• Capítulo Sessenta e sete •

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Tato narrando...

Dois meses se passaram e com eles se foram minha sanidade, eu tava ligado que a Mirian era importante pra mim, eu sempre soube.

Mais não dessa forma, não pensava que era tanto assim, eu tava apaixonado por ela, e só faltava admitir pra mim mesmo.

Eu estava gostando dela, e não admitia, e agora eu tô aqui, já nem sei quantos dias eu tô virado, só sei que não pretendo sair daqui tão cedo.

Meu ódio aumenta cada vez mais, quando eu penso, que eu poderia ter ficado com ela naquela tarde, assim como eu fazia sempre, desde que ela ganhou a Amanda, mais não, tinha "coisas melhores pra fazer".

Se e que me entende.

- Filho, abre essa porta, deixa eu entrar - Minha mãe bate na porta me fazendo despertar dos meus pensamentos.

- Pode entrar mãe, tá trancada não - Viro mais um gole da garrafa de whisky sentindo tudo ao redor girar e me fazendo perceber que já tava na hora de parar, mais vocês conseguem? Porque eu não.

- Meu filho que imundície e essa Tales - Ela olha ao redor e para o olhar na minha mão - A meu filho, pelo amor de Deus né? - Caminha até mim e se senta do meu lado me puxando para um abraço.

- Mataram ela mãe, tiraram ela de mim, antes de eu falar o que eu sinto - Ela me aperta mais forte ainda.

- Eu te entendo filho, sei como e isso, olha pra mim - Eu encaro ela - A vida e feitas de altos e baixos, vai ter momentos de tristeza, raiva e as vezes até birra - Dou um sorriso e ela ri também - Mais isso não significa, que a gente deve esquecer os momentos bons, talvez isso seja uma forma de aprendizado Tales, talvez isso deixe você mais esperto, quando você realmente amar alguém, eu tenho certeza que você vai falar, porque a gente nunca, erra a mesma coisa duas vezes, um raio nunca cai duas vezes no mesmo local.

Apenas olhei pra frente e fiquei encarando o nada, não sei como eu vou levar daqui pra frente, sei nem como eu tô sóbrio ainda, eu já ia virando a garrafa de novo quando ela tomou da minha mão.

- Vai tomar um banho, e Tales, pelo amor de Deus, procure algo que distraía sua mente fique preso a bebida e droga não, você acha que a Imperatriz ia gostar de ver você assim por causa dela? - ela nem espera eu responder - Vai tomar um banho.

Me levanto da cama, e vou pro banheiro, um pouco desnorteado, ligo a água no frio e tiro a roupa entrando de baixo do chuveiro.

✨" Me jogo no sofá olhando o whatsapp e respondendo algumas pessoas enquanto eu espero a outra lá.

Imperatriz: Vamo po - Desce as escadas correndo e eu dou um sorriso de lado.

- Se você caísse eu ia rir tanto - Ela me mostra o dedo do meio e eu caio na gargalhada.

Imperatriz: As vezes eu me pergunto o que eu fiz pra merecer você, que castigo - Dou risada da ironia de dela.

- As vezes eu me pergunto também, sabe todo mundo briga pra ficar comigo - Ela para e em encara séria e eu caio na gargalhada.

Não sei o que acontece que toda vez que eu dou risada ela começa a rir de mim.

E que sorriso, a imperatriz e realmente muito atraente, e eu acho que qualquer homem em sã consciência, tentaria algo com ela.

Se fosse qualquer outra menina eu já teria dado umas investida, mais com ela e diferente, e um bagulho mo estranho, nem sei como agir. Com ela eu sinto que devo ir com calma, com ela eu sinto que cada minuto vale uma hora.

Imperatriz: Bora logo idiota, meu pai que falar com nois dois - levanto uma sobrancelha, e ela olha pra minha cara rindo novamente."✨

Coloco a cabeça em baixo do chuveiro na tentativa de afastar todas essas lembranças.

✨" - Caralho Imperatriz, porra como que tu guenta comer isso tudo, tá arrumando espaço da onde filhona, isso não e de Deus não se e loco - Ela me olha com a boca toda suja de chocolate, e ri.

A gente estava dentro do carro, e a garota não cansa de parar em lanchonete pra pegar comida, tô até ficando com medo.

Imperatriz: Meu filho, cala a boca que agora eu tô comendo por dois - Da mais uma mordida no churros dela.

- Vou ter que esperar tu comer mesmo?

Imperatriz: Tá achando ruim? Chama um Uber.

- O debochado aqui deveria ser eu -Ela me encara serinha, fiquei até com medo.

Imperatriz: Deveria? - Debocha e eu reviro os olhos me encostando no banco e puxando o celular enquanto escutava a risada dela."✨

Nem assim essa garota saia da minha cabeça, passo a mão no rosto com certa brutalidade, e senti uma falta da Amanda.

Saio do banheiro enrolado na toalha e procuro uma roupa, pensando em ir ver a Amanda.

Faz dois meses que eu não vejo ela, desde aquela vez que eu não gosto muito de lembrar.

Vai ser bem difícil pra ela crescer sem a mãe.

Termino de me vestir, e passo o perfume que a imperatriz dizia que era enjoativo. Dou uma risada ao lembrar da fala dela "Se esfregou em um gambá porra, perfume fedorento da desgraça"

E logo depois ela correu pro banheiro pra vomitar, e me fez prometer que eu não ia usar ele mais perto dela.

Desço as escadas vendo a minha mãe, na cozinha comendo um pedaço de bolo.

- Vai sair? - Ela pergunta.

- Vou passar lá no Tizil, deu uma saudadezinha da Amanda - Ela ri.

- Você tem uma conexão muito forte com essa garota, acho lindo isso - Dou um sorriso e saio de casa, rodando a chave da moto na mão.

Ainda não tava preparado, pra entrar no carro, e sentir o cheiro dela, ia terminar de fuder com o meu psicológico.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now