• Capitulo Sete •

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Imperatriz na voz...

Acordo cedo e tomo um banho demorado, hoje era o primeiro dia de "Trabalho" aqui na rocinha, as meninas iriam treinar os vapores, e eu iria ficar na boca apenas olhando o movimento.

Injustiça pra elas? Com certeza!

Desci as escadas vendo a Baronesa jogada no sofá, provavelmente com preguiça e a Pequena na cozinha comendo torrada com nutella.

— Bom dia — digo e somente a pequena me responde enquanto a Baronesa me olha com raiva, pensei que ia começar a latir pra mim também. Esse mau humor dela que é contagioso.

O que parece ser verdade já que minha paciência acabou de ir para a casa do caralho, já que meu querido pai não respondeu minhas mensagens, como eu como o meu trabalho sem saber exatamente qual é ele?

Pego uma maçã e saio de casa trepando na minha moto e descendo pra boca principal.

Chego lá e já encontro de cara um vapor mais duas minas discutindo, reviro os olhos e entro lá ficando no canto mais ainda observando a cena toda.

Pelo que deu a entender, o vapor e um tal de G5, é as mina ali e a fiel e a amante, parece que a amante arrumou briga com a fiel, mais a fiel não ligou deixando a amante puta da vida, o negócio tava feio mais tava bom.

 Que porra é essa aqui — Tizil aparece descendo da laje e acabando com a festa ali, reviro os olhos e me aproximo, a raiva corria pelas minhas veias.

 Po patrão e que... — O vapor tenta falar, mais é interrompido pelo Tizil.

 De novo porra, que caralho, isso já tá ficando feio G5 caralho tio, todo dia é uma confusão diferente — diz e olha pras meninas — E o bagulho feio mais ainda pra vocês duas que perde a postura por causa de macho, porra, esse mundo tá perdido mesmo.

— Sério que tu só percebeu isso agora? — digo me intrometendo e vejo todos eles me encararem.

— Imperatriz... — Tizil me encara, visivelmente com raiva também.

— Não fala nada não tio, tava igual novela mexicana e tu vai e atrapalha essa merda, deixa rolar.

 O problema é que isso aqui não é circo não imperatriz, que fazer bagunça faz, mais faz longe do meu morro porra, isso aqui não é brincadeira não — diz todo irritado, pior que criança de cinco anos.

— Tem razão — Passo na frente dele ficando de frente pros três — Isso acaba hoje, tu G5 toma vergonha na cara, e vira homem, e não bandido emocionado, e dá graças a Deus pela mulher que tu tem do lado, tu minha filha — Falo com a fiel — Larga esse embuste e seja feliz, ele não vai mudar não espere um milagre —  Encaro a amante com desdém — Ele é todo seu, aproveita e passa na casa dela depois do almoço — Aponto pra fiel — Com certeza vai ter resto de comida pra tu lá também — Você tizil, aprende a controlar teu morro, e resolver essa merda de primeira, e não deixar isso rolando todo dia — Ele me encara com raiva.

— Cala a boca — Diz todo bravinho, feri o Ego dele na frente dos vapores, não coisa melhor pra deixar bandido patente alta nervoso, ele segura a glock e eu dou uma risada.

— Que brigar? Vamo sair no soco então? — Os vapores tentam esconder o riso, talvez por eu estar desafiando o chefe é ser uma mulher, ele tira a arma da cintura e me encara, só quesito força ele ganha de mim sem pensar duas vezes, só quesito habilidade.... Bom, ele não ganha de mim nem fudendo.

Ele levanta a mão e eu continuo na minha. Quando ele ia acertar em mim ou quando ele achou que ia acertar eu abaixei e a mão dele passou reto e em um movimento rápido eu levantei pegando a mão dele e virando para trás deixando ele em uma verdadeira "Sinuca de bico".

— Eu sou filha do Lúcifer, nenhum homem levanta a mão pra mim e sai vivo — sussurro no ouvido dele — mais como eu não tenho ordem pra fazer nada contigo, vou ser boazinha e deixar e não vou quebrar teu pescoço — digo soltando ele é pegando a chave saindo com ela rodando em meus dedos, trepei na moto e me virei pra eles — Castigo até segunda ordem — digo apontando para a amante, sobre a fiel só segue tua vida e larga esse filho da puta — Ligo a moto — e se chegar no ouvido do meu pai vai ser pior — Acelerei é parti pro galpão.

Tizil na voz...

Assim que ela sai da boca todos me encaram, olho pras meninas que estavam discutindo até agora, e encaro o G5.

— Camba daqui antes que eu faça merda com vocês três — subi pra laje de volta e botei mais um pra subir, esse povo me estressa.

Tô vendo que eu tô perdendo a moral mesmo, po elas podem ser filhas do caralho a quatro, mais tá no meu morro, tem que ter respeito, aí elas agem na vacilação e o povo acha que é circo isso aqui.

Taco a bituca do cigarro no chão já no ódio, e desço as escadas trepando na moto e partindo pro galpão que não era bem um galpão e sim uma área improvisada na mata no topo do morro.

Chego lá e de longe já vejo a a loirinha sentada em uma cadeira velha observando a de cabelo preto treinar alguns vapores, paro um pouco e observo a Baronesa ajudando um vapor a posicionar corretamente a pistola e mirar na latinha que estava em cima de um banco a frente.

Ela sussurra algumas coisas no ouvido do menor que assente, ela se afasta e ele atira acertando em cheio a lata, ela pula e grita e ele acompanha ela.

 É isso aí moleque, agora de novo só que um pouco mais difícil — ela diz e coloca o alvo mais longe.

Me aproximo da loira que assim que nota minha presença revira os olhos.

— Colfoi, tô na paz, sem neurose — digo me sentando no caixote ao lado dela.

 O que você quer? — diz se virando pra mim e me encarando, ela é realmente muito parecida com o Lúcifer, os traços e até mesmo o nariz idêntica.

— Nada po, já falei, tô só palmeando — digo e volto a observar a Baronesa que agora estava dando um tapa no pescoço do moleque acho que por ele ter errado o alvo.

 Foi mal por mais cedo, eu estava nervosa e acabei descontando em tu, tô ligada que eu o morro e teu é eu tenho que te dever respeito não importa a minha posição no tráfico, mais é que eu não gosto de ver homem fazendo mulher de otária Tizil, e uma coisa que eu não suporto — diz e eu a encaro com surpresa — Que foi?

— Filha do Lúcifer pedindo desculpas, não se vê isso todo dia
— digo e ela revira os olhos.

 Não pedi desculpas — diz e eu a encaro com deboche — não, não pedi, só queria dizer que não vai rolar mais — diz e volta a observar a baronesa.

— Hurrum po, pode crê — digo e tiro a ceda do bolso começando a bolar mais um e escuto o Pitbull se aproximar com a camisa no ombro. Olho pra baronesa que não parava de encarar ele e dou um sorriso de lado olhando pra ela que me olha e fecha a cara mandando o dedo do meio, fazendo eu dar uma risada alta.

— Colfoi cuzão tá rindo de que? — disse se jogando no lado da imperatriz que não tirava o olho da prima.

— Nada não po, cadê o dóidói?

 Tá na casa da coroa dele, fazendo não sei o que — assenti e voltei a observar a baronesa mais o vapor.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Onde histórias criam vida. Descubra agora