Simply Happens [H.S]

39°- capítulo.

Quando Harry saiu daqui, eu não tinha mais o mesmo humor. Ele simplesmente tirou toda a mágoa de dentro de mim com seus beijos. Claro que queria que ele ficasse comigo, mas sei que o treino é importante e como ele disse, eles precisam ainda melhorar. Fiquei feliz quando ele me convidou para o jogo de sábado, um amistoso, mas mesmo assim, estou animada pra vê-lo jogar. Eu não sabia que iria ter até ele me dizer hoje, gosto tanto de esportes e não vai ser nenhum esforço vê-lo jogar.

Me lembro da primeira vez que vi, eu ainda tinha um pé atrás com ele, ainda o achava orgulhoso e metido, que só sabia pensar nele mesmo. Mas isso não tirava o fato que eu achava ele extremamente atraente com a roupa do time e seu corpo suado. Seus cabelos bagunçados e caindo pela testa também suada, os músculos dos seus braços visivelmente flexionados quando ele arremessava a bola, ou a quicava e os desenhos das tatuagens ainda sem muito sentido, a mostra. Era sem dúvidas uma bela imagem. E me pego querendo vê-la novamente sábado.

As coisas entre mim e Harry sempre foram mais complicadas do que normalmente e pelo que Mary diz, era pra ser. Bem, eu sou complicada, essa é a questão. Ainda me pego pensando que há algumas semanas atrás, eu praticamente odiava-o. Não gostava dele, por mais que sempre o achei lindo esteticamente. Isso não importava realmente para mim, quer dizer, ainda não me importo muito com isso, porque seu jeito sempre me chamou mais atenção, mas sem dúvidas a beleza que existe nele não é normal. É rara e inquestionável. Nunca conheci sequer algo tão encantador. E isso com certeza é o que todas as garotas vêem quando olham pra ele.

Mas isso, não foi totalmente a única coisa que me chamou a atenção. Ele era algo indescritível, bem ainda é. Mas eu realmente não sabia o que acontecia. Ele me chamava atenção, me olhava diferente de todos e de uma maneira ou outra estava sempre no meu caminho. Tentava falar comigo e isso para mim não era normal. Ele estava praticamente o tempo todo na minha cabeça, mesmo eu não querendo, seja porque ele me intrigava ou me magoava ou seja, naquele dia inesquecível e humilhante.

Claro que pensar nele como eu pensava antes não era algo totalmente agradável. Eu não gostava definitivamente dele, e quando aquilo aconteceu, eu odiei-o com todas as minhas forças, mas alguma coisa, alguma coisa ainda desconhecida em mim me fez querer perdoa-lo. Conforme os dias se passavam, e mais eu o conhecia, mais eu esquecia daquele dia. As coisas foram devagar de qualquer forma, até eu realmente me sentir confortável com ele, e querer tê-lo por perto.

Eu não sabia o que pensar mais, primeiro porque eu não gostava dele e não confiava nem um pouco nele, mas depois, ele me mostrou um cara totalmente diferente do que eu pensava. Me fez sentir confortável, me fez sorrir e rir por coisas fúteis, me fez querer-lo por perto, e me fez acreditar nele.

Hoje, agora, posso dizer que acredito em Harry. Acredito quando ele diz que me quer, quando ele diz que se preocupa comigo, e quando ele diz que sou importante para ele. Acredito nele, e quero realmente, mudar essa coisa dentro de mim que me faz duvidar das pessoas. Não quero sentir mais isso.

Vendo agora, as coisas mudaram muito. Me senti tão perdida quando ele me beijou e no mesmo dia, disse que queria aquilo outra vez. Da para ver de longe que Harry é confiante, tão confiante quanto Mary, só pela forma que ele anda. E talvez por isso, seja muito mais fácil para ele admitir que queria aquilo do que para mim.

Não sei exatamente quanto tempo eu passei sentada no sofá, só lembrando de tudo isso. A tv estava ligada mas não prestei nenhuma atenção no que passava. Dês que Harry saiu com um sorriso lindo e fez uma das suas piadas idiotas, eu sentei aqui. Ele saiu daqui tão animado, me beijou repetidamente antes de sair pela a porta e eu só sabia rir da euforia dele. Não sei porque mas acho que isso fez ele tão feliz quanto eu. E me pego sorrindo por lembrar disso.