12°- capítulo

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Uma semana depois

Estou terminado de fazer um trabalho de história. Trabalho esse que tive bastante pesquisa para fazer. A professora de história é uma pessoa bem rígida sobre os projetos e trabalhos que temos. Se não houver uma coerência e dedicação visível ela não hesita em deixar em vermelho nossas notas. Felizmente eu me puxei bastante e consegui fazer um bom trabalho.

Já era sábado de tardezinha e não há nada para fazer. Todos os dias são assim na verdade. Vivo nessa rotina de ir para a escola, voltar pra casa, fazer as atividades pendentes, ver algumas séries ou algo do tipo.

Bastante divertido, não é?

Não tenho muita animação na minha vida e também não é como se isso me incomodasse tanto. Não sou aquela adolescente que saí para festas ou é convidada todo final de semana.

Na verdade eu gosto dessa parte em alguns momentos, não sou muito fã. Muitas pessoas, música alta, pessoas bêbadas. Não consigo me enxergar no ambiente.

Provavelmente iria ficar em um canto, assistindo tudo e terei sorte se alguém quiser fazer companhia para a anti-social do rolê.

Mary uma vez me Levou para uma, foi exatamente como eu pensei. Ela dançou a maior parte do tempo, isso quando não estava beijando alguém  e eu só ficava no meu cantinho dando pequenos goles de uma bebida muito, muito ruim.

Mary gosta de festas, de movimento, de pessoas. Ela gosta de se divertir desse jeito, mas ultimamente ela não tem saído mais.

Minha mãe teve uma conversa séria com ela sobre isso. Porque ela saia quase todo final de semana e meus pais achavam que isso estava prejudicando Mary um pouco no seu desempenho na escola ou até sobre responsabilidade mesmo. Por isso, o combinado foi que Mary não iria frequentemente frequentar mais festas da mesma forma e isso realmente a ajudou de alguma forma.

Mary respeita muito minha mãe, ela sabe que ela só quer seu bem. Fico feliz que tenhamos uma boa relação.

Normalmente quando uma pessoa perde os pais e é criada por outras pessoas, como tios que é o caso da Mary, nem sempre tem uma boa relação. Essas pessoas geralmente nunca aceitaram a perda, por isso deve ser difícil o convívio, mas Mary felizmente não é assim. Ela sofreu muito lógico, tenho certeza que ainda não é fácil pra ela, mas ela reconhece que meus pais a amam e só querem o seu bem.

Ela é muito madura nesse quesito.

Meu celular vibrou sobre a mesa do computador e abri uma mensagem de Paloma.

Estou com saudades dela.

Paloma tem 17 anos, é muito gentil e tem cabelos pretos encaracolados. É uma menina bonita, uma pessoa divertida mesmo sendo um pouco tímida. Eu sempre me dei muito bem com ela.

Paloma: Hey!

Paloma: Como você está? Saudade de vocês!

Eu: Hey! Também estamos! Sentimos falta de vocês na sala de aula.

Não demorou muito para que uma nova mensagem surgisse na barra de notificação.

Paloma: Nem fala. É muito estranho não ter você e Mary agora.

Paloma: Mas me diz! Como está sendo a nova escola?

Eu: Ah, é tudo meio novo ainda mas até que não é tão ruim. E vocês aí? E a dona Érica heim?

Paloma: Está tudo indo como sempre, a baixinha está bem também.

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