• Capítulo sessenta nove •

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Tizil...

Puxo a Carla pra fora de casa, deixando o Luan e a Amanda mais a Suzana e o tato.

A última vez que eu vi a Carla, foi quando o PVLI, foi atrás dela, naquela época eu fui tão burro, que nem percebi que a mesma que tava jogando pro time contrário.

Agora vem pro meu morro na maior cara de pau.

— Tá fazendo o que aqui caralho? E melhor tu sumir Carla, mais some bunito, porque se eu te encontrar vou pegar leve não...

— Calma Thiago...

— Calma o Caralho, eu podia eu mermo leva tu pro lúcifer e deixar lá pra ele ver teu castigo, mais tô sendo bom com tu e tô mandando tu rala...

— Thiago não e bem assim cara, escuta meu lado, minha versão, tu só ouviu buchixo da boca de algumas pessoas aí e me ignorou legal acreditando na verdade desse povo — Encaro ela sério, tô ligado que coisa boa não vai sair dessa conversa.

Mais e minha irmã po, ou pelo menos eu considerava.

— Vinte minutos Carla, e eu tô falando sério, começando a contar desde agora, vamo solta o verbo — Ela olha pros lados e me encara novamente.

Eu tava envolvida com o carinha lá mermo — Dou uma risada irônica me afastando e cruzando os braços enquanto encarava ela — Mais eu não sabia Thiago, te juro que eu não sabia.

— Sério? Te juro que eu tava na arca de Noé também — Ela revira os olhos.

Eu não sabia nem que ele mexia com essas coisas, eu encontrei ele em uma balada que eu tinha ido, depois disso a gente começou a se envolver e a ficar sério, mais desde então ele me falava que trabalhava com empresas e tal, ele nunca jogou limpo comigo, até eu...

— Até você o que Carla??

— Ficar grávida — Arregalo os olhos encara do ela sério.

— E cadê a criança? — Ela se encostou na parede e me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Eu perdi, no dia em que ele descobriu que eu era sua irmã, foi no mesmo dia em que ele me contou quem ele realmente era — As lágrimas já começam a descer do olho dela e eu me Aproximo — Ele me bateu, sem ter medo, sem ligar se ia machucar o bebê ou não — Ela começou a chorar mais ainda, e eu abracei ela — Ele me deixou largada lá, sangrando como se eu fosse um animal, ele não teve pena, muito menos remorso do nosso — Ela para soluçando —Do meu filho, ele não teve pena do meu filho.

Abraço ela mais forte ainda deixando ela desmoronar no meu peito, beijo o topo da cabeça dela enquanto ela soluçava de tanto chorar.

— Eu só quero uma chance irmão, umazinha, só isso que eu te peço — Encaro ela por um tempo.

Carla era uma pessoa impulsiva pra caralho, e as vezes fazia de tudo pra conseguir o que queria.

Por mais que ela fosse minha irmã, e tenha crescido ao meu lado, comido da mesma panela que eu, Carla não era de confiança.

E isso me doía pra caralho, que por mais que ela tenha passando por tudo isso, eu sabia que ela não ia mudar, ela nunca vai mudar.

Po mais esse bagulho aí de perder filho e uma parada muito difícil, tô ligado porque já vi mulher de parceiro meu passando por isso, e é um bagulho louco.

Mais do mesmo jeito ela chegou tão bem aqui, até demais, esse negócio de não confiar na sua própria família e um bagulho louco, mais ao mesmo tempo, você consegue se dar bem.

Por ter convivido com a pessoa, você sabe exatamente os truques dela, a jogada que ela usa, e a que funcionam e as que não funcionam.

E sinceramente eu quero que a Carla mude, quero sim dar essa chance pra ela, até porque e minha irmã.

E da MINHA família que eu tô falando, mais confiança mesmo sendo parente não chega assim do dia pra noite não, você tem um período de tempo, você tem todo um trabalho pra poder ter aquilo de volta.

Carla me magoou muito assim como magoou muito gente aqui do morro, Dóidói foi um deles, que graças a Deus, conseguiu seguir em frente e hoje tá da melhor forma com a família dele.

Só não sei como ele vai reagir assim que encontrar a Carla novamente, mais um ponto importante pra mim pensar bem nessa chance que eu vou dar pra ela.

Ela me encarava atenta a qualquer Movimento meu, como se tentasse descobrir o que eu tô pensando ou o que eu iria responder pra ela só com o olhar.

— Carla po...

— Tizil, eu tô falando sério po, acredita no meu papo — Me afasto ainda olhando pra ela, que funga ainda enxugando o rosto.

— Tu tá ligada que não e assim não né? — Ela me olha com atenção — Vou ter que fazer um reunião com o comando, e a palavra deles que prevalece — Ela balança a cabeça em confirmação — Vou atrás dessa meta aí, enquanto isso fica aqui em casa e não sai pra lugar nenhum, e pelo amor de Deus não arruma confusão Carla — Ela assente.

Entro dentro de casa pegando minha blusa e a chave da moto e e olho ao redor dando falta do outro lá.

— Cadê o Tato?

— Recebeu uma ligação e saiu desesperado, nem falou nada — Dona Suzana diz é eu assinto e saio de casa indo atrás do Lúcifer, a palavra dele prevalece po.

O que ele decidir pra mim tá bom.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora