Voyeurismo e Outras Coisas Mais

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Miguel:

Eu estava prestes a ir para o quarto e me deitar. De verdade, essa noite foi demais pra mim. Precisava colocar minha cabeça no lugar, mas quando me dei conta, estava caminhando em direção ao quarto do meu amigo. Eu sabia o que estava prestes a acontecer lá: eles teriam sua primeira noite juntos, e meu amigo estava prestes a foder a mulher que amo como há pouco tempo eu a fodi.

O que eu estava fazendo? Tentando impedir MEU MELHOR AMIGO e SUA NAMORADA de transarem? Isso não faz o menor sentido! Eu realmente estou perdendo a cabeça...

Bati na porta do quarto, mas não obtive resposta. Sem saber porque, entrei nele e avistei o banheiro da suíte entreaberto. E lá de dentro, escutei os gemidos que, antes, por um breve momento, pertenceram somente a mim.

Não sei porque me sujeitei ao papel de voyeur. Eu não queria assistir aquilo, mas estava hipnotizado. Uma mistura de ódio, rancor e tesão tomaram conta de mim. Ela se contorcia tanto que meu pau respondeu no mesmo instante. Senti a calça apertar com a pressão da minha ereção e, quando me dei conta, minhas mãos estavam por cima da calça pressionando meu pau.

Que merda era essa? Eu estava batendo uma enquanto observava a mulher que eu amo - aliás, corrigindo - a mulher que eu odeio, transar com o meu melhor amigo?

Eu a odeio. A odeio com todas as minhas forças! Eu quero vê-la sofrer, se arrastar, de preferência sem roupa na minha cama...

Foda-se, eu já estava explodindo de tesão. Tirei meu pau pra fora e comecei a me masturbar ali mesmo. Ela estava olhando nos meus olhos? Não, não é possível, não tem como me enxergar daqui... Mas se tivesse, ia saber que essa gozada vai ser pra ela!

Ela não para de me olhar enquanto se contorce toda de prazer. E esse sorriso... Esse maldito sorriso! Ah, não! Ela vai gozar...

Oh céus! Eu preciso sair daqui!

Saí correndo de lá em direção ao quarto que sempre costumo ficar, com o pau ainda explodindo de tão duro. Já estava me preparando pra chegar no banheiro e terminar manualmente o serviço, quando me deparei com a Tânia totalmente nua, me esperando na cama...

- Você vem? - ela perguntou.

Porra.

Meu pau não poderia ficar mais duro do que aquilo, e naquele momento, com o tesão à flor da pele, eu não conseguia mais me controlar. Eu arranquei toda a minha roupa em menos de cinco segundos e sem ao menos a beijar, virei-a de costas sobre a cama, agarrei seus cabelos com uma das mãos e com a outra, encaixei meu pau dentro dela, em uma só estocada.

Sei que deveria ter sido um pouco mais romântico, mas já não conseguia me controlar. Eu a penetrei com tanta força e com tanto ódio que, por um segundo, jurei que quem estava ali comigo era aquela maldita da Fernanda!

Ela gemia tanto que eu não conseguia parar. Senti a ejaculação chegar em menos de dois minutos. Céus, eu estava tão excitado... Continuei metendo fundo nela até que meus pés começaram a formigar e, num suspiro de alívio, senti todo o meu líquido preenchê-la por dentro.

Aaah, que alívio!

Deixei-me jogar na cama e respirar aliviado, quando olhei para o lado e percebi um olhar de tristeza vindo de Tânia:

- Muito romântico de sua parte, parabéns! - ela se vestiu rapidamente.

- Tânia, eu..

- Você é um idiota! - ela gritava - Não viu que esse quarto estava todo preparado para aproveitarmos o resto da noite? E o que você faz? Acaba com toda a graça em menos de cinco minutos!

- Me desculpe...

- O caralho! - Ela estava puta - Não desculpo! Pode pegar suas coisas e ir dormir na sala!

- Eu? - essa menina só podia estar de brincadeira. Tentando me expulsar do meu próprio quarto? Sim, era praticamente meu quarto - Tânia, vamos convers... - ela atirou um travesseiro no meu rosto.

Peguei minha trouxinha e desci até a sala. Sei que pode parecer errado, mas estava aliviado por não precisar aturá-la pelo resto da noite. A quem eu estou tentando enganar? Só estou com essa menina para provocar aquela maldita!




Miguel estava quase pegando no sono quando ouviu alguém descer até a cozinha. Após algumas horas de reflexão, chegou à conclusão de que havia agido igual a um babaca. Foi até a cozinha pronto para se desculpar com Tânia, que se encontrava atrás da geladeira:

- Amor, me desculpe, eu fui um babaca - ele falou arrependido.

- Está desculpado - ela respondeu e fechou a geladeira. Mas quem se encontrava ali não era Tânia, e sim Fernanda, trajando apenas uma das camisas de Daniel.

- Não estava falando com você - ele pegou um copo - Achei que fosse a Tânia.

- Ah, discutiu com a namoradinha? - ela ironizou enquanto colocava água gelada em seu copo e se oferecia para encher o dele.

- Ela não é minha namoradinha - ele esticou o copo, aceitando o gesto - E isso não é da sua conta!

- É verdade, não é da minha conta - ela o observava dar um gole na água - Assim como também não é da sua conta o que rolou hoje no banheiro, mas você não se importou em espionar, não é mesmo?

Ele engasgou no mesmo instante e ela precisou ajudá-lo com alguns tapinhas nas costas:

- Até se engasgou, hein? - ela ria - Quer dizer que quando se trata de você, as coisas não são da minha conta, mas quando se trata de mim, você sempre tem que estar no meio?

- Aquilo foi um acidente - ele voltava a se recuperar do engasgo, evitando contato visual - Estava procurando o Daniel pra me emprestar um carregador.

- Ah claro, entendi - ela terminava de beber sua água.

- É claro que foi um acidente, ou você acha que eu queria ter visto aquilo? - seu tom era de desprezo.

Rubi - O RetornoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang