Capítulo 30 | Cura que destroí

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Desculpem qualquer erro
Boa leitura!

[Minjung pov]

Filho da puta, bastardo!

Taehyung e um grupo de mais quatro saíram no meio da tarde para caçar alguma carne pro jantar, e claro, mesmo que eu não tivesse permissão para sequer chegar perto de alguma arma, ele insistiu em, literalmente, me arrastar junto. Foi ridículo, ele me fez ficar o tempo todo parada ao seu lado como se eu fosse sua sombra e o cara parecia se irritar até com a minha respiração.

De manhã, ele já tinha me humilhado quando perguntei porque eu não podia levar um tanque grande de água assim como ele e Lisa e poupar de dar várias voltas até a cachoeira com aquele baldinho ridículo que ele tinha me dado. Ele riu na minha cara, me menosprezando ao simplesmente dizer que eu nunca teria força o suficiente.

Eu não sei porque me estressei tanto, simplesmente não conseguia não comprar as provocações daquele retardado. De repente era como ter um irmão mais velho com quem disputar. Queria fazê-lo engolir suas palavras e inventei de tentar erguer aquele maldito tanque cheio d'água. Eram só alguns litros e força física sempre foi o meu forte, eu só esqueci que... o jantar de ontem foi a única comida boa que eu coloquei no estômago a semanas. Estava tão ridiculamente fraca que não consegui sequer mover um pouquinho o tanque e pior, o esforço de tentar, fez o mundo girar violentamente à minha volta. Foi humilhante constatar que, afinal, ele estava certo. Como se não bastasse isso, ele também não me deixou ajudar em nada na caçada... até Haru foi mais útil do que eu.

Ele ajudou Taehyung a derrubar um cervo.

E aquele cachorro é um grande de um traíra isso sim! Não sei que merda Taehyung fez com ele, mas de repente, Haru começou a obedecê-lo com o rabinho entre as pernas, ficando todo feliz ao receber qualquer atençãozinha de Taehyung.

Eu mereço.

Como um fardo que ele tinha que arrastar por aí, Taehyung me fez ficar apenas quieta e "observando como se faz", como ele mesmo disse.

Eu tinha que me concentrar ao máximo para não ceder a vontade de descer meu punho contra o seu queixo.

Quando voltamos e eu fui finalmente liberta do meu carma, fui direto para o trailer, ansiosa para ver Rosé, mas... me detive nos degraus da porta de entrada assim que pude ouvir risadas e a voz dela.

- ... é como se... como se eu tivesse morrido naquele posto médico nojento e acordado no paraíso. - ouvi sua voz dizer em um desabafo aliviado. - Aqui é tão lindo... parece um sonho!

Ela tinha saído do trailer?

Confusa, eu subi os degraus, erguendo o olhar para a porta entreaberta do quarto. Encontrei o quarto do trailer um pouco lotado. Rosé estava não apenas acordada como também sentada entre os cobertores da cama. Parecia já ter tomado banho e vestia roupas diferentes, um vestido branco leve com um laço azul-bebê na cintura.

A conversa empolgada e as risadas preenchiam o ambiente. Encontrei Jimin sentado na ponta da cama, o garoto loirinho que vi com ele e Jungkook, agora estava sentado ao seu lado, olhando curiosamente para Rosé. O irmão de Taehyung era o menos tímido, estava ajoelhado na cama ao lado de Rosé, usando uma escova para pentear os longos fios ruivos da garota, já quase completamente secos, enquanto ela terminava de comer o lanche de uma bandeja em seu colo.

Em primeiro instante, eu paralisei na porta, meu peito se enchendo de alívio por vê-la se recuperando, por mais que o seu olhar ainda parecesse um pouco cansado, mas então, um incômodo irracional, sufocante e nervoso começou a ganhar espaço. Era só o Jimin e duas crianças, eu sabia que eles nunca fariam mal algum a Rosé, claro que eu sabia disso, mas...

Último Pecado | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora