• Capitulo Nove •

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Tizil na voz...

Depois da invasão o boca tava lotada era tanto problema pra resolver, tava conversando com o Menor quando do nada alguém esbarra em mim, olho e vejo uma cabeleira loira, imperatriz.

Ela não diz nada apenas sobe na moto e sai dali avoada, como se tivesse acontecido alguma coisa.

Do nada a pequena aparece procurando por ela, essa história tá muito estranha deixo a boca na mão dos menor e trepo na minha moto subindo o morro na direção que a Imperatriz foi.

Vejo ela colocar a moto em baixo de uma árvore e subir pro topo do morro a pé, faço o mesmo e encontro ela escorada na grade olhando pra baixo.

— Imperatriz? — a chamo ela se vira pra mim com o rosto inchado, parecia que estava chorando — Tá tudo bem? — pergunto me aproximando e mesma assente.

Tô tô bem sim, só — ela para olhando pra baixo — preciso ficar sozinha — diz e me encara.

E puta que pariu que olhos.

— Vem Comigo — digo e ela me encara.

— Eu não vou com você, aonde você que me levar? — Puta que pariu nem assim ela perde essa marra dela.

— Mano e sério, só vem comigo — digo e ela me encara por alguns segundos desconfiada e me segue pra onde tava nossas motos.

Subo na minha moto e ela sobe na garupa segurando na minha cintura, na hora subiu um arrepio esquisito, virei e encarei ela que me olhou de volta.

Que foi? — perguntou e eu neguei com a cabeça e liguei a moto e desci o morro.

Sai do morro pegando a pista por uma estrada que era a mais segura, e segui por uns trinta minutos parando em uma parte deserta da praia.

Desci da moto e ela logo atrás.

Porque me trouxe aqui? — continuo caminhando até uma certa pedra que tinha mais a frente, essa era uma praia deserta onde praticamente ninguém conhecia — ótimo continua me ignorando, eu adoro conversar sozinha — me sentei na pedra de frente pro mar e ela se sentou do meu lado.

— Quando meu coroa morreu, eu descobrir essa praia aqui, naquela época eu já estava em uma das patentes muito alta do morro, mais ainda não era dono — digo e me viro pra ela que já me encarava com curiosidade, respiro fundo — Que conversar? — Continuo encarando e ela nega com a cabeça e olha pra frente. E em questão de segundos vejo ela se ajeitando e começando a falar.

— Desde pequena meu pai sempre deixou bem claro qual seria meu futuro, desde pequena eu nunca tive o direito de livre árbitro, eu sempre fiz o que meu pai queria, e até hoje é assim, a minha mãe era assim, e hoje no meio de tudo aquilo veio muita coisa na minha cabeça, eu já participei de muitas tentativas de pacificação antes, mais a cena do doidoi chorando pelo o irmão no final me tocou muito — diz e eu encaro ela, e pude ver que ela já estava praticamente banhada em lágrimas — sempre fui criada pra ser durona desde pequena, só que naquela época eu não conseguia, sabe por que Tizil? Você tem noção do porquê? — pergunta é eu nego, ela vira pra frente e respira fundo.

A puxo é ela deixa a cabeça no meu ombro ainda olhando pra frente, e molhando a minha camisa com as lágrimas.

— Porque eu era criança, naquela época eu não tinha noção dessa vida e das coisas horríveis que ela me traria, sabe quando eu amadureci? Quando eu comecei a ser igual meu pai? — ela diz passando as costas das mãos no rosto, acho que na tentativa de enxugar as lágrimas — aos sete anos, eu já tinha perdido completamente o brilho no olhar, eu já não tinha mais vida no meu sorriso, dois anos depois de perder minha mão pro PVLI, eu virei a filha do Lúcifer, a qual ele tem orgulho, sabe como eles me chamavam? — neguei com a cabeça e ela se afastou de mim — Terrorista — diz e dessa vez eu que a encaro surpreso.

— Então era você..... — digo e ela assente.

A Terrorista por aqui era uma mulher nova todos achavam que ela fazia parte de coisa mais pesada como a máfia, todos que andavam fora da linha apareciam no outro dia morto e com uma letra "T" desenhada na testa, ela já tinha ajudado em algumas invasões.

Mais sempre estava de máscara ou algo que não desse pra ver o rosto, ninguém sabia quem ela era, bom pelo menos até agora.

Eu sei o que você tá pensando, mais acredito eu que todo jovem ou adolescente as vezes tem o ataque de rebeldia e essa foi a minha época, mais eu mudei, bom pelo menos nisso eu mudei — ela diz e encosta a cabeça no meu ombro outra vez.

Ficamos bastante tempo ali sentados, olhando apenas as ondas se quebrando, e o barulho forte do vento, já tinha perdido completamente a noção do tempo quando ela falou.

— isso é estranho.

— O que é estranho?

— Isso — diz apontando pra nós dois juntos — é eu ter te falado isso com você, eu nunca contei pra ninguém e os únicos que sabem é meu pai e as meninas que na época me ajudaram — ela diz e eu assinto. Suspiro, você nunca sabe o que se tá passando na cabeça de outra pessoa.

— Tá com fome? — pergunto e ela me encara com deboche — tá vamo no Mec — digo me levantando e ela me encara.

— Tu paga — diz com um sorriso do canto da boca se levantando.

— I ala por acaso meu nome é Lúcifer? — digo e ela dá de ombros correndo até a moto — a não nem pede, eu dirijo.

— Chato — diz e me dá língua.

— Quem dá língua pede beijo — digo e olho pra mesma que tá dando um sorriso sem mostrar os dentes e... Pera... Ela tava vermelha, eu deixei a Imperatriz com vergonha?

Sério e você tem o que? Nove anos? — diz subindo na garupa da moto me fazendo da uma risada alta, ligo a moto e saio dali indo alimentar essa mandada.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang