Eu te dei todo o meu dinheiro
Eu te dei todo o meu dinheiro
Eu te dei todo o meu dinheiro
Eu não quero viver
Eu não quero te dar nada
Porque você nunca me dá nada em troca
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V
ocê esticou os braços para cima e para fora ao acordar, os olhos se abrindo para o vermelho brilhante do céu do Inferno filtrando-se pelas cortinas do seu quarto. Você deixou seus olhos fecharem novamente por um momento, suspirando e ficando mole debaixo das cobertas novamente. Você teve uma longa noite e só... mais alguns minutos...
Sua consciência começou a escorregar novamente e você se sentiu tão confortável sob seu edredom fofo…
TOC Toc toc
Seus olhos se abriram e você não conseguiu conter o gemido que escapou de seus lábios. Você sabia exatamente quem batia à sua porta, porque ele sempre tinha um jeito particular de fazer isso. Você não estava chateado por ele estar aqui, mas estava chateado por ele estar despertando você de sua cama confortável.
“Entre”, você chamou, involuntariamente brusco. Você puxou o cobertor em volta do rosto com mais força, olhando para a porta enquanto ela se abria suavemente.
Alastor espiou a metade superior de seu corpo, olhou para você, riu levemente e entrou totalmente na sala.
“Minha querida,” ele disse com um sorriso gentil. Sua cabeça inclinou para o lado, como se ele estivesse confuso ao ver você deitado ali. “É… bem tarde da manhã! Não desperdice sua eternidade deitado na cama!”
Você simplesmente cantarolou em resposta e não se moveu um centímetro. Ele deu um passo à frente em direção à sua cama, pairando sobre você. Você teve dificuldade em ver o rosto dele nas longas sombras projetadas pela manhã violentamente iluminada que brilhava através das cortinas. Mas você poderia dizer que havia um olhar de desaprovação em suas feições. Ele odiava improdutividade.
“Você poderia fechar as cortinas com mais força?” Você implorou, ignorando seu comentário anterior. Você estava ficando irritado com a luz e enfiou o rosto no travesseiro.
Alastor ‘tsked’ e caminhou em direção às cortinas. Seus dedos afiados cravaram no tecido... antes que ele os separasse bruscamente, lançando luz em seu quarto.
Você gritou sem palavras com ele, embora um 'seu idiota' inteligível tenha sido ouvido em seus gritos estúpidos. Alastor apenas riu de você, enxugando dramaticamente uma lágrima falsa de seu olho – o som de uma risada em sua bengala se juntou a ele. Ele foi interrompido quando um travesseiro o atingiu bem no rosto.
“Feche eles, porra!” Você praticamente gritou. Sua voz falhou, ainda pingando de sono. Você estava semicerrando os olhos sob a luz a ponto de seus olhos poderem estar fechados.
Alastor obedeceu com um zumbido, um olhar satisfeito com suas próprias travessuras. A sala estava inundada de escuridão. O demônio caminhou em direção à sua cama novamente, seus olhos brilhando levemente na escuridão. Você o observou enquanto ele observava você.
“Agora, quando você planeja não ser tão preguiçoso?” Havia uma sugestão de provocação em sua voz. “É um dia maravilhoso no Inferno.”
Você deslizou os braços para fora do cobertor e estendeu a mão para ele. Ele olhou para seus braços de forma estranha. Você revirou os olhos diante da falta de noção dele.
“Eu me levantarei se você ficar comigo por alguns minutos.”
Alastor pensou por um momento antes de se sentar cuidadosamente na cama perto de você. “Eu não vou tomar conta de você”, ele começou. “Só b-” Você o interrompeu com um gemido. Seus olhos se estreitaram para você.
“Aproxime-se”, você exigiu, com os braços ainda estendidos. Alastor não era o maior fã de sua atitude infantil, mas reprimiu um comentário e avançou alguns centímetros. Você se levantou ligeiramente e deslizou as mãos atrás das costas dele, puxando-o para frente.
