• Capitulo cinquenta e seis •

3.7K 340 38
                                    

Assim que os meus pais saem da sala o Tizil me encara e um arrepio me toma, lá vem.

— Porque você foi embora daquele jeito? — Encaro ele por um tempo, e quando eu abro a boca pra dizer alguma coisa a porta se abre.

Como que vai a mãe mais chata desse Brasil — Tato entra no quarto e eu arregalo os olhos olhando pra ele ali na minha frente, faz meses que eu não vejo ele, pra ser exata desde o dia que eu vim parar aqui.

Tizil pigarreia e eu encaro ele.

A claro o papai do ano tinha que tá também — Eu arregalo os olhos e ele me encara com deboche — Soube do garotão com a Patrícia, parabens ai irmão — Suspiro aliviada vendo o Tato se jogar no sofá e puxa o celular do bolso.

Tizil me encara por um momento e eu encaro o Tato, isso tá um pouquinho estranho, minha mente fértil, tô imaginando coisa que nem devo imaginar.

— Eu queria conversar com a imperatriz — Tizil diz olhando pro Tato que mantinha os olhos no celular mais desvia rapidamente pro Tizil, e da de ombros, Tizil respira fundo — A sós.

— Meu amigo, faz o que você quiser daqui eu não saio — Bufo me deitando na cama e os dois me encaram.

— Colfoi, quer que eu saia? — Tato pergunta é me encara assim como o Tizil e eu arregalo os olhos, puta que pariu.

— Não, ninguém vai sair dessa porra — Me exalto sentando na cama — Tato você chamou o Tizil de papai do ano por causa do Luan não foi?

— Sim — Tato responde sem dar muita atenção enquanto o Tizil dava até de mais.

— hmm — Gruni o Tizil coçando a cabeça.

— Cala a boca que eu não terminei — Ele levanta os braços em rendição — Teu filho nasceu, que eu tô ligada, tu tá fazendo o que aqui meu chapa? — Tizil fecha a cara e me olha incrédulo — Tato se for pra encher o saco e ficar soltando tuas piadinhas sem graça, a porra da porta e a serventia da casa...

Ol.. — Tato tenta me contradizer, como sempre, mais eu sou mais rápido.

— A-a-a-a — encaro ele com o dedo indicador levantado — Deixei você falar? — Ele nega — Agora sai — eles me encara e o Tizil ri olhando pro Tato — Os dois anda — Coloco a mão na minha barriga sentindo uma dor — Calma aí caralho — Os dois me encaram e voltam atrás — Minha barriga.

A dor vem cada vez mais forte e eu só sinto as vozes ficando cada vez mais distante, caralho isso dói.

Passo a mão na minha barriga e tento gritar o mais alto possível, só que não escuto o som da minha voz, assim como não consigo escutar nada do que estão falando.

Vejo o Tizil passar a mão na cabeça preocupado me encarando, enquanto o Tato, sai correndo da sala.

A dor aumentava, e eu já não sentia boa parte das minhas pernas, a única coisa que sentia no momento era as dores no pé da barriga.

Meus pensamentos foram na minha filha, só quero que ela fique bem, ela tem que ficar bem, ela vai ser a minha esperança minha pequena Amanda.

Olho pra baixo e vejo o líquido vermelho tomar conta dos lençóis branco, me deixando ainda mais nervosa, a porta e aberta bruscamente e por ela entra um grupo de enfermeiros ou aprendizes de médicos, nunca sem dizer ao certo quem são eles.

Me tiram da cama me colocando em uma maca, menor e me tirando do quarto, olho pro lado e minha mãe está chorando nos braços do meu pai, queria poder abraçar ela agora e dizer que vai ficar tudo bem.

Porque e isso né? Vai ficar tudo bem, tem que ficar tudo bem, os médicos param a maca e ela se aproxima apertando a minha mão e me dando um beijo na testa, ela fala alguma coisa mais ainda não conseguia ouvir nenhum som.

Minha cabeça tava a mil, e como se os meus movimentos e o movimentos de todos ali tivessem ficados em câmera lenta.

Olho pro outro lado e vejo o Tato discutindo com o Tizil, era só o que me faltava. Olho pra minha mãe, e junto todas as minhas forças possíveis.

— Tira eles de perto um do outro, porque.... — A dor me invade dessa vez de uma forma tão intensa que parece que estão soltando fogos dentro de mim.

Vejo a Luciana se aproximar, e ela passa a mão na minha cabeça, o rosto dela não estava nada bom, que Deus me proteja e proteja minha pequena.

Continuamos por um corredor longo, e eu olhava as luzes no corredor, me colocam em uma sala escura aonde todas as luzes estavam apontadas pra mim, e no momento em que um carinha que estava sentando do meu lado aplica alguma coisa na minha veia eu volto a ouvir todos ao meu redor.

A Luciana se aproxima e passa a mão no meu cabelo, e eu começo a ficar meio tonta como se eu tivesse cheirando uma trinta carreira de pó.

— Consegue me ouvir? — Assinto e ela suspira fundo — Vamos ter que fazer um parto de emergência, tá tudo bem mais e uma cirurgia muito complicada ainda mais no seu estado, vai ficar tudo bem, preciso que conte até dez pra mim, pode fazer isso? — Assinto, e onda da anestesia me toma outra vez e eu não sinto mais nenhuma dor.

— Sabe a gente tá aonde? — Começo a falar sem pensar, como se as palavras saíssem de mim em um trem em disparada pra não sei aonde — Isso parece aqueles show, só que as luzes estão em mim — Dou uma risada alta - Eu sou famosa? — A Luciana ri, e aos poucos eu vou perdendo a consciência.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now