Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1

• Capitulo Onze •

Tizil na voz...

— E aí como estão as coisas? — Grego pergunta e a imperatriz me encara. Respiro fundo, como que eu explico que quase não estou tendo controle sobre tudo.

— Papaizinho lindo do meu coração — disse descendo as escadas correndo e pulando do colo do pai que quase cai pra trás. Quase a agradeço por ter aparecido e mudado o foco da conversa.

— Caralho Baronesa tu tá comendo o que? — Vandamme colocou a filha no chão, e ela revira os olhos. Os dois dão até graça de tão parecidos.

— Chunbinho — Baronesa diz e dessa vez o pai dela que revira os olhos, caralho são igualzinho mermo viu.

— Como é que tá as coisas em filha? — Lúcifer diz passando o braço no pescoço da imperatriz.

— Tirando a invasão que teve hoje, tá até tudo tranquilo, mais pelo o que o senhor me falou eu acho que tranquilo de mais — disse pensativa e encarou o pai dela indo para a cozinha, e o pai dela foi atrás. O que será que ele falou pra ela?

— E então Tizil como é que anda o morro, faz um bom tempo que eu não venho aqui — Grego me pergunta e eu o encaro, ele é um cara esperto, não deixaria uma pessoa ler suas expressões a menos que queira, e no momento ele está me olhando com desdém, respiro fundo, odeio isso.

— Tá tudo do mesmo jeito, só a milícia e PVLI que estão marcando de invadir mais até aí tudo tranquilo.

— Humm — disse e olha ao redor mais depois volta a me encarar — e as meninas estão dando trabalho?

— Não senhor, pelo contrário estão ajudando e muito — Digo e ele me encara, acho que surpreso.

Olho pra cozinha e vejo a imperatriz mais o Lúcifer entrando na sala os dois sujos de chocolate.

— Caralho, Tavam fazendo o que? Tomando banho de chocolate era? — Vandamme diz assim que vê a situação do irmão mais o da sobrinha.

— Ih Vandamme para de ser ranzinza tio, vai colocar mais um pouquinho de amor nesse coração aí vai — Lúcifer diz limpando o rosto com um pano.

Quando a baronesa ia falar os barulhos dos folgos foram ouvidos mais uma vez, duas vezes no mesmo dia não dá.

Cada um correu pra um lado, pegando uma arma e saindo de casa indo para a invasão.

Fui descendo o morro até chegar em uma parte onde fiquei praticamente em uma sinuca de bico.

Quem estava invadindo era o PVLI, entrei em um beco sem saída e vi os pau no cu chegando por trás, joguei o fuzil por cima da Lage e subi na mesma, descendo o morro pulando de Lage me lage.

Olho pro lado e vejo a baronesa e atrás dela outro dois caras do PVLI.

— BARONESA ATRÁS DE VOCÊ — grito e ela olha para trás atirando nos dois que caíram no chão, caraca ela atirou na cabeça certinho, acho que é esse o efeito de ser filho do vandamme que aliás tava pior que uma metralhadora em uma Lage mais escondida abaixo da que eu tava.

Desci das Lages e fui cortando pelos becos, até receber um tiro de raspão no braço.

Rasguei um pedaço da camisa que eu estava e amarrei em cima para conter o sangramento, virei para trás dando três tiros no pau no cu que me acertou fazendo ele cair no chão em uma poça de Sangue.

— NÃO PAIIII — Imperatriz grita e eu olho para frente aonde vejo a mesma se ajoelhar no chão em frente ao pai dela que estava caido, e o vandamme e o grego ficarem na frente como escudos humanos atirando nos cara que se aproximasse.

~ Radinho ~

Pitbull na escuta?

Fala patrão.

Pega dois grupos de vapores e manda para cada lado do morro, vamos atingir eles dos quatro lados, não deixa eles subirem mais porque o Lúcifer foi atingido aqui na frente do bar da Lúcia e a coisa não tá bonita não.

Já e patrão fé aí

Fé

~ Radinho off ~

Olho pra frente, onde a imperatriz ainda chorava perto do pai e o pessoal começou a descer o morro atirando, pude ver que o vandamme já não estava em seu estado normal.

O cara parecia um compulsivo mais assim como a filha ele só estava mirando na cabeça e em todas ele acertava, entrei do lado deles e fui descendo o morro junto.

Meia hora depois eles já tinha recuado e os vapores estavam limpando as ruas, enquanto eu fui pro postinho ver o que aconteceu, parece que o Lúcifer levou três tiros um na barriga um no ombro e um no peito.

E estava em cirurgia, chego na porta do postinho e já encontro a Baronesa mais o Vandamme botando um pra subir, eles me encaram e a cara deles não era das melhores não, tal pai tal filha se louco.

Entro no postinho e encontro o Grego abraçado com a Imperatriz que não parava de chorar, e de alguma forma o Grego e a Pequena estava tentando acalmar ela.

Chego mais perto e a abraço, não era muito dessas coisas nunca fui tá ligado, Mais de alguma forma vê ela daquele jeito mexeu comigo tio. A garota soluçava de chorar.

— Fica com ela aqui, tenho que avisar ao comando o que aconteceu — Grego sussurrou pra mim e eu assenti e ele saiu.

— Vou pegar algo pra ela comer — Pequena falou pra mim logo em seguids e eu assinto de novo vendo ela sair.

Olho para a Imperatriz no meu colo, e ela tava olhando pro nada, não tem quando bate aquela onda profunda que tu olha para um ponto fixo e não consegue sair, Acho que tava rolando isso com ela, porque até parar de chorar ela parou.

Hoje o dia foi estressante de mais, para todos nós, duas invasões em um dia uma seguida da outra não é brincadeira não, tem que ter muito psicológico para poder ver o que realmente acontece nesses becos do morro.

São tantas covardias e coisas desumanas, o pior disso tudo e que depois de um tempo, você começa a se acostuma tá ligado? Mais isso não deveria acontecer, isso deveria deixar de existir, mais como sempre me diziam.

Não da para acabar com o que é errado quando as pessoas que julgam ser do "bem" que começam com a guerra contra inocentes.

Já se perguntaram da onde vem a droga do nosso país? Das chácaras dos políticos, Mais acredito eu que o Brasil ainda não está pronto pra esse tipo de conversa, fingem que não vê a realidade da nossa sociedade hoje em dia.

Continua