• Capitulo vinte e sete •

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Tava deitado na poltrona do carro com ela deitada sobre o meu peito rolando o feed do Instagram, ele curtia tudo as fotos.

— Vamos? — Perguntei e ele se virou pra mim me beijando.

— Eu dirijo — diz balançando a chave me fazendo revirar os olhos, pulo pro banco do carona e visto minha roupa enquanto ela veste a dela, e liga o carro — Me deu vontade de comer um podrão — diz e eu dou uma risada alta.

Saímos dali e ela foi dirigindo, serena, as vezes ela olhava pra mim e sorria, que que essa garota tá fazendo comigo namoral, postura? Já nem tenho mais, foi pra casa do caralho.

Um sorriso dela me desmonta inteiro papo aqui isso não é postura de bandido não porea, tô me perdendo legal, tá na hora de tomar umas vergonha na cara e voltar pra porra do meu caminho.

— Tizil — Ela falou alto me assustando — Tão seguindo a gente — ela fala e eu olho para traz vendo um corolla preto seguindo a gente, olhei para a imperatriz e ela continuava calma como se já tivesse acostumado com aquilo — Coloca o sinto — Ela diz rápido colocando o dela, e eu coloco o meu, ela mete o pé no acelerador, saindo catando pneu por uma estrada de chão.

O carro pulava quando ia de encontro com alguns buracos, faço ideia do valor que vai vir o concerto desse carro  as galhas das árvores mais baixas batiam no vidro, meu coração acelerava mais e mais, encaro ela e ela continuava serena, como se estivesse em um passei de escola. Essa mina é foda pra caralho.

Ela olhava entre a estrada a frente e o carro atrás, ele vinha se aproximando cada vez mais, e ela foi desacelerando.

— Tá fazendo o que imperatriz porra — digo e ela me encara pensativa.

— Relaxa porra, eu sei o que tô fazendo — disse mais pude perceber ela com a cabeça em outro lugar.

— Que foi?

— Sabe, eu sei que existe bandido burro, mais meu pai passou dos limites namoral, quando você vai perseguir uma pessoa com o seu carro, qual é a primeira coisa que você faz para não deixar provas? — me encara rapidamente mais ainda mantendo o foco na estrada.

— A pla....

Isso mesmo, ou você tira a porra da placa ou você coloca uma placa clonada, mais não, pega meu celular aí — encarei ela sem entender — Pega logo, e tira uma foto da placa do carro — eu tiro sem entender absolutamente nada.

E ela para o carro bruscamente fazendo eu dar um solavanco pra frente, vai voltando na Re, quase batendo no carro de trás e passa a marcha, ainda indo em alta velocidade de Re, que que essa mulher tá fazendo, quando eu pensei que ela ia bater ela puxa o Freio de mão, passando a marcha e acelerando com o carro curvando ao redor do carro que tava seguindo agente, dando um cavalo de pau voltando pra pista e deixando o carro pra trás que tava tentando fazer o retorno.

Olho para a imperatriz sem entender o que tinha acabado de acontecer ali. Essa mulher E FODA PRA CARALHO.

— O que aconteceu aqui? Não sabia que tu sabia dirigir, muito menos fazer isso — ela ri de lado ainda sem tirar os olhos da estrada.

Sou piloto de fuga Tizil — ela diz desacelerando vendo que já não tem carro nenhum a nossa volta, já estávamos bem perto da entrada do morro.

— Então...

É eu fui treinada pra isso — ela diz parando em frente a uma Lan house 24h.

— Tá achando que vai aonde? Posso ficar dando esse mole na pista não imperatriz — ela me olha com deboche.

— já volto e rapidinho — Ela sai do carro e depois de uns vinte minutos ela volta com uma pasta na mão — Agora a gente vai comer o podrão porque eu tô morrendo de vontade de comer — ela ri e eu dou risada com ela parando em frente ao bar do morro mesmo, onde vendia lanche.

— Você sempre quis ser a comandante do FPD — ela me olha mordendo o X-tudo.

Não tive escolha — ela abaixa a cabeça — olha sobre hoje, não comenta nada com o meu pai tá bom? — ela me encara e aí que eu fico sem entender mais ainda.

— Porque? É se for alguém perigoso? — pergunto ela ri, como se lembrasse de algo.

— Quando eu comecei tudo isso, você falou que não queria se envolver, e agora que as coisas estão começando a esquentar, eu não vou envolver você — ela fala e faz uma careta olhando pra trás de mim — Só não comenta nada por favor, esquece que aquela perseguição aconteceu — Para de falar e morde o X-tudo.

— Tá tudo bem aqui? — O pai dela chega do nada se sentando na mesa, ele tava estranho.

Tá só estávamos conversando — disse dando a última mordida no podrão dela, e o pai dela encarou ela estranho.

— Vocês sumiram, saíram do morro? — perguntou e a imperatriz me encarou, o Lúcifer tava estranho pra caralho como se já soubesse do que tinha acontecido.

Eu fico querendo saber dos teus corres? — ela diz com ignorância e se levanta da mesa entrando dentro do bar de novo, Lúcifer me encarou e eu dei de ombros.

Aconteceu alguma coisa? — Ele me pergunta.

— Não, tá tudo tranquilo — Ele assente desconfiado e sai de perto, me levanto e entro dentro do bar encontrando a mandada sentada no balcão bebendo uma Brahma — Tá foda-se o que eu disse, eu quero saber o que tá acontecendo — digo e ela ri alto.

Dorme comigo hoje? — levanta toda manhosa, me abraçando pelo pescoço e me dando vários selinhos, na frente de todo mundo, que porra que tá rolando aqui.

— Se já viu aonde a gente tá? — pergunto e ela para olhando ao redor vendo geral encarando a gente, esconde a cabeça no meu peito e eu dou uma gargalhada alta, paguei a conta e fomos embora. Esse dia já foi cheio de mais.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now