbologia." Os olhos de Harry se voltaram para onde Angela estava agachada perto de um dos vasos; foi a primeira vez que algo mágico foi mencionado perto de Jane, que parecia confusa. Mas ela parecia aceitar isso apenas como outra palavra para botânica.

"Sim, seria uma pena se ele não tivesse feito isso. Acredito que ele é dono daquele café junto com sua sobrinha ou sobrinho." Flora sorriu, estendendo a mão para a porta e levantando a aldrava. Assim como o de Flora, tinha o formato de uma fênix, e Harry estava começando a se perguntar se os avistamentos do pássaro mágico eram apenas uma coincidência ou realmente significavam alguma coisa.

A porta se abriu segundos depois, apareceu um homem de cartola, colete xadrez, gravata borboleta vermelha e monóculo. Seus olhos pousaram nos dois adolescentes e algo bastante alto caiu no chão em algum lugar de sua casa.

Harry suspeitou que fosse algo suspenso por magia. "Florence, que bom ver você!" Orson Diggle explodiu momentos depois, enquanto Harry e Jane espiavam para tentar localizar o barulho. "Só meu gato... um pouco nervoso." O homem acenou com a mão com desdém e virou-se para Angela para lhe dar boas-vindas semelhantes.

"E quem devem ser estes?" Pela aparência, o Sr. Diggle sabia exatamente quem era Harry, mas Florence claramente disse que Jane não tinha ideia do que se escondia por trás de suas aparências.

"Esta é minha filha Jane e seu amigo Harry." Flora apresentou e Orson deu um passo à frente.

"É um prazer conhecê-lo." Ele agarrou a mão de Harry com tanta ferocidade que temeu que ela caísse, e o garoto Potter geralmente tinha a sensação de que havia muita coisa não dita ali - ao encontrá-lo pela primeira vez, muitos bruxos e bruxas expressaram sua gratidão, sua mente voltando a essa época, há quatro anos, quando ele pisou pela primeira vez no Caldeirão Furado.

O rosto de Quirrel veio à mente, o primeiro encontro deles ocorreu lá e Harry estremeceu ao retrair o braço completamente trêmulo. O Sr. Diggle apertou a mão de Jane com a mesma força, tentando impressioná-los.

"Bem, vocês dois." Flora voltou-se para os adolescentes. "Angela, Orson e eu temos muito o que conversar. Por que não nos encontramos aqui por volta das... quatro e meia? Isso deve lhe dar bastante tempo. E não vá muito longe, ok?"

"Você tem aquele dinheiro que eu te dei só para garantir?" Angela apareceu ao lado da mulher, e tanto Jane quanto Harry foram atingidos por uma bondade maternal por não terem visto muito dela.

"Sim, está aí em algum lugar." Jane assentiu, apontando para a cesta de piquenique. "Bem, vejo você mais tarde."

Pelo canto dos olhos, no momento em que os adolescentes se viraram, eles viram Ângela pegar a mão de Flora e puxá-la para dentro, a porta fechando lentamente, como se se movesse sozinha.