1°- Capítulo.

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Mudar de casa é algo novo pra mim. Sempre morei na mesma casa e no mesmo bairro, cresci e vivi com as mesmas poucas pessoas.

Apenas, minha mãe, Cyndi, minha prima, Mary e meu pai, John.

Moramos em Londres, Inglaterra, mas hoje estamos mudando de casa. Meu pai virou sócio de uma empresa de consultoria, junto com um amigo. Quer dizer, um velho amigo, que eu nunca conheci para ser sincera, mas não tem muita importância agora. Eles abriram há pouco tempo, mas foi tempo suficiente para deixar meu pai animado e esperançoso que dê certo, e sinceramente, eu acredito nele.

Meu pai trabalha muito, quase não para em casa. Sempre em suas reuniões e quando está em casa sua atenção também é dada ao trabalho. Não posso dizer que ele é um pai ausente. Ok, um pouco, mas ele é sempre tão compreensivo, como se soubesse que de um jeito ou outro as coisas podem se resolver. Talvez esse seu jeito apaziguador seja o mais admiro nele. Por isso, e por acreditar na sua ideia, o apoiei completamente.

Aceitei a ideia de mudar de casa de boa. Minha mãe e minha prima também a receberam bem quando meu pai se reuniu conosco e disse o que pensava, perguntou nossas opiniões e como parecia uma ótima coisa, nós concordamos.

A casa fica mais perto da empresa, em um bairro mais calmo e agradável do que o nosso, segundo meu pai. E espero mesmo que não tenhámos problemas por lá.

Mas o que está mesmo me incomodando, é que para nós mudarmos de casa, Mary e eu também vamos ter que mudar de escola.

Eu não sou muito fã de mudanças, principalmente desse modo. Gosto de ficar na minha zona de conforto, gosto de seguir meu ritmo, porque mudar de escola não é nada legal pra mim. Já me acostumei com as pessoas da minha escola atual, já fiz até alguns amigos, algo quase impossível para alguém como eu.

Mais especificamente, duas amigas. Érica Morgan, a baixinha invocada, e Paloma Statham, a louca por Justin Bieber. Sim, Justin Bieber.

Não vou negar que quando descobri depois de... Algumas semanas, fiquei boqueaberta. Ela não parecia gostar dele, e se soubesse que gostava, pensaria duas vezes antes de aceitar sentar na mesa do refeitório da escola, junto com ela.

E claro que há um motivo por trás disso. Uma vez, no primeiro ano do ensino médio, tive que fazer um trabalho em dupla com uma garota chamada, Britney Brooke. A garota mais obcecada por Justin Bieber que já conheci, em toda minha vida. Me lembro de tentar fazer o trabalho enquanto ela contava praticamente a história da vida dele, e dos meus ouvidos doerem pelos gritos estridentes que ela soltava quando me mostrava fotos dele, o que eram muitas. Posso dizer que fiquei traumatizada com isso, e desde então, evito situação parecidas.

Mas Paloma é muito mais civilizada e calma do que Britney, e somente fala dele quando há alguma novidade ou algo assim. Aparentemente, somente ela gosta dele entre Érica, Mary, e eu.

Não é um tipo de música que me atrai, posso dizer.

Enfim, essas eram minhas amigas aqui e não queria mesmo perder a companhia delas, mesmo tendo Mary comigo.

Mary Bradley, a minha prima-irmã- melhor amiga de sempre. Ela tem 17 anos de idade e age como qualquer adolescente bonita, carismática e descolada costuma agir. Nós duas fomos criadas juntas, como irmãs basicamente. Somos inseparáveis. Não tem amor maior do que eu sinto por ela e que ela sente  por mim. É realmente amor de irmãs, melhores amigas, um laço que pretendo nunca perder. É impossível para mim.

Ela mora com nós dês que eu tinha 10 anos de idade, porque.... bem, seus pais sofreram um acidente horrível em que ambos não sobreviveram. Ela não estava junto graças a Deus. Nesse dia, ela tinha vindo dormir na minha casa. Eu lembro como se fosse hoje, o rosto da minha mãe quando ela entrou no quarto, em que nós duas estávamos conversando e se divertindo. Ela olhou para Mary com tanta dor e lamentação, que é difícil me esquecer dessa imagem.

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