• Capítulo Setenta e um •

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Cheguei na casa do Tizil e ele tava lá com a Amanda no colo e o Luan tava no colo da tia suzana.

Assim que o Caio bateu o olho na Amanda começou a chamar a mamanda, coloquei ele no chão e o Tizil fez o mesmo com a Amanda que abraçou o primo e o Luan fechou a cara.

— O garoto e tua cara ala — Tizil ri pegando o mesmo do colo da Suzana e caminhando na nossa direção.

Resolveu aparecer tu? — Tizil ri com deboche e encarei ele.

— Acho que não foi só eu que sumi — Ele fecha a cara e eu pego o Luan do colo dele, que abre um sorrisão pra mim — Ei nego lindo da tia, como é que você tá meu amor?

Titia cabelo..... Lalanja? — Começo a rir e o Tizil também.

— Titia tem o cabelo laranja meu anjo — Encho ele de beijos que começa a rir e o Caio se aproxima com aquela carinha de raiva, que dá vontade de morder, e o doidoi observa tudo.

Caio puxa a minha calça e eu encaro ele, todo mundo ali sabe que aquilo e ciúmes.

— Colo mamãe — Fecho a cara e o Luan força pra descer, coloco o mesmo no chão que aproveita que o Caio tá comigo e corre pra Amanda, e eu puxo o Caio pro meu colo que olha na direção do Luan — Mamanda mamãe, Mamanda — Encaro o Dóidói que ri.

— Teu filho tá mimado — Ele ri se aproximando e beijando a minha testa.

Sério adivinha quem tá deixando ele assim? — Fecho a cara e ele ri pegando o Caio do meu colo e caminhando até os amigos dele que tavam aqui.

Vou até a Suzana que estava mexendo o prato dela, meio abatida, tia Suzana nunca muda, até entendo po, perdeu a filha, nunca vai voltar a ser a mesma.

E isso me dói porque ela era uma pessoa alegre, e o pior disso tudo e que a Layla também sumiu, tia Suzana até tentou procurar ela, tentaram rastrear e tudo mais, e nada, ninguém sabe dela, e uma coisa de louco.

A última vez que viram ela foi horas antes da gente chegar naquele maldito galpão, depois de lá nem rastro dela.

— Bença tia — Ela sorri de lado sem mostrar os dentes e me abraça.

Deus te abençoe minha filha, como e que tá meu pequeno em?

— O lá no colo do pai, tá um garotão sapeca — Ela ri me encarando.

— Te garanto que tu não foi nada fácil Mirela, isso e castigo, sorte sua que e um menino e não menina, porque aí sim tu ia ter dor de cabeça — Olho pra ela incrédula fazendo o sinal da cruz.

— Credo tia fala isso não, caio vai ser um anjinho se Deus quiser — Ela ri, colocando um pedaço de carne na boca.

— Se você tá falando — Olho ao redor sentindo falta do tio.

— Cadê o tio Lúcifer? — Ela me encara abatida e eu já me arrependo de Perguntar.

— Não vejo ele a três dias — Respira fundo — Vai falar com ele pequena, os meninos me falou que ele não sai da boca já faz três dias, eu já não sei o que fazer.

— Tudo bem tia, fica de olho no caio pra mim, Dóidói as vezes e um pouco sonso — Ela da um sorriso de lado sem mostrar os dentes e assente.

Vou até o Dóidói que estava na mesa com alguns amigos ainda com o Caio no colo, mexendo no celular dele, depois quebra e ele fica bravo.

— Vou sair rapidinho, toma cuidado em — Ele me encara assentindo e eu beijo a testa do Caio saindo de perto.

Assim que passo pela porta trombo com quem não queria...Carla.

Finjo que nem vi e sigo meu caminho vendo a moto do Tizil, ele não vai se importar se eu pegar emprestado.

Monto na mesma saindo catando pneu pra boca, meu Deus quanto tempo que eu não ando de moto.

Paro em frente e comprimento uns garotos que estavam ali e subo pra lage, vendo a pior cena da minha vida.

