• Capitulo Quatro •

9.7K 659 238
                                    

Tizil na voz...

Aquela garota já estava me deixando no ódio quase que tiro minha peça do bolso e pipocava ela ali mermo.

Mais a loirinha cortou antes de acontecer alguma merda o que é bom, já que tô com problema até o pescoço, pra tá me envolvendo ainda mais em coisa errada.

— Então é que... — estava tentando explicar o que tava acontecendo mais o celular dela começa a tocar, ela pega olha e levanta mostrando pra mim, onde pude ver que estava escrito "Lúcifer(Pai)" engoli em seco, Lúcifer não é muito de conversar, só quando o Bagulho sério mermo.

Oi pai — A loirinha diz e tem um pausa na linha, provavelmente ele estava falando algo com ela, ela estica o celular na minha direção e Coloca no alto falante.

Ligação on📞

Lúcifer: É aí em Tizil.

Fala Lúcifer

Lúcifer:Que porra é essa, explica tudo, teti por teti, e se eu souber que tu tá agindo na vacilação o Bagulho não vai ficar bonito pra tu não, começa a me explicar Tizil porra, quero saber o porquê de eu não estar ouvindo tua voz ainda.

Foi mal aí Lúcifer, PVLI já tava jogando verde pro meu lado pó, Bagulho pesado, ameaçando minha família e tudo mais, coisa das grandes, só começou a sair do controle quando pegaram minha irmã tiu, aí eu meio que perdi a cabeça e passei o filha da puta do Dl, papo 10 Lúcifer, sem neurose Bagulho serão.

Lúcifer: Tô te passado a visão Tizil, aí contigo tá minha filha e a filha do Grego e do Vandamme, só as melhores mandei ela pra treinar seus vapores, e tu vai ter ajuda de outros aliados, o que tá vindo pra tu filhão é praticamente uma chacina, aproveita essa chance e esse voto de confiança que eu tô te dando é abraça meu papo, se eu souber que tu tá de K.o pra cima de mim, tiro todo mundo dai e deixo tu se fuder sozinho, e isso aí fé pra tu.

Fé.

Ligação off📞

— Cara eu só quero um barraco pra mim cair, tô só o cansaço — Ela fala guardando o celular no bolso, é me encarando, respiro fundo, vou colocar elas na minha casa no topo do morro, caso aconteça alguma coisa lá e mais seguro.

— dóidói — digo e ele chega do meu lado.

— Fala ae patrão.

— Leva elas pro meu barraco da 2 — digo e ele assente descendo as escadas com elas logo atrás.

Vou até a ponta da laje puxando a ceda e bolando um, vendo as minas subir na moto e seguir o dóidói pro topo do morro.

Só cacei sarna pra me coçar, pude crer que o Bagulho tá mais feio do que eu imaginava pro meu lado, milícia em cima, PVLI em cima, e com qualquer erro meu o FPD vai tá em cima também.

Po mais quando o Bagulho é família, a gente perde a cabeça, só me sobrou a Carla tiu, minha única família.

E o PVLI tentou tirar isso de mim, claro que eu não deixei barato, tiraram com a minha cara e acharam que iam sair ileso. Comigo não é assim, o sistema aqui é bruto, com ferro fere, com ferro tu será ferido e torturado, essa vida me ensinou a ser duro e aguentar calado, saber a hora exata de falar é o que falar.

Democracia na favela só dá prejuízo, aqui manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Mais aí tu sabe que tu tá mais ferrado ainda, quando o comandante do FPD manda as próprias filhas pra te ajudar, isso significa que é as únicas que tiveram treinamento mais pesado, as únicas que vão conseguir te tirar dessa rosca sem fim.

Jogo a bituca do meu baseado no chão pisando em cima e descendo da laje, vendo três minas gritando e G5, reviro os olhos já sei até o que tá acontecendo, esse cara sai por aí pegando quem der e vier, parece que achou o pau no lixo, todo dia e mina brigando por causa dele, acho isso mó feião, mais tu liga? Porque eles não tem o mínimo de vergonha na cara.

— Aí patrão... — Ele diz com a maior cara de sínico querendo que eu resolva, mano se eu me envolver nesse Bagulho vai ser paulada nas duas e no filha da puta, chega de palhaçada no meu morro, apenas balanço a cabeça cabeça negação e faço um sinal com a mão pra ele, minha cabeça tá cheia, tô atolado de problema e tenho que ficar vendo briga de amante e fiel por causa de um filha da puta, se fuder.

— isso não é problema meu não, ti vira, tu já sabe dos proceder, e olha lá em G5, tô só te palmeando, quando eu me irritar Bagulho vai ficar bonito não — digo interrompendo ele, e trepando na minha moto, partindo pra lanchonete da lia, tô só a broca, dia foi fácil não.

Aliás nunca é, me sento na mesa do bar e logo vieram me atender, pedi uma caipirinha e fiquei prestando atenção nos moleques jogando bola lá do outro lado da rua.

Até o pitbull chegar e se sentar ao meu lado.

— É aí parceiro, como é que tu tá? — me pergunta e eu fecho a cara pra ele que tenta segurar o sorriso. Gosta de tirar onda com a minha cara o filha da puta, sabe que eu não vou fazer nada com ele, crescemos juntos nessa po, eu ele o doidoi, três adolescentes que brincava com arminha de madeira até pegar em uma quadrada de verdade. Daí pra frente foi só pra trás.

— Como é que eu tô, como eu que eu tô, como tu acha que eu tô pitbull, tá milícia, PVLI e FPD prontinho pra enfiar a pica no meu cu e tu ainda vem me perguntar como eu tô? — digo negando com a cabeça e dando um gole na minha caipirinha que tinha acabado de chegar. Mais um pouco e eu afundo esse copo na cara dele.

— Nois vai sair ganhando patrão, só ter fé, o que é nosso e nosso, não vai ser os cu azul ou os pau no cu que vai tira isso da gente não — Diz com convicção, a raiva era nítida no olhar dele, e por isso que sempre esteve do meu lado, pitbull sempre deixou a mostra pra mim a lealdade, e eu sempre deixei a mostra a confiança que eu tenho por ele, esse bagulho loucão parece que a gente divide a mesma mente po.

Quantas vezes eu vou ter que te falar que ela não presta... — Dóidói entra no bar cantarolando e se senta ao meu lado, respiro fundo essa mania ridícula que os dois tem, não adianta o quanto eu fale eles sempre continuam.

— Puta merda já disse que eu odeio quando vocês dois cantam, além de ser horrível estraga as músicas — digo e peço pra trazerem mais uma cerveja pra mim.

— Que foi patrão, dia difícil? — Dóidói me desdenha e me olha com deboche e eu encaro ele e o Pitbull que tava tentando segurar o riso.

— Vem cá seis não tem trabalho pra fazer não em? — digo e o pitbull da um murro no braço do dóidói.

— Parabéns idiota, agora vou ter que trabalhar — diz se levantando da mesa e trepando na moto dele, dóidói me encara dando uma risadinha, e eu levanto uma sobrancelha o encarando sério e ele se levanta fazendo o mesmo que o Pitbull.

Balanço a cabeça em negação ainda prestando atenção no jogo do outro lado da rua, e cada um que me aparece.

Continua

Imperatriz |Trilogia Família Do Poder Vol1Kde žijí příběhy. Začni objevovat