Descobrindo Sentimentos

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Miguel tocou a campainha da mansão de seus avós, e a governanta rapidamente o atendeu:

- Como você cresceu, menino! - ela o abraçou - Entre, seus avós o estão esperando!

Miguel caminhou pelo jardim tão conhecido até à mesa de café, onde se encontravam reunidos os seus avós e uma senhora de aproximadamente 40 anos, que Miguel reconheceu ser a Sra. Cárdenas, filha de seu avô de consideração, seu Arthur.

- Que bom te ver, meu querido! - a avó o abraçou.

Todos se cumprimentaram e Miguel se juntou à mesa. Rapidamente, serviu-se de uma bela porção de salada de frutas que a avó mandou preparar especialmente para ele, pois sabia que era sua sobremesa preferida desde muito pequeno.

Conversaram por um bom tempo, Miguel ouviu os avós contarem sobre seu mais novo hobbie: golfe, e Miguel desabafou com eles sobre sua situação com seu padrasto:

- Meu amor, você precisa ser paciente - dizia a avó - Tenho certeza que tudo se resolveria com uma boa conversa, já tentou dizer a ele o que você sente?

- Não é assim que se resolvem as coisas - completou o avô - Afinal de contas, você tem que entender que ele não é o seu pai e que não pode exigir coisas que um filho exigiria...

- Arthur! - dona Elisa estava indignada - Está querendo dizer que ele deve tratar o menino como um qualquer?

- Não foi isso o que eu disse. Estou querendo dizer que esse tipo de coisa não se pode exigir, deve acontecer naturalmente.

- O que é que você acha disso, Maribel? Maribel?

Maribel estava dispersa em pensamentos enquanto dona Elisa a chamava. Ela parecia péssima: seu cabelo estava oleoso, trajava uma roupa larga e parecia haver emagrecido 20 quilos desde a última vez que Miguel a vira.

- Me desculpe dona Elisa, não estava prestando atenção...

- Meu amor, você quer nos contar o que houve? Eu e seu pai estamos muito preocupados...

- Eu sinto muito, mas como disse, eu preciso de um tempo pra mim. Agradeço por me deixarem ficar aqui por uns dias...

- Minha princesa, você pode ficar quantos dias quiser aqui - completou o seu Arthur - essa casa é a sua casa! Isso vale pra você também - ele se dirigiu à Miguel.





- Eu não acredito que o loirinho te disse isso, preciosa! - Loreto e Fernanda se encontravam almoçando ao redor da piscina, sozinhos - E o que você respondeu?

- Nada - ela mal tocava no prato - Não disse nada. Não estava em condições de discutir.

- Primor... Você deveria ter lascado um bofetão na cara dele! Que menino abusado...

- Eu sei, mas como disse, eu tenho coisas mais importantes para me preocupar. Não posso me deixar abalar por qualquer coisa que esse idiota me disser.

- Lá vem o doutorzinho Júnior...

Carlos caminhava em direção a eles com uma expressão não muito boa. Se juntou à mesa e pediu um suco a um dos empregados.

- Como está Maria? - perguntou Fernanda.

- Melhor, mas de ressaca. Não levantou ainda.

- Fico feliz que esteja melhor.

- Pode me explicar melhor o que foi aquilo que vi ontem? - perguntou Carlos para Fernanda.

- Bom, eu vou deixá-los a sós - disse Loreto, se levantando em um pulo - Primor, qualquer coisa é só me chamar! - e se retirou.

Rubi - O RetornoWhere stories live. Discover now