Capítulo 34 | Imprescindível

354 38 234
                                    

Desculpem qualquer erro
Boa leitura!

[Rosé pov]

De frente ao espelho do banheiro, eu ainda estava surtando com o vestidinho cor creme que tinha acabado de vestir. Ele era bem simples e talvez um pouco curto, não sei ao certo, mas tinha ficado tão bem no meu corpo, ele é do tipo que não precisa de sutiã e aquela saia soltinha era tão delicada!

Aaahhh! Eu estava completamente apaixonada pelas minhas roupas novas!

Depois do almoço com o grupo em volta da fogueira, Minah e eu voltamos para o trailer para abrir os pacotes de roupas e testá-las. Só poderíamos ficar com as roupas que realmente servissem, excessos não são necessários nem práticos, então Minah abriu todos os pacotes e os espalhou, separando suas roupas no lado esquerdo da cama e as minhas no lado direito.

Ou seja, no lado esquerdo só tinha roupas pesadas e escuras, o estilo meio sombrio/agressivo que praticamente gritava o nome Minjung. Preto parecia ser a única cor que ela aceitava vestir e se fosse para dar uma variada, devia ter algumas camisas cor cinza e uma ou duas regatas brancas ali.

Já no lado direito da cama... a mesma pessoa que escolheu todas aquelas jaquetas escuras, aquelas calças de couro negro e camisas largas, tinha trago para mim peças de todas as cores em adoráveis tons pastéis. O colorido dos tecidos leves e delicados reinava. Sendo as minhas cores favoritas: rosa e branco as predominantes.

Chegava a ser cômico o modo como éramos exato e inegavelmente opostos.

Sorrindo com esse pensamento, eu me virei para ver como tinha ficado as costas do vestido no meu corpo, me deparando com a parte de trás aberta e a sequência dos pequenos botões para abotoar. Eu fiz uma careta em desânimo. Tudo bem que os botões davam um charme às costas do vestido, mas... o que custava colocar um zíper, poxa?!

Sabendo que não conseguiria fechar o vestido para ter certeza se ele cabia, eu nem gastei minhas energias tentando. Enrolei meu cabelo, o segurando no topo da minha cabeça com uma mão, enquanto seguia para a porta do banheiro e erguia a mão livre para a maçaneta, mas... Minha mão se deteve no processo ao notar a porta entreaberta. Era apenas uma pequena brecha, mas erguendo o olhar, eu pude ver do outro lado da porta, próximo a minha cama. Pude vê-la distraída com os pacotes de roupas.

Suas novas botas pesadas de couro negro estalaram suavemente contra o piso quando ela se aproximou um pouco mais da cama, as calças de um tecido pesado e escuro que agora ela usava, tinha bolsos largos que davam ainda mais volume às coxas já grossas, na parte de cima, ela usava um moletom preto dos que trouxe, seu cabelo preso em um coque bagunçado no topo da cabeça.

No entanto, suas novas roupas não foi o que me fez paralisar ali, com a mão no trinco da maçaneta.

Analisando a roupa espalhada pela cama, Minah pareceu se interessar por uma das camisas largas em meio as jaquetas bem no instante em que eu tinha pretendido abrir a porta. Minha mão paralisou no trinco da porta, meu corpo travou completamente no lugar com a visão de sua mão agarrando o tecido do seu moletom... para puxá-lo por cima da cabeça.

Eu não tive tempo de pensar direito, de tentar desviar o olhar. Pior... eu não quis desviar.

O mundo havia se tornado um enorme campo de batalha no sentido mais literal da palavra. Sangue real era derramado, vidas reais eram destroçadas.

Apenas os mais fortes sobreviverão, sem exceções, sem piedade. - a dimensão do significado dessas palavras só pode ser compreendida ao sentir na pele.

Último Pecado | JikookOù les histoires vivent. Découvrez maintenant