JANE - Harry Potter ( Tradução )✓

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── EM QUE DUDLEY PROVOCA

. . .

Eles conseguiram encontrar a trilha com facilidade e, quando o dia chegou ao fim, Harry e Jane estavam voltando para a vila, que parecia tão pequena quando finalmente chegaram ao topo da trilha que haviam escolhido.

O sol estava começando a se pôr e suas mãos ficaram penduradas entre eles quando a lua se tornou visível pela primeira vez, Harry mal olhava para onde estava indo quando se aproximaram do parquinho - ele estava muito ocupado observando Jane olhar para a lua, olhando para frente de vez em quando e novamente para guiá-la em torno de quaisquer obstáculos na estrada.

"Está tão claro esta noite." Jane murmurou, com o rosto inclinado para cima. Harry seguiu o olhar dela, e por trás dos óculos os olhos verdes refletiam o pálido orbe do único satélite natural da Terra pendurado no céu roxo. "Você sabe, é maior do que qualquer planeta anão."

"Na verdade, eu fiz." Harry se surpreendeu com isso. Ele adorava as aulas de Astronomia na escola, mas quase nunca se lembrava das coisas devido às aulas serem tão tarde da noite. "Sim - e isso inclui Plu... oh Merlin."

"Merlin?" Jane repetiu, desviando o olhar da lua e do menino ao seu lado. Harry olhou para ela e seus olhos pousaram em um grupo de pessoas que se aproximava deles. "Que é aquele?"

"Meu primo, Duda." Harry puxou Jane para mais perto dele, mais para dentro das sombras criadas pela parede pela qual estavam passando. "E os amigos dele..." Houve um grito do grupo e uma pequena silhueta correu entre eles, risadas ecoaram pelo grupo e eles começaram a se dispersar. "E eles intimidaram a pobre criança de dez anos."

"Oh." Jane observou a maior parte do grupo sair, deixando uma única figura para trás. "Eu... isso não está certo." Se fosse qualquer outra pessoa, Harry suspeitava que ela estaria lá em cima e interferindo, mas sendo Duda - que era muito maior que ela e parente de Harry, embora ela soubesse com certeza que ele não gostava dele - ela não se sentia tão confortável.

Harry puxou-a enquanto seguiam Duda para dentro do túnel abaixo dos trilhos do trem, e mesmo que Jane não estivesse confiante nisso, ele estava - ele sempre esteve prontamente disponível para provocar seu primo, que era, reconhecidamente, um tanto burro e muito burro. fácil de encerrar.

"Então, em quem você bateu esta noite?" Harry perguntou enquanto se aproximava, seu sorriso que estava em seu rosto desaparecendo ao fazê-lo, Jane ficou atrás dele. Os olhos de Dudley se voltaram para ela e depois para Harry. "Outra criança de dez anos? Eu sei que você fez Mark Evans duas noites atrás-"

"Ele estava pedindo por isso." Dudley rosnou, seus olhos percorrendo cada um deles novamente; consideravelmente chocado ao ver a garota

"Oh sim?" Harry perguntou.

"Ele me deu uma bronca."

"Ah, sim - o menino de dez anos merece uma surra." Jane murmurou, Harry apertando sua mão momentaneamente enquanto Dudley finalmente olhava para ela por mais de um segundo.

"Então, você está fazendo com que sua namorada defenda você agora?" Duda zombou. "Como você conseguiu isso?" Ele balançou sua cabeça. "Ela sabe disso então? Já que vocês passam tanto a noite juntos ultimamente."

Harry hesitou, olhando para Jane por um momento. "O que você está falando?" Ele perguntou com cautela.

"Eu ouvi você ontem à noite." Duda respondeu sem fôlego, em tom triunfante ao perceber que tinha algo sobre ele. "Falando enquanto você dorme. Gemendo ." Ele riu da expressão de Harry e depois se virou para Jane. "Você também deve ter ouvido - ' Não mate Cedrico! Não mate Cedrico !' Quem é Cedric – seu namorado?"

Os olhos de Harry se arregalaram e algo no estômago de Jane afundou. Ele olhou para ela e sabia que ela tinha ouvido isso - mas ainda assim ela não havia mencionado isso - por que ela não mencionou isso? Ele engoliu em seco. "Eu... você está mentindo..." Harry respondeu automaticamente.

"' Pai! Ajude-me, pai! Ele vai me matar, pai! Boo-hoo !'" Dudley zombou, olhando para Jane novamente. "Você o ouviu, não é? Reclamando sobre Cedric durante o sono."

"Dudley." O tom de Harry mudou e ele afastou a mão de Jane enquanto tremia levemente de raiva. Ele tentava manter a calma – mas era demais, o pesadelo do cemitério havia retornado na noite anterior e era demais. "Cale a boca, Dudley, estou avisando!"

Jane estava um pouco confusa. Ela sabia que Duda era um valentão e um primo de merda, e ela tinha ouvido Harry resmungando sobre um Cedrico enquanto dormia - mas ela não tinha ouvido nada sobre Cedrico ter sido morto. Talvez tenha sido por isso que Harry de repente ficou tão na defensiva - não, certamente foi por isso.

"'Venha e me ajude, pai! Mãe, venha e me ajude! Ele matou Cedrico! Pai, me ajude! Ele vai-" O queixo de Jane caiu quando Harry deu um passo à frente, empurrando Duda contra a parede do túnel . "Nunca mais fale sobre isso." Harry rosnou. "Você me entende?"

O que quer que Duda disse em seguida foi desconsiderado por Jane, que - apesar do calor - de repente sentiu um arrepio percorrer seu corpo, arrepios brotando da pele abaixo do vestido verde-sálvia. Foi estranho - ela não sentiu frio o dia todo, mesmo quando entrou no túnel e saiu do sol poente.

Mas, de repente, as paredes curvas ao redor deles inundaram-se mais com o brilho laranja do pôr do sol. A lua havia sumido, o céu estava quase preto. Acima deles, não conseguiam mais ouvir o som abafado de um trem se aproximando, e o som do desvio mais distante desapareceu completamente.

Os olhos de Jane percorreram o interior sujo do túnel; a luz vibrante do outro lado havia se apagado, o grafite atrás de onde Duda estava preso parecia estar perdendo a cor. Harry ficou em silêncio, Duda também. Eles estavam cercados por total, impenetrável, silencioso.

Algo estava dizendo para ela se virar, os cabelos de sua nuca se arrepiaram quando ela sentiu uma presença ali, arrepiando-a, sugando qualquer parte da felicidade dela com tanta abruptidade que era como se ela tivesse sonhado o dia inteiro.

Ela se virou lentamente, arregalando os olhos enquanto dava um passo para trás.

"Harry... você também vê?"