4°- capítulo

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Na manhã de segunda me surpreendi em acordar pelo som do despertador e ainda querer ficar na cama. Não é que eu não seja uma pessoa preguiçosa porque na verdade eu sou muito, mas eu achava que eu iria pular no segundo seguinte que desligasse o despertador.

Sou tão ansiosa. Na verdade posso achar que talvez eu tenha problemas com ansiedade. Não costumo ficar calma em conhecer pessoas. Eu simplesmente não consigo impedir de me sentir estranha demais. Eu não sei o que acontece, mas somente acho que as pessoas notam meu nervosismo, e me acham ainda mais estranha. Não é sempre, quando estou com Mary, é sempre mais fácil, mas quando estou sozinha, eu praticamente gaguejo do começo ao fim. É patético.

Respirei fundo e levantei. Encima do criado mudo o meu pequeno relógio vermelho marcava exatamente 7:00 horas da manhã. Eu preciso estar na escola as 8h. Tenho tempo pra tomar um banho e me arrumar tranquilamente.

Mary quem normalmente demora mais para se arrumar. Ela monta looks e enfim, tem esse gosto para moda. Ela é realmente muito vaidosa, talvez isso seja mais uma das coisas que a faz ter um qualquer garoto em mãos. Eles provavelmente gostam disso, e talvez seja esse um dos motivos por eu não ser notada. Não é como se eu quisesse realmente ser notada. Amor e toda essa coisa de sentimentos não é comigo. Pelo menos, eu não acho que alguém poderá um dia gostar de mim sendo como eu sou e por isso, não costumo pensar muito nisso.

Fico agradecida por ser mais simples comigo. Me visto sempre o mais simples possível e faço uma maquiagem tão simples que é como se eu não estivesse usando. Eu só uso realmente para tentar esconder algumas manchinhas que eu não gosto no meu rosto, e as minhas sardas claras. Esse é o único motivo. Mary às vezes me enche para fazer minha maquiagem. Até aceitei um dia mas me senti tão estranha que praticamente só olhava para o chão e tentava passar despercebida pelas pessoas para elas não vissem o meu rosto. Foi no ano passado e depois disso nunca mais deixei ela me maquiar novamente. Era exagerado.

Pego uma roupa no armário. Uma calça jeans clara, uma t-shirt branca e uma jaqueta jeans. No momento em que saio do quarto a porta do quarto dos meus pais abre e minha mãe sai de lá, já arrumada para o seu trabalho.

Minha mãe trabalha em uma loja de roupas. Ela é a gerente. É um emprego bem comum, mas sem dúvida muito honesto. Eu iria adorar trabalhar assim. Bem, por enquanto quero dizer. Até começar a faculdade.

- Bom dia. - ela diz com um meio sorriso, que me diz que acordou de bom humor hoje.

Minha mãe já não é uma mulher tão jovem. Ela me teve com vinte e nove anos. Está agora com quarenta e cinco. É aquela mãe bem cuidada posso dizer. Seus cabelos são igualmente castanhos como os meus e seus olhos são verdes. Mas no entanto, não tenho a mesma cor de olho que ela. Bem, seu corpo já não está tão em forma, mas entendo completamente, ainda acho-a linda. Não sei em qual tipo de mães pode-se classificar a minha, talvez na das mães que tentam ser responsáveis demais. Não sei, realmente. Ela é uma boa mãe, sem dúvidas, talvez só se preocupe demais com coisas que não devia.

E bem, ela às vezes se irrita muito facilmente, e joga as coisas nas pessoas que não tem culpa como o meu pai por exemplo. Mas acho que ele já se acostumou com isso.

- Bom dia, mãe - faço o meu melhor para sorrir e entro no banheiro.

Assim que eu termino de me arrumar, pego meu celular e minha mochila e desço as escadas. Vou em direção a mesa em que meus pais já estão.

- Bom dia, pai. - digo me juntando à eles.

John é um bom pai. E posso chamá-lo de bonito. Por mais que seus cabelos já estejam no tom grisalho. Ele tem quarenta e sete anos. Seus olhos são castanhos-claros e ele parece até mais novo do que realmente é.

Simply Happens [H.S] Where stories live. Discover now