Prometida Ao Rei

Capítulo 15

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— Querida, reage, por favor! — reconheço a voz de Kiara e sinto a mesma chacoalhar-me. — Por favor, Elena!

Viro meu rosto lentamente para observa-la e vejo seus olhos cheios de lágrimas. Adam...

— Adam! — sussurro enquanto levanto-me e olho o quarto a procura de Adam, ele está deitado na cama ainda desacordado.

Caminho até a cama e o abraço, vejo uma linha, não muito grossa, de sangue partindo de sua testa até seu queixo.

Não morre meu amor, seja forte! Eu te amo.

— Elena... — Kiara senta ao meu lado e enxuga as lagrimas que insistem em cair.  — Calma, querida! Ele vai ficar bem, ele é forte.

Encaro seus olhos e algo toma conta de mim.

— Calma? A senhora está me pedindo calma? — solto uma risada sarcástica. — O Adam está sangrando e está desacordado, eu estou com o tornozelo machucado, Alizon conseguiu as pedras que faltavam. Ela vai matar os meus pais, e tudo porque eu não entreguei o livro de feitiços para ela. E você vem me pedir calma? Eu não posso ficar calma, eu não tenho porquê ficar calma. — a está altura todos dentro do quarto me olhavam assustados.

— Eu... eu...

— Elena tenha mais respeito, por favor! — Eros aproxima-se de sua esposa e a toma em um abraço.

— Não, Eros! — Kiara solta-se vagarosamente do abraço de seu marido. — Ela está certa. Todos estão tão preocupados que eu pensei que pudesse manter o meu autocontrole, mas talvez não seja isso que todos precisem, talvez não seja isso que a Elena precise. Apenas um ato de carinho seria suficiente.

Olho-a atentamente e volto meu olhar para Adam. Agarro seu corpo com afinco e passo a mão em seus cabelos.

— Meu amor... — sussurro. — Acorda, eu preciso de você. Preciso do seu abraço e dos seus beijos.

— Vamos voltar para nosso quarto, caso precise chame-nos. — Eros diz e todos saem do quarto restando apenas Adam e eu.

Apoio a cabeça  no peito de Adam e fecho os olhos concentrando-me em seus batimentos cardíacos. Ele está tão calmo, parece que dorme despreocupado, como em uma madrugada qualquer.

— Espero que cure-se logo.

•••

Sinto leves toques em meu rosto. Ao abrir os olhos vejo Adam muito próximo de mim.

— Bom dia, meu amor! — Adam abre um sorriso largo e lindo. — Dorminhoca, estou tentando te acordar a dez minutos.

Por que ele está tão animado? Animado demais para quem bateu com a cabeça em uma parede.

— Sua cabeça não está doendo? — toco em sua cabeça procurando o ferimento. Sumiu. — Adam, cadê seu ferimento?

— Não, não está doendo. — ele sorrir. Passa a mão na cabeça.  — Eu não sei, mas quando acordei não tinha mais ferimento algum, apenas o sangue seco.