• Capitulo Dezoito •

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021 Rj
Morro da Rocinha.
Tizil na voz👑

Coe Ratatouille, quero minha entrega aqui pô tá achando o que? Que isso aqui virou festa, tem vacilação não filhão ou tu entrega as minhas coisas agora ou tu vai rodar como qualquer outro, tá achando que as coisas aqui é brincadeira, vai nessa que tu chega longe — Falo com o mesmo no radinho que disse que iria atrasar a carga por problemas no carro, caô po, tô ligado na dele, já não basta a da semana passada que chegou atrasada.

Agora vem mete o loko pra cima de mim, tem essa não po, deixa ele achando que tá caindo no esquecimento, nego acha que pode fazer nois de otário, vai achando que eu tô de óculos, que rapidinho cai. Tenho pressa não, mais quando eu pego eu amasso legal.

Ae patrão — Pitbull chega é chuta o caixote se sentando do meu lado observando a favela, maluco as vezes eu não entendo o que passa na cabeça desse cara não papo reto.

— Terminou teu serviço o filha da puta — jogo a bituca do cigarro no chão encarando ele.

— Po patrão nois e merecedor de um descanso — Encaro ele Serinho, só pode tá com algum tipo de zoação com a minha cara porque não é possível, eu já tô quente pra amassar um é daqui pra lá.

— Porra de descanso, quando os bota invadir fala isso pro general da BOPE, quem sabe ele não deixa tu ter um descanso, na cadeia o filha da puta, ou melhor a porra de um descanso eterno no inferno — Olho pra baixo vendo a imperatriz chegar na boca.

A Encaro o tempo todo ela para pra falar com um menor, e vem umas crianças correndo uma até esbarra nela e cai no chão, ela o ajuda a levantar e abaixa na altura dele e começa a a falar não sei o que, do nada ela tira uma nota de dez reais no bolso e entrega pro garoto que sai correndo.

Moleque saiu no lucro.

— Tá me ouvindo Tizil porra — Chama minha atenção e eu reviro os olhos, mais ainda continuo encarando a imperatriz.

— Hum? — Ele dá uma risada.

Tá gamado patrão? — Encaro ele de cima a baixo.

— Que papo torto é esse aí, se liga, tô longe de laço — Vejo a imperatriz subir a Lage com uns papéis na mão, a cara dela não tava boa não.

Aí o se liga — Ela falou ainda olhando para os papéis é chutou o caixote e se sentou do lado do pitbull, tenho até do desses caixote po, toda hora um chute diferente — Boca cinco, seis, oito, nove e onze tá tudo certo, boca um, dois, três, quatro e sete ainda vão entregar o lucro hoje, boca dez tem alguma coisa errada — levanta o olhar e me encara — De duas uma ou eles tão desviando ou não tão cobrando direito porque tá faltando mais de mil aqui — Respiro fundo pensando no prejuízo que isso vai dar, e o Pitbull faz uma careta.

— Que foi tio — Ele me olha e olha pra imperatriz.

— Quem cuida dessa boca é o Binho po, menor cresceu com a gente, tem certeza que essa conta tá certa — ele encara a imperatriz que o encara desacreditada.

— Tá achando o que? Que sou eu que tô fazendo esses Bagulho? Se liga po, fui treinada anos pra poder fazer esse caralho, mais tá anotado aí ó, só você somar se tiver em duvida cuzão — Jogou os papéis em cima dele — Vai testando minha fé pitbull, vai testando — Levantou do caixote com brutalidade e desceu da Lage, olhei pra ele negando e dando uma risada.

— Caralho o que deu nela? Eu só perguntei tio — Balanço a cabeça em negação com a cabeça estalando a língua.

— Tu duvidou da palavra dela, se fosse contigo tu ia gostar? — Ele negou — Tão pronto Zé buceta, fica aí duvidando da palavra da mina tá querendo levar os esculacho mesmo, eu acho e pouco — Me levando — E vai resolver esse problema ai com o Binho — digo descendo a lage e trepando na moto descendo pro bar do João.

Sento na cadeira e peço um litrão de Brahma e me sento olhando o jogo que passava na TV.

Já tem uns três dias que a favela tá calma, tô até estranhando, quando a esmola é muito até o santo desconfia, pra um lugar que só tava em guerra pra tá calmo desse jeito, tem merda ai.

Do nada a pequena chega se sentando do meu lado, vejo todo mundo olhar na nossa direção, ela tava até que arrumada po, acho que nem tava na favela.

— Tava aonde? — Pergunto só por perguntar mesmo, nunca tinha trocado uma ideia com a pequena antes, mina parece ser da mesma forma do pai dela, aliás essas mina e tudo cópia né? Versão feminina, gênio igualzinho.

Resolvendo uns problemas aí po, seguinte, reúne só os de confiança, mais só os que tu sabe que é fechamento, e pede pra encontrar com a gente lá em casa, tenho uma parada pra falar com vocês — Assinto e ela se levanta com a latinha na mão e caminha até a moto, sumindo de vista logo em seguida.

Balanço a cabeça em negação voltando a olhar pra televisão e passo o rádio pro doidoi pedindo pra chamar o Pitbull, cobra e guerreiro quero todo mundo na casa das mina lá.

— Oi meu amor — Patrícia brota do nada na minha frente e se senta do meu lado.

— Amor e o Caralho, que que tu quer?

Nada só tava com saudades — Da um sorriso e se aproxima querendo me dar um beijo, viro o rosto.

— Sem beijo — Ela revira os olhos, e começa a cheirar meu pescoço.

Tô loka pra fuder gostoso — O amigão lá de baixo já deu sinal, me levantei da cadeira olhando a hora e indo até a moto com ela atrás, subimos pro barraco da quinze e a safada já entrou tirando a roupa ficando peladinha na minha frente.

Ela caminha na minha direção e se ajoelhou abaixando minha calça, fazendo meu pau pular pra fora.

Desgraçada, eu não tinha nada com a Patrícia mais ela sabia fazer uns Bagulho maneiro, e como eu já tava na cede aproveitei, perdi até a hora dos Bagulho da pequena.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now