Com qualquer outra pessoa, Alastor provavelmente teria arrancado um braço ou algo assim. Porém, o coração dele tinha um carinho estranho por você, e ele foi capaz de lutar contra seus instintos de se deixar arrastar por suas mãos. Ele se impediu de cair completamente para a frente, com as mãos espalmadas em cada lado da sua cabeça.
Você sorriu para ele, um olhar sonolento ainda afetando seus olhos. Ele sentiu seu peito apertar enquanto olhava para você. Demorou um pouco para ele se acostumar com as emoções estranhas e estranhas que você o fez sentir nos meses após ele confessar “sentir algo estranho por você”, mas ele estava começando a se familiarizar mais com elas. Ele cerrou a mandíbula, seu sorriso se tornando baixo e aguado enquanto seus olhos observavam sua mão arrastar um dedo leve por sua bochecha.
“Você me amaldiçoa”, sua voz era baixa e íntima, e não tinha som de radiofrequência. O rosto dele se aproximou do seu enquanto ele falava. “Eu me sinto tão fraco perto de você.” Ele manteve o fato de que odiava isso para si mesmo.
Você deu a ele um sorriso preguiçoso e torto. “Eu me considero mais um feitiço, na verdade.” Isso fez Alastor sorrir um pouco mais. Ele pressionou o rosto em seu pescoço e você riu levemente ao sentir o cabelo dele fazendo cócegas em sua pele. Ele respirou fundo antes de suspirar, acomodando seu corpo ao seu lado.
Que mudança de humor, você pensou enquanto Alastor passava um braço sob sua cabeça. Você viu uma expressão cansada em seus olhos, algo que ele tenderia a esconder no dia a dia. Você sabia que ele não dormia muito.
“Já se passaram alguns minutos”, comentou Alastor. Sua voz tinha uma pontada de exaustão, provavelmente provocada pelo fato de se deitar. Não era nenhuma surpresa que o sono saltasse sobre ele como um animal raivoso, já que ele se mantinha acordado aparentemente por dias a fio.
“Só mais alguns”, você implorou. Você pressionou o rosto contra o peito dele e sentiu um leve estrondo quando ele cantarolou um 'ok' em resposta ao seu pedido. Você passou o braço em volta do torso dele.
Você não sabe quando adormeceu, mas sabe que sim quando abre os olhos e seu corpo fica pesado, ainda acordando. Você se levanta, mas para quando sente o peso do braço de Alastor ao seu redor. Você sorri quando olha para baixo e vê um sorriso suave e sonolento em seus lábios e uma expressão relaxada em suas feições.
Você escapa de suas mãos e seus olhos se abrem. Suas sobrancelhas franzem por um momento e você observa enquanto ele reprime um bocejo.
Você sem palavras pisca os olhos e olha para você.
“Pronto para levantar?” Você pergunta a ele, inclinando-se para olhar diretamente para ele.
Ele fecha os olhos em resposta novamente e suspira, levantando simultaneamente um braço para envolver levemente sua cintura.
Você o observa por alguns segundos, antes de olhar para cima e ao redor do seu quarto. Seus olhos pousam nas cortinas, um brilho sinistro de luz emanando das bordas. Um sorriso sinistro surge em seus lábios e você pesa os prós e os contras.
Foi um pensamento breve, porque quando você olhou para Alastor, todas as intenções malignas deixaram seu corpo. Esse cara nunca dormiu, você não deveria interromper isso só para se vingar dele.
Além disso, como ele parecia cativante, tão vulnerável embaixo de você. O Radio Demon, dormindo, guardas abaixados, confiando em você. Você se inclinou e deu um beijo cuidadoso na testa dele antes de se deitar novamente. Ele foi rápido em inundar você com os braços mais uma vez, e de repente você se perguntou se seria tão ruim dormir o dia todo.
