• Capítulo Oitenta e dois •

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3 Meses depois...

— Amanda não faz eu subir aí não — Grito da cozinha, vida de dona de casa não é pra mim não, vou botar o Tizil pra fazer comida, quem sabe assim o pau no cu não fique em casa.

— Oi mãe — Se senta na mesa.

— Cadê teu irmão? — Ela dá de ombros e eu respiro fundo.

— Luan meu filho, a fala de subir aí em cima serve pra você também, desce logo garoto — Grito e não tenho resposta.

Encaro a Amanda que dá de ombros, ontem foi noite de baile e hoje tem aula, falei pros dois não ir, quase implorei na verdade, mais vocês me ouviram? Porque eles não.

Desligo o fogo, e entrego o ovo frito com batata e queijo pra Amanda e subo as escadas atrás do Luan.

Abro a porta do quarto e não acredito no que eu vejo.

— Se fosse teu pai aqui no meu lugar ele ia te quebrar — Digo e ele nem tchum, continua agarrado na loirinha na cama, dormindo igual pedra.

Acho que já tá na hora de eu colocar regras aqui em casa.

— Eu não acredito — Hope fala é tira uma foto e eu encaro ela seria — Relaxa, e só pra zuar com ele mais tarde — O LUAN ARROMBADO O PAPAI TÁ SUBINDO AS ESCADAS — Ela grita e só assim ele dá um pulo na cama acordado a garota e encara a gente.

— Coe??? — aperto os olhos encarando ele sério, e a garota me encara morrendo de vergonha.

— Se vistam e desce pra tomar café — Dou um sorriso gentil pra garota e o Luan coça a Cabeça, ouço a porta da sala bater.

— Imperatriz será que a gente pode conversar? — Tizil grita lá em baixo e o Luan arregala os olhos me encarando, o pai dele apoia super ele pegar as mina do morro, desde que não traga pra dentro de casa, deu até a chave de uma quitinetezinha aqui do morro pra ele, mais vocês escutam? Porque o Luan não.

Ele me encara pedindo ajuda e eu seguro o máximo a vontade de rir da cara dele, Amanda já tinha sumido, acho que foi comer.

— O Mirian caralho — Ouço ele subindo as escadas e Encaro o Luan.

— Anda rápido — Aponto pros dois e fecho a porta indo até a escada e batendo de frente com o Tizil.

— Não me respondeu porque? Tá dando uma de maluca — Encaro ele serinha, vontade de jogar ele dessa escada, enfim amor de casal.

— Tava ficando com um dos teus vapores, ele tá lá no quarto tomando banho — Digo com deboche e reviro os olhos e desço as escadas e ele vem atrás.

Coe? — Fala com mais calma entrando atrás de mim na cozinha — Tá nervosa porque? — Ele me abraça por trás e beija meu pescoço.

— O casal vinte eu tô aqui — Hope fala sentada na mesa e o tizil ri e manda dedo pra ela, e eu dou um tapa no ombro dele — Toma distraído.

Tizil se afasta de mim e se senta do lado da Amanda, e os dois fica lá naquela relação de pai e filha super melosa deles.

Luan desce sem a garota, aonde ele enfiou ela eu não sei, mais deixa o pai dele descobrir.

Ele vem até a cozinha e pega uma maçã, e me dá um beijo na cabeça.

— Valeu, te amo — Dou um sorriso de lado e ele se senta do lado do pai dele e os dois começam a irritarem a Amanda, e a brincadeira favorita deles.

Falta uma semana pra viagem que meu pai tá organizando, dizendo ele a gente vai passar um bom tempinho lá, pra poder pagar o tempo perdido.

Agradeço muito a Deus pelo pai que eu tenho, e a família também, nem sei o que seria de mim sem eles, na moral são minha base, meu tudo, minha vida.

Tudo que eu tenho hoje eu Dedico tudo a eles, sem que no passado eu vacilei muito, mais também não faria nada diferente.

Até porque quando a gente não comete o erro a gente não aprende, só aprendemos depois que erramos.

Vai por mim, a gente nunca faz a mesma besteira duas vezes, só se você for burra ao ponto de saber que aquilo não vai adicionar em nada na sua vida, e mesmo assim seguir em frente com o plano idiota.

Olho para a Amanda que ria de não sei o que, e vi a felicidade que a minha filha tinha no olhar, tem coisa melhor que isso?

O colar que a minha mãe me deu, e que eu deixei guardado no cofre do meu pai, estava no pescoço dela.

E assim que eu percebi isso, Memorias invadiu minha mente, do início da gravidez, dos sentimentos ruins que eu tinha, eu estava certa.

E por pior que isso possa ser, eu sempre sei quando uma coisa vai da merda.

Me sento ao lado do Luan e presto atenção, não no que eles estão falando, mais no jeitinho de cada um.

Na forma de como eles agiam, uma coisa que eu venho percebendo nesses últimos meses, é que o Luan só se solta com a gente, e com meu pai e o Tato.

Com mais ninguém, ele é fechado e sério na rua, de uma forma que dá medo nas pessoas, não tô brincando não o garoto de cara fechada e a coisinha mais linda, as vezes eu até dou risada, o que faz ele emburrar mais a cara.

Me falaram que depois que o Tizil tirou ele da casa da mãe a mulher sumiu, a última notícia que tiveram dela foi que estava prestes a se casar com um playba de Saguarema, e depois disso nunca mais se ouviu falar.

Nunca nem se preocupou em saber do filho, de como ele está se está indo bem, ou se algo de grave aconteceu, como muitos dizem só colocou ele no mundo.

Tenho a esperança que ela perceba a merda que fez e tente voltar atrás, eu tô aqui pro que ele precisar e ele sabe disso, mais sei que ele sente falta da mãe, ele sempre sentiu.

Como eu sei disso? Eu passei por isso.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum