22°- capítulo.

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Uma semana se passou e finalmente chegou o fim de semana em que vamos ir para o tal acampamento. Passei quase a semana inteira ouvindo sobre ele, e em como todos estão ansiosos e entusiasmados para irem. Felizmente não irá mais nenhum turma esse ano, somente a turma do último ano, a nossa. Ouvi por alto que como é, obviamente nosso último ano, os alunos proporam isso no começo do ano, como algo mais íntimo para turma. A maioria dos professores apoiaram e a diretora Claire aceitou, dando assim um passeio diferente ao restante das turmas, para ser justo.

Meus pais felizmente aceitaram, tendo que assinar um bilhete de autorização já que eu sou menor de idade. Eles ficaram um pouco preocupados e apreensivos mas deixaram que Mary e eu fôssemos depois de inúmeros argumentos de Mary e somente um único meu, quando vi o quanto patético aquilo era. Qual é? Não somos mais crianças para todas essas burocracias.

Vamos passar todo o fim de semana lá, por isso, estou levando tudo que pediram e que realmente vou precisar. Mary e eu vamos dividir uma barraca porque ela é enorme, e não gostamos de dormir sozinhas em lugares estranhos, sem falar que é desnecessário uma barraca para cada uma. Minha mochila está cheia de roupas e acessórios que eu provavelmente vou precisar, como por exemplo: escova de dentes e repelente.

Estou, com todas as minhas forças esperando que seja um fim de semana legal, onde eu possa, nem que minimamente, me divertir. Na maioria das vezes não gosto de criar muitas expectativas, porque geralmente acontece algo ruim e acabo me desiludindo.

Temos que estar no colégio às três horas da tarde e faltam exatamente meia hora para isso, então, apressei Mary, que ainda estava se arrumando, fazendo questão em vestir uma calça jeans camuflada, alegando que era para entrar no clima antes de descer para a sala.

Meus pais estão trabalhando então, por isso, me despedi deles nessa manhã. Eles fizeram um drama danado, principalmente minha mãe. Meu pai já foi mais rápido, porém, ele falou até em ursos, o que foi um pouco bizarro e hilariante.

Quando Mary finalmente resolve descer, suspiro aliviada e pego minha mochila, um pouco cheia e Mary pega a dela que está ainda mais cheia que a minha.

Conferimos mais uma vez se não faltava nada, então finalmente saímos, fechando a porta e pondo a chave embaixo de um vaso no canto da varanda. Era o combinado.

Mary não parecia tão animada para isso, ela odeia mosquitos. Quem gosta? Mas felizmente compramos repelentes e não temos que nos preocupar com isso. Ela também não é uma pessoa que gosta muito de mato e essas coisas, mas pelo menos ela não é aquelas meninas que não param de reclamar um minuto.

Felizmente.

Assim que chegamos na frente do colégio, já conseguiamos ver que a maioria dos nossos colegas já estavam aqui, só esperando para entrar no ônibus em que vamos.

- Cadê as meninas? - Mary murmura, procurando-as com os olhos por todos os lados.

Imito seus movimentos, olhando para todos ali e vendo se achava finalmente alguma delas. Meus olhos passaram por todos, por cada grupinho ao longo da calçada, até pararem em alguém, que por sinal, estava me encarando de longe, e por algum motivo mesmo estranho, meu coração acelerou.

Sim, é ele. Harry.

Eu estou surpresa por ele estar me olhando assim, como se estivesse interessado em falar comigo ou algo parecido, porque pode ser difícil de acreditar, mas nessa semana, nós não nos falamos nenhuma vez e nem foi por minha culpa, ele quem não falou comigo.

Nenhuma vez.

Praticamente me ignorava e isso me deixou intrigada e por alguma razão idiota, fiquei decepcionada.

Simply Happens [H.S] Where stories live. Discover now