• Capitulo vinte e cinco •

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Minhas mãos suavam eu já estava começando a ficar um pouco nervosa, passo a mão no rosto e concerto o capuz da blusa tampando meu rosto e me levanto ouvindo chamarem meu nome.

Caminho até a diretoria e entro na sala vendo uma mulher que parecia ter uns trinta anos, abaixo o capuz e ela levanta o olhar pra mim se assustando já sabendo o que eu estava fazendo ali.

— Bom dia — Digo e ela abaixa os óculos me seguindo com o olhar, me sento a frente dela e ela continua quieta, e engole em seco.

Olha imperatriz, eu não tenho nada....

— Ao contrário, você tem sim meu anjo, quero o histórico do meu pai — digo e ela arregala os olhos.

— Eu não posso fazer isso, além de ser crime o seu pai me...

— Mataria? — Digo colocando a pistola em cima da mesa apontada pra ela, que se cala na hora — Faz o que eu tô mandando meu anjo, ninguém se machuca, você tem minha palavra — digo e ela me encara seria e começa a digitar no computador dela, e em minutos escuto o barulho da impressora.

— Eu tô arriscando a minha vida te entregando isso, eu tenho filhos — Me encara ainda segurando o papel que eu também estava segurando.

— Relaxa, o perigo sou eu, meu pai é só um aposentado — Me aproximo dela — Não vou fazer nada com você, é nem deixar fazer, eu posso precisar de serviços seu novamente — Digo e dou uma piscadela pra ela saindo da sala.

Saio daquele lugar o mais rápido possível, e vou para o carro dirigindo para um apartamento na descida do morro, já se passaram três dias depois que eu saí do hospital e foram os piores dias da minha vida.

Sabe quando você não consegue acreditar na sua intuição? Mais mesmo assim tem toda a razão que ela está certa? Então essa foi eu durante esses três dias não acreditando em uma palavra do meu pai e dos meus tios, e acredito que tem muita coisa errada aí.

Comprei esse apartamento porque eu precisava de um lugar só pra mim e se minha intuição tá certa eu preciso de um lugar seguro, me sento no sofá que tinha ali e pego a garrafa de cerveja e viro ela quase toda, percorro meu olhar sobre todos aqueles documentos vendo o que eu menos queria.

Minha intuição nunca falhou eu estava certa, nele estava constando que meu pai ficou internado por apenas uma semana, ele já tinha acordado do coma a muito tempo, desço o olhar e vejo quem que assinou a alta foi o tio grego.

Balanço a cabeça em negação e coloco a papelada em cima da mesa, e pego meu celular que estava vibrando. Era mensagens chegando, abro o WhatsApp

2 mensagens (Tizil)

Coe mandada, tá aonde? Brota aqui no bar do Zé tá rolando um pagode maneiro - 13:32

Teu pai tá desesperado atrás de tu, tu sumiu pow, Bagulho feião
- 13:32

1 Mensagem
                           Resposta

Jae marca um dez - 13:40

Reviro os olhos desço as mensagens.

    5 Mensagens (Pai)

Filha onde você tá?
- 08:47

To começando a ficar preocupado Mirian que brincadeira de mal gosto e essa?
- 09:56

Tô quase ligando pra polícia, manda notícias porra, já te procurei pelos quatro cantos desse morro
- 11:45

Seja o que for, MANDA NOTÍCIAS MIRIAN, pelo amor de Deus pow, tu sabe como é essa vida caralho
- 12:59

Vou te dar até as 14:00 pra aparecer, caso contrário vou mandar o batalhão atrás de tu porra
- 13:00

1 mensagem
                        Resposta

Oi pai, tô indo aí no pagode, eu tô bem - 13:45

WhatsApp📴

Pego a chave do carro e subo o morro, chego em casa e tomo um banho colocando um shorts Jens branco e uma blusinha preta, pego um tênis preto, dinheiro e meu celular é vou pro bar do Zé a pé mesmo já que não é tão longe.

— Olha quem resolveu aparecer né? Tava aonde imperatriz? — Meu pai grita visivelmente bêbado assim que eu chego no bar e me sento entre ele e o Tizil.

— Eu fico querendo saber dos teus corre?? — ele fecha a cara e o tio grego ri alto.

Parece que alguém acordou de mal humor hoje né? — Pitbull diz com deboche é eu encaro ele serinha — A foda não deu certo foi?

— Não sei, e pra você foi? Porque a baronesa tá sempre de mal humor? — Baronesa se engasga com a bebida, e o pitbull abre mó olhão, eles acham que eu tô di óculos, só não enxerga quem não quer, esse rolo deles dois tá rolando a bastante tempo.

Que palhaçada tá rolando? — Tio Vandamme diz sério encarando o Pitbull, entre meu pai o tio grego e o tio van, ele era o que mais dava medo certeza, mais Também os boatos que corre dele por aí não são dos melhores não.

— Que? Não tá rolando nada.... — Pitbull começa a negar é Baronesa encara ele séria, ele não ia negar ela agora, eu conheço bem minha prima, capaz de encontrarem ele na vala amanhã, ele encara a baronesa e engole em seco.

— Só tá se complicando menor — digo rindo da cara dele que me olha com ódio.

— Legal né, teu casinho com o Tizil e foda também né, os dois de mal humor — Na hora meu pai virou o Exorcista, virou o pescoço em 360 graus, encarando o Tizil que se levantou na hora.

Tenho que resolver uns problemas na boca — Tizl diz coçando a cabeça sem conseguir encarar meu pai, e eu olhando pra pequena morrendo de vontade de rir, meu pai nega e bebe um gole da cerveja.

Senta aí po — Senhor Lúcifer diz sério olhando pro nada — Próximo problema na boca que tu vai resolver vai ser comigo — encara o Tizil que engole em seco e se senta na cadeira de novo, e meu pai ri alto.

—Cada um sabe dos teus corre — Pequena diz e eu fecho a cara, pegando logo uma latinha de Brahma, essa noite eu tô na intenção, de sai carregada.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora