• Capítulo quarenta e nove •

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Acordo sentindo uma dor na cabeça e tento me sentar fazendo a dor aumentar.

— Aí — Coloco a mão na cabeça e me sento.

— Ouvi tanto isso — Tato fala, e eu encaro ele e reviro os olhos — Tá melhor? — se levanta e vem até mim e eu levanto uma sobrancelha encarando ele.

— Jubileu tá estranho hoje eu tenho medo — Fecho os olhos sentindo a dor de cabeça me atacar mais uma vez.

— Tá vendo, quando eu decido ser legal — Faço cara de deboche e ele fecha a cara.

— Acionou meu pai?

Ele tá em sampa, nem deu pra vir, falou pra ligar pra ele — assinto e ele ia saindo.

— Vai aonde?

Chamar a médica, porque? Vai sentir saudades? — Da um sorriso de lado e eu reviro os olhos — Fica tristi não eu vou mais eu volto — Afina a voz.

— Sai logo daqui porra — Ele sai gargalhando, e volta uns dois minutos depois com uma médica, jovem era bonita a moça — Vou poder ir pra casa hoje? — Pergunto e ela da um sorriso de lado.

Oi pode me chamar de doutora Robins, não vai poder não, vai precisar ficar em observação médica, a senhorita tem placenta prévia...

— Que isso doutora?

— Quando a placenta cobre a abertura no colo do útero da mãe..

— E grave?

— Sim, Considerar placenta prévia em todas as mulheres que têm sangramento vaginal após 20 semanas. Para a maioria dos primeiros episódios de sangramento antes da 36ª semana, recomendar internação, atividade modificada e abstinência de relações sexuais. — Ela me encarava seria o arrepio de meses atrás me atacou de novo.

— Corro o risco de perder o bebê?

— O principal risco de placenta prévia é provocar parto prematuro e hemorragia, o que irá prejudicar a saúde da mãe e do bebê. Além disso a placenta prévia também pode causar acretismo placentário, que é quando a placenta fica presa à parede do útero, dificultando sua saída na hora do parto — Ela respira fundo e se aproxima se sentando ao meu lado.

— Isso e bem grave — Abaixo a cabeça passo a mão na minha barriga que já tinha um volume bem alto, para quatro meses.

— A sua gravidez está em risco, não só a vida do seu bebê mais a sua também, fez acompanhamento? — Passo a mão no cabelo e encaro ela sem graça, sei que deveria fazer mais eu sempre marcava e sempre esquecia, e aqui estou eu agora, morta de vergonha por causa da minha irresponsabilidade.

— Na verdade eu tive alguns problemas — Tato da uma risada alta e eu encaro ele seria — Só fiz para saber o sexo do bebê mesmo.

— Tudo bem, nossa prioridade agora e você e o bebê, vamos manter você aqui em repouso e o parto terá que ser cesariana tá bom? — Assinto — Okay, vou indo — Ela sai da sala como os patins dela que piscava.

Olhei pro Tato que ainda ria, e mostrei o dedo do meio.

— Que educada.

— Vai a merda vai. Me empresta seu celular aí — Ele joga pra mim, e eu ligo pro meu pai.

Chamada📲

Oi Tato aconteceu
alguma coisa?

Oi pai, sou eu.

Oi filha aconteceu
alguma coisa?

Oi pai, aconteceu
sim -Comecei a chorar-
droga de hormônios.

Para de graça
Mirian, o que
aconteceu filha?

Minha gravidez pai
E de risco, vou ter que
Ficar no hospital.

Comequie?
Tá aonde?

Postinho do
vindigal.

Chego no rio amanhã,
vou pedir pro seu tio
te levar pra cede, e
toma muito cuidado
imperatriz e do meu
neto que a gente tá
faltando.

Tá pai.

Tenho que ir, beijo.

Beijo.

Chamada📱

— Vai ficar me encarando mesmo? — Ele respira fundo e chega perto — Tá perto demais, e bom se afastar se quiser ter filhos no futuro.

— Caralho mano tu e chata viu — Se joga na poltrona do meu lado, e eu reviro os olhos — Tua prima tá vindo.

— Qual das?

— A de cabelo preto, sempre esqueço o nome delas.

Me deito na cama respirando fundo, e começo a chorar porque tudo pra mim tem que dar errado?

— Ah Qualé chora não — Desliga o celular e me encara.

— São os hormônios — Digo em prantos e ele ri, e vem até mim colocando meu cabelo atrás da orelha e rindo.

— São os hormônios — Me imita e eu meto o tapão no braço dele.

— Filha da puta — Me sento na cama ainda chorando e enxugo as lágrimas com a mão.

Caralho teu tapa dói mandada — Paro de e chorar e encaro ele — Parou de chorar — o Tizil me chamava assim, e só foi eu lembrar de alguns meses atrás eu começo a chorar de novo — A pelo amor de Deus.

Ele levanta do sofá e se senta do meu lado me puxando para um abraço de lado, e eu começo a chorar mais ainda.

— Tá de brincadeira que o meu pai e o Lúcifer me colocou de babá de uma mulher grávida — Diz puxando o celular do bolso e fazendo a senha.

— Tato gostosão sério? — Digo ainda chorando e ele ri.

Só verdades.

— Pode mandar cancelar as fritas porque o filé chegou — Baronesa diz abrindo a porta de uma vez me fazendo assustar — Que? Porque ela tá chorando? O que você fez com ela? — Apontou o dedo na cara do Tato que levantou os braços em rendição.

Coe, hormônios caralho, aponta esse dedo na minha cara de novo...

— Vai fazer o que? — Diz colocando o dedo na cara dele de novo.

— Se matem logo, assim eu fico livre dos dois — Digo e os dois reviram os olhos e cruzam os braços — Igualzinhos, parecem até irmãos — A baronesa revira os olhos de novo.

Muito engraçada você né — Descruza os braços e coloca a mão na minha barriga — e aí o que aconteceu com a nossa menininha?

— Com ela nada, agora com minha placenta — Pego na minha barriga —né mãe — Afino a voz, como se tivesse falando com minha bebê, sim desenvolvi esse hábito nos últimos meses.

— Parece até mentira — Encaro ela — você e a pequena estarem grávidas primeiro que eu — Fecho a cara e ela ri.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now