• Capítulo Trita e nove •

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— Vai pro seu quarto Théo, a mamãe já vai te dar banho — O menino desce do colo dela e caminha até uma porta no fim do corredor — Pode se sentar por favor — Diz de forma gentil, pegando a garrafa de café.

— Acho que você já sabe quem eu sou né? — Pergunto e ela se senta na cadeira. Layla é uma mulher inteligente assim que ficou pálida quando me viu pela primeira vez, eu tive a certeza de que ela já sabia quem eu sou.

 Mirian, ouvi historias sobre você, mais nada concreto, você tem algo haver com a Terrorista né? — Fecho o cenho e encaro ela. Odeio ser associada a essa época da minha vida.

— Isso e a única coisa que sabe de mim? — Ela assente, e eu respiro fundo. Estava completamente errada, ela não sabe nada sobre mim.

 Tem mais coisas que eu deveria saber? — Eu Assinto e ela me encara curiosa, deixo uma lágrima descer — Ei o que eu devo saber?

— Somos irmãs — Ela para na hora e me encara. Fecha os olhos respirando fundo por alguns minutos e depois os abre novamente e me encara de forma diferente, pela primeira vez não consigo decifrar um olhar e nem que sentimentos eles estão transmitindo. O que me deixa de certa forma apavorada.

 Isso não e possível, você tem quantos anos e mais nova que eu, eu saberia se tivesse uma irmã — Se levanta da mesa derrubando a xícara de café. aperta as têmporas de costas.

— Acredite, faz pouco tempo que eu descobri também e... — Ela se vira bruscamente me encarando, agora eu vejo seus sentimentos, raiva... pura raiva.

— Mentira, o que você quer? E alguma plano da Terrorista? O que vocês duas querem de mim.

— Layla me escuta, e verdade...

 Blasfêmia, o que ela quer? Responde — Tira a arma da cintura e aponta pra mim, também tiro a minha arma e aponto pra ela.

— Não tem como isso ser um plano da Terrorista — Digo por fim e me levanto ainda apontando a arma para ela.

— Como não, ela acabou com vários generais porque que comigo ela não iria?

— PORQUE VOCÊ E IRMÃ DELA — Ela para e me encara por um tempo — Sim eu sou a Terrorista, ou eu fui a muito tempo, eu tenho vergonha do meu passado Layla, e se eu pudesse de alguma forma eu mudaria o que eu fiz um dia, mais acredite em mim eu sou sua irmã.

 Mirian eu cresci no interior de minas, eu nasci lá....

— Fico contente que o Chico e a Vanessa tenham mantido seu verdadeiro nome — Ela abre e fecha a boca várias vezes e se senta na cadeira jogando a pistola na mesa, o que me da a liberdade de guardar a minha de volta na cintura.

— E você e o que algum tipo de vingadores? — eu dou uma risada alta, me sentando mais uma vez e ela me encara.

— Se eu contar o que eu sou de verdade você não poderia falar comigo — Ela me encara com tédio.

 Me conta eu — Ela faz uma pausa demorada — eu quero saber mais sobre minha família — Passa a mão no cabelo dando um sorriso sem graça.

— Você vai surtar — Ela ri — Não somos iguais a você Layla, não somos os "Bonzinhos" da história — Ela ri.

— Eu não sou, quem você acha que eu sou Mirian — Ela ri olhando pro Nada — Me conta.

— Nossa mãe morreu em um combate com a facção rival, ao qual o seu pai comandava — Ela arregala os olhos.

 Como assim?

— Não somos filhas dos mesmo pai Layla, mais acredite o meu salvou você e a nossa mãe, do Bruno...

— O meu pai? — Assinto e ela coloca a mão na cabeça.

— Bruno estava atrás de você, e também da herdeira do meu pai — ela me encara.

— Você — Assinto.

— Então papai fez o possível para proteger nós duas, entregou você a uma família de confiança, e no dia que iria me entregar a invasão aconteceu, a mãe tentou me proteger, mais acabaram encontrando ela e o pior aconteceu, depois disso papai tentou ir atrás de você mais a família ao qual ele te entregou descobriu tudo e acabou sumindo e a gente não conseguiu te encontrar mais.

 Ele não procurou por mim? — Diz ela com lágrimas nos olhos.

— Layla ele procurou, essa procura durou quatro anos, ele nunca desistiu, depois disso, ele nunca desistiu — Me levanto caminhando até ela que se levanta bruscamente.

 Desculpa te informar Maninha, mais meu papai Bruno me achou primeiro, e ele me falou que você falariam isso, e também que são mentirosos — Ela puxou a pistola e eu puxei também.

Mais como eu pude ser burra a esse ponto e claro, ela e comandante da arcanjo, que junto com a Bope e o PVLI vão invadir o morro, já devia saber que ele faria a cabeça dela.

— Ok Layla, só posso te dizer que o Bruno não e de confiança, ele nunca foi, ele te falou como a mãe ficou grávida de você? Ou o porquê da mãe ter fugido, dele? Se você vai acreditar nele tudo bem, eu já não posso fazer mais nada.

— Não tente fazer a minha cabeça Mirian, ou devo dizer imperatriz, a herdeira do organização criminosa família do poder, você tá na minha mão imperatriz — Ela fala apontando a arma pra mim.

— E você tá do lado errado do jogo Layla, sinto muito pelo o papai não ter te encontrado primeiro, muito menos por você ter passado...

 Cala a boca.

— Sinto muito pela pessoa que você se tornou e espero que você mude de ideia e encontre a verdade.

— Sai da minha casa Agora! — Vejo lágrimas descer pelo seu rosto e saio da casa — Vocês tem dois dias para se preparar — Assinto entrando no elevador.

Essa conversa foi longe de mais, entro no carro voltando pro morro já estava escurecendo.

Entro no morro e vou pra boca encontrando todo mundo lá menos o Tizil.

— Eles estão vindo, daqui dois dias, vamos repassar passo a passo — Digo chorando e subo a lage e meu pai vem atrás.

 O que aconteceu?

— eu encontrei ela pai.

 Ela quem?

— A Layla pai — Ele fica pálido — O Bruno encontrou ela primeiro e já fez a cabeça dela.

— Como você sabe da Layla como você sabe do Bruno?

— Isso não importa pai — Me viro encarando ele — A nossa única preocupação agora e se preparar porque o que esta vindo e grande — Ele abaixa a cabeça — mais e claro o senhor sabe disso.

Desço da lage trepando na moto e partindo pra casa preciso de um banho bem gelado.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora