O casamento trata-se de uma maneira de formar alianças econômicas e políticas, bem longe de ser realizado por meio do amor. Um casamento serve apenas para garantir que a herança de uma determinada família permaneça centralizada, ou para aumentar as...
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Elena Hughes
Eu estava extasiada com todos os acontecimentos. Ainda estava processando cada palavra do Rei em quanto me arrumava como havia ordenado. O que Eros estava planejando desta vez? Algo bom para mim e os pequeninos em meu ventre, eu espero.
Ao terminar de vestir, desço para encontrar os cavalheiros na sala. Meu pai, Benn e o Rei me aguardavam em quanto jogavam conversa fora. Todas as atenções se voltam para mim, assim que desço o último degrau das escada.
- Vamos! - digo ao chegar no último degrau.
- Estás deslumbrante. - Benjamin dispara.
- Obrigada!
- Vamos então! - Eros ergue seu braço para mim.
Seguimos para a carruagem e fomos todo o caminho para Paládia em um silêncio constrangedor. Vez ou outra Ben puxava algum assunto comigo, mas logo o silêncio tornava a dominar o pequeno espaço oval. Ao nos aproximarmos de Paládia, vejo inúmeras carruagens próximas ao Castelo. Eros havia preparado uma festa.
- Estás pronta? - O rei pergunta-me.
- Estou. - respondo ao soltar uma lufada de ar.
Entramos no castelo e o salão de festas está repleto de pessoas, crianças, jovens e idosos, me perco em meio a tantos rostos. Alguns comentários me são audíveis, alguns hostis, outros agradáveis.
- Elena, que alegria! - Juara surpreende-me com um abraço. - Eros finalmente recobrou o senso.
- Estou aqui, querida! - ele diz inconformado.
- Eu sei bem!
- Também estava com saudade! - digo após o drama do casal. Ah, como eu senti falta disso. - Onde está o Adam?
- Ainda está se arrumando, irei agora mesmo chama-lo. - Ela saiu o mais rápido possível.
Eros também deixa-me, meu pai está conversando com alguns nobres do Reino, restando apenas Ben e eu. A música muda de ritmo e uma melodia lenta começa a ecoar, Ben se aproxima e estende sua mão.
- Me concede está dança?
- Claro!
Ben encaixa sua mão na minha cintura, enquanto a outra ergue a minha mão direita guiando-me pelo salão. Ben olha fixamente em meus olhos, o que me deixa levemente constrangida.
- Ben, pare! - peço envergonhada.
- Não estou fazendo nada. - diz com um sorriso travesso.
- Está me constrangendo com seu olhar. - desvio meus olhos do seu.
- Está bem, desculpe! - ele toca meu rosto e volta a olhar-me. Desta vez, não como se quisesse penetrar minha alma.
Logo a música é interrompida e todas as atenções são voltadas para o tilintar do garfo de prata na taça de cristal que Eros está segurando, ao seu lado Kiara e Adam. Os olhos de Adam me fitavam de uma forma diferente, era como se eu pudesse enxergar decepção em seus olhos.