Ele tava sentando e fazendo umas carreira de Pó na capinha do celular, bato na mão dele fazendo tudo cair no chão e ele me olha com raiva.

— Tá doida porra? — Ele grita, graças a Deus dava pra ver no rosto dele que ainda não tinha inalado nada, só mais alguns segundos e a pessoa que eu encontraria aqui não seria mais meu tio.

— Doida eu não tô, ainda, mais o senhor deve tá, que porra e essa tio? — Ele se joga em uma poltrona velha que tinha ali, que eu nunca tinha visto antes, e abaixa a cabeça — Tá difícil pro senhor? Pra mim também, imagina pro Tizil que tem dois filhos agora e não teve tempo nem pro luto, e a tia Suzana que precisa do marido dela agora, já que não acha nenhuma das duas filhas, e difícil, e difícil, mais o senhor tem que superar...

— Superar? E da minha filha que a gente tá falando pequena — Ele se levanta e eu me afasto, vai saber quanta droga ele usou — Imagina tu perder o Caio, e daquela forma ainda — Ele se encosta na muretinha e abaixa a cabeça começando a chorar.

Caminho até ele e puxo ele pra um abraço, talvez a parte dele ser um traficante, o que mande na porra toda, ele se privê da parte em que a gente demostre sentimentos.

Ele sempre foi tão forte, pra falar a verdade, de todos os irmãos ele e o mas forte, depois dele vem o tio van, meu pai mesmo sendo daquele jeito dele, sempre demostrou sentimentos e sempre procurou ajuda quando precisava.

Mais tio lúcifer e van, não, sempre guardaram pra eles, enguliram o choro.

Talvez venha daí a resistência que a baronesa e a Imperatriz sempre tiverem, mais comigo sempre foi diferente, o eu aqui chorando com ele.

— Procure pensar somente nos momentos bons que teve com ela, na teimosia que ela tinha, e aquele negócio de "Não me contrária senão corto seu pescoço" — Pela primeira vez ele ri — Ela era uma boa pessoa e tenho certeza de que não ia gostar de ver o senhor assim, ainda mais por causa dela — Ele se afasta — Vai tomar um banho, que a tia Suzana por mais que ela disfarce, ela precisa do senhor.

— Ela tá muito mal?

— Ela tá péssima tio, só tenta disfarçar, mais da pra ver no olhar dela que ela não tá nada bem — Ele assente descendo as escadas e eu desço atrás — Cadê meu pai?

— Tá com o VanDamme, foi ficar com ele desde ontem — Assinto trepando na moto e subindo o morro de novo.

Chego na casa do Tizil, e olho ao redor vendo a tia Suzana com o Caio no colo, dou uma risada ao ver ele enchendo ela de beijos.

Olho pra mesa e não vejo o Filipe, mais os outros amigos deles estavam lá, olho pro sofá e duas meninas me encaravam, mais não era deboche, nem raiva era um olhar que eu não conseguia decifrar.

Respiro fundo e subo as escadas, eu ia até o quarto da Amanda, mais escuto uma voz conhecida, e muito bem.

Volto todos os meus passos e abro a porta vendo o que eu não queria.

— Que porra e essa? — Ele empurra ela que cai no chão só com a mini blusa que ela usava é um seio de fora, e ele se levanta rápido me encarando.

— Eu posso explicar....

Apenas balanço a cabeça em negação, e desço as escadas esbarrando no Tizil.

— E melhor tu tirar tua irmã e teu amigo daqui, porque se eu trombar com um dos dois eu não vou responder por mim.

Ele me olha sem entender e os idiotas descem a escada e ele entende tudo, Dóidói tenta se aproximar mais o Tizil segura ele.

Vou até a Suzana que ainda estava com o Caio, e pego ele do colo dela.

Me despeço ainda tentando não demostrar nenhum sentimento, mais minha vontade era voltar lá e descarregar o pente da minha pistola nós dois.

Pego a chave do carro dele que estava em cima da mesa e saio de lá, colocando o Caio na cadeirinha e catando pneu.

Nesse morro eu não piso mais, e nem quero saber mais de porra nenhuma, chega de ser trouxa.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now