• Capítulo cinquenta e três •

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Pequena narrando, quatro meses depois...

Caralho eu já falei pra tu ir pegar esse cacete pra mim — Acordei com uma vontade enorme de comer uns bagulho mo estranho, tenho a leve sensação de que não vou conseguir dormir até comer o que eu quero. Dóidói me encara, com os olhos apertadinhos, deu até uma dózinha dele.

— Qualfoi pequena, mano — puxa o celular da comoda derrubando não sei o que, fazendo mó barulhão — 02:15 da manhã e você querendo comer mamão com requeijão cremoso, aonde eu vou arrumar isso caralho?

— Te vira, da teus pulo tu não e quadrado — Ele fecha a cara e se senta na cama respirando fundo.

— Caralho meu, puta que pariu — Se levanta reclamando e vai pro banheiro, me deito na cama, e passo a mão na minha barriga que tava enorme, oito meses gravidinha, não vejo a hora de ver a cara do meu principizinho.

Decidi manter tudo no sigilo, não fiz nada, nem chá de revelação, a mãe do doidoi veio pro meu lado falando que tinha que ter pelo menos um chá de bebê.

Chá de bebê e o caralho, veia chata pra porra, peguei ela varias e varias vezes falando de mim pras amigas dela, agora vem com essa? Toma no cu ninguém quer não, agora opinar na vida dos outros aparece mais de cem.

Eu que já não sou boa, não tenho sangue de barata, cai na treta com ela varias e varias vezes, dóidói ficou possesso, com nois duas falou um bocado, botei culpa nos hormônios, e o besta acreditou.

Ficou bolado comigo, mais nem durou muito, mais de um tempo pra cá tentei me redimir com a dona lá, mais e meio difícil a gente sempre se tromba por ai.

— DÓIDÓI CARALHO MORREU AI DENTRO? — grito da cama mesmo e ele sai todo emburrado de dentro do banheiro.

Coe, grita não cão — veste uma regata e pega a carteira na gaveta junto com a pistola e coloca na cintura, pega o celular e coça os olhos.

Ele vem até mim e na hora que ele da um beijo na minha testa eu sinto uma dor insuportável no pé da barriga.

— AI caralho — Digo e ele me encara.

— Qualfoi?

— Minha barriga — Grito e ele entra em desespero, começa a andar de um lado pro outro.

Caralho, caralho, caralho — Ele me encara e da o sorriso, viajei legal naqueles dentes braquinhos, filha da luta fode o psicológico de qualquer uma, ele pula na cama e coloca a mão na minha barriga — Ai filhão, papai ta pronto viu — Encaro ele seria.

— Mamãe ta pronta não,  fica ai mais um pouquinho — Digo sentindo a dor vir mais uma vez e junto com ela uma pressão enorme, me fazendo fazer força, e logo depois minha bolsa estorou, caralho só tenho oito meses — Estorou Filipe.

— Estourou o que? — Encaro ele com deboche.

— Minha bolsAIII PEGA AS CARALHA LOGO E ME LEVA PRO HOSPITAL PORRA — Ele corre pro quarto do bebê e trás as bolsas.

Falando em quarto o do meu filho nem ta pronto ainda. Encaro o dóidói que tava parado me encarando do nada me subiu um odio.

— Vai ficar me encarando mermo ou vai me ajudar aqui?

Ele cai em si e me ajuda a levantar da cama que já estava toda encharcada, por causa da minha bolsa.

Desco as escadas com dificuldade e com a ajuda do Filipe, a dor so estava aumentava e as contrações estavam cada vez mais ficando mais curtas.

Filipe me colocou no carro com cuidado e abaixou a poltrona pra mim ficar mais deitada.

Ele entra no motorista e acelera descendo o morro, quando ele chega na pista fica todo afobado.

— Caralho ruivinha o asfalto ta quente pra mim — diz afobado olhando pros quatro canto.

Agora era ter o dobro de cuidado, um passo em falso e a pm pega a gente.

Veio uma contração tão forte que eu pensei que ia explodir, Filipe para o carro em frente ao hospital e roda o carro me pegando no colo e entrando dentro do hospital.

Ele andava tão rapido que teve uma hora que eu achei que a gente ia cair no chão.

Ele grita na recepção e já chega uma enfermeira com a cadeira de rodas, e me leva pra um sala e a médica de plantão já chega colocando as luvas e fazendo o toque.

— Oi mãezinha, sou a Luciana Robins, pode me chamar de Luci ou doutora robins como preferir, mais vamos te levar pra sala de parto agora ta bom? — Assinto sentindo a contração vir mais uma vez, cada vez ia ficando mais forte — Começam a movimentar a maca — Parece que esse garotão ta com pressa pra  sair — Dou um sorriso de lado que logo se desmancha de dor — O senhor e o pai? — Filipe assente — Vai se trocar, pra poder participar do parto — Ele assente e me da um beijo na testa seguindo uma enfermeira.

Me colocaram em um sala, e começaram a me preparar, Filipe entra no quarto já vestido com máscara, todos na sala já estavam preparados para o parto.

A doutora entrou na sala, e se posicionou entre minhas pernas, fazendo o toque mais uma vez.

— Vamos la mãezinha, só fazer força — Assenti e comecei a fazer força e uma dor enorme me tomou, senti como se cada osso do meu corpo saisse do lugar, era uma dor insuportável — Faz mais força ai mãezinha, ta quase lá, já estou vendo a cabecinha dele — Fiz força mais uma vez soltando um grito alto, esse garoto ta me arrombando, caralho ta tudo doendo, fiz mais uma vez apertando a mão do felipe e ouvi o chorinho agudo tomar conta do local — Ai mãezinha conseguiu, e um garotão forte — Diz enrolando o caio em uma manta e trazendo pro colo do filipe que me mostrou o rostinho dele.

Uma euforia me tomou, meu garotão e gatão, ele mexia as mãozinhas e virava o rosto devagar, naquele momento ali do lado dos dois homens da minha vida a felicidade me tomou, eu não preciso de mais nada.

— E bom quando eu acordar meu mamão com requeijão esteja a minha espera, se não tu já sabe ne Filipe — Dóidói fechou a cara, foi a última coisa que eu vi antes de apagar.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now