Novos Amores

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Chegamos à mansão Valencia já era mais de meia noite. Eu já estava meio embriagada e Daniel, mais feliz do que nunca. O puxei pela coleira em direção a seu quarto, tomando todo o cuidado do mundo para não acordar Maria naquela situação.

Já no começo da escada, ele me carregou no colo e pude me lembrar o quão forte e musculoso ele era, coisa que não percebia quando usava a roupa do dia a dia. Chegamos em seu quarto e ele me deitou em sua cama, me enchendo de beijos ali mesmo. Desceu até os meus pés e com delicadeza, tirou minha sandália, massageando meus pés logo em seguida.

- O que mais você tem além da coleira? - perguntei com um riso malicioso.

- Quer conferir pessoalmente? - Ele me devolveu o riso malicioso.

- Sim!

Em uma de suas cômodas, ele apertou um botão disfarçado e logo em seguida, um pequeno compartimento secreto foi revelado atrás de um dos quadros. Levantei-me para olhar melhor de perto e me deparei com muitos instrumentos: a maioria deles eu não sabia para o que servia, mas reconheci algumas algemas, um chicote, mordaça e algumas outras coleiras da sua coleção particular.

- Você usa tudo isso? - perguntei curiosa.

- Alguns comprei só para testar. Tipo o chicote e outros instrumentos que causam dor. Apanhar não é muito a minha praia.

- Que alívio, porque eu teria dó de te bater! - fui sincera.

Ele me agarrou pela cintura e nos beijamos. Aquela estava sendo, de verdade, uma das melhores noites da minha vida.

- Você consegue transar sem esses instrumentos? - Eu estava curiosa.

- É claro que sim - ele sorriu - Os instrumentos são apenas um complemento. Você não precisa usar nenhum em mim se não quiser - ele estava sendo sincero.

Sei que não precisava usar nenhum, mas estava curiosa. Passei meus dedos por todos os instrumentos, tentando escolher um que me chamasse mais a atenção. Vi um par de algemas reluzentes e prontamente as retirei do compartimento.

- Vai fazer o que com isso? - ele sorriu.

- Você já vai ver - sorri maliciosamente.

Eu o joguei na cama e subi em cima dele. Ele acompanhou o meu olhar sem quebrar o contato visual. Senti seu calor me contagiar e seu olhar de predador me comer viva. Quanto mais me rastejava em sua direção, mais para trás ele subia, me desafiando, desejando que fizesse com ele o que bem entendesse. Prendi sua mão esquerda na cabeceira da cama. Voltei para beijá-lo nos lábios e em seguida, prendi sua mão direita no outro extremo da cabeceira.

Beijei todo o seu corpo, saboreando seu gosto, sentindo sua pele, seu cheