• Capitulo quarenta e seis •

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Grego narrando....

Chego no morro e encontro o lúcifer fumando na lage da boca, chego do lado dele e começo a bolar um pra mim também.

— Pensando no que po? — Pergunto olhando pra baixo vendo toda aquela movimentação de vapor.

— Sei nem como conversar com a imperatriz mais irmão, a mina ficou bolada comigo mermo — Passa a mão no cabelo e se senta em um caixote que tinha ali — Tá nem olhando na minha cara direito.

— Calma irmão da um tempo pra ela, deixa ela resolver sozinha, uma hora ou outra ela vai ver que o que tu fez foi o certo — Ele assente e o van sobe a lage com um beck de todo tamanho.

— Nosso pai morreu disso aí o — Lúcifer diz e ele ri — Tu tá indo pelo mesmo caminho.

—  Vira essa boca pra lá porra, fica aí comentando de falecido — Se senta em outro caixote mais afastado — Po, matei o tenente da Bope, o bagulho tá feio pro meu lado — Dou uma gargalhada alta.

— Quem tá falando de falecido agora em? — Vandamme encarou ele serinho.

— Tu acha mermo? Meu filho fez agora eles esquecerem essa história, porque o bagulho vai ficar bonito pro teu lado não — Ele fecha mais a cara.

— Pensei que ele era da milícia po, tava no comando aquela porra — balança a cabeça em negação — Fez o que com a mina lá tio? — Pergunta pro lúcifer sobre a Layla.

— Mandei pra casa, po minha filha queria que eu fizesse o que?

— Isso ainda vai dá um BO do caralho, anota o que eu to te falando — Digo acendendo um beck que logo é tomado da minha boca pelo VanDamme.

Só espero que ela não tente invadir de novo, seis tão ligado das regras né? — Vandamme diz soltando a fumaça do meu cigarro.

— Ela não vai não — Lúcifer diz com convicção e eu encaro o Van com incerteza.

— E como tu tem tanta certeza oh? — Van pergunta pra ele que nem olhava pra gente mais a resposta já estava na ponta da língua.

Conheço minhas filhas — Ele fica um tempo quieto — E a Imperatriz tá me escondendo alguma coisa.

E como tu sabe que ela tá escondendo, virou medium?— Certeza que o baseado já começou a fazer efeito, pro van já tá soltando essas pérolas, lúcifer mostra o dedo do meio pra ele.

A forma de como ela abria e fechava as mãos, passava a mão no cabelo com brutalidade, tem coisa aí Caralho, conheço minha filha, basta saber o que é — Joga a bituca do Beck no chão e desce as escadas.

— Esse aí tá doidinho — Van diz já na onda da maconha e eu balanço a cabeça em negação.

— Vamo pra casa e capaz de tu cair nesse chão e dormir aí mermo — Puxo ele e desço as escadas.

Essa história da Imperatriz vai dar muito o que falar ainda, isso e só o início.

Lúcifer não vai reagir nada bem quando descobrir, tenho certeza que nem pro morro ela vai voltar.

Conheço minha sobrinha e não é de hoje não, o máximo que a Miriam pode fazer é vai fazer e se fechar pro mundo, deixar tudo as escondidas.

— Aí grego cadê minha filha? — Volta atrás, e eu dou de ombros.

— A filha e de quem? — Van diz fazendo sei lá o que com os dedos — Eu preciso de um cigarro — Coloca as mãos no bolso.

— Você precisa de um banho gelado isso sim — Olha pro lado — Rubinho — chama o cara que chega perto, ele puxa a chave do carro e joga pro Rubinho — Leva ele lá na baronesa pra mim — O garoto assente   e leva o van pro carro — Você vai me levar pra minha filha — Aponta pra mim e eu levanto os braços em rendição.

Entro no meu carro e ele entra no carona, e lá vou eu de novo.

— O morro tá mais calmo po, acho que já tá na hora das meninas voltarem pra casa, e preparar a rave onde elas vão assumir o comando — Dou uma risada e ele me encara.

— Você que mesmo largar essa vida? — Ele respira fundo.

Largar a gente nunca larga né, e também não tô preparado pra entregar minha filha assim — Ele respira fundo.

— Quando que a gente se prepara pra isso meu irmão?

— Agora eu sei o que o pai e a mãe sentiu quando foi a gente — Suspira fundo e eu paro o carro em frente de casa — Ela tá escondendo algo, e eu sei que você sabe.

Desligo o carro e entro dentro de casa logo depois dele.

— IMPERATRIZ?! — Ele berra assim que eu fecho a porta certeza que deu pra escutar lá da rocinha.

— Oi pai — Ela desce as escadas e me encara — Tio grego?

— Eu não tenho nada a ver com isso, teu pai que e maluco — pego a garrafa de whisky e um copo e me sento na cadeira vendo os dois discutir.

— O que tá rolando? — Lúcifer pergunta impassiente.

— Nada — lúcifer encara ela serinho, até eu fiquei com medo.

— Aquieta as mãos, e para de passa as mãos no cabelo então, imperatriz fala logo — Ela fica quieta e me encara, faço um movimento leve em positivo e ela começa a chorar, e o lúcifer abraça ela — Me fala o que tá acontecendo filha.

— Eu não quero pai, eu não quero mais, eu tô cansada, pai eu tô —  Ela encara ele por um tempo e ele me encara.

— Tô indo esse clima tá muito tenso, vocês tem muito o que conversar ainda — Me levanto virando o whisky e colocando o copo em cima da mesa e saio da casa deixando os dois sozinhos.

E paro pra pensar no que o lúcifer falou, a gente não deu escolha pras meninas, obrigamos elas a seguir uma vida cheia de riscos, ao qual elas nunca vão tá seguras, só faço merda mesmo viu.

Entro dentro do carro e dou partida de volta pro morro as coisas não estão muito boas não.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Where stories live. Discover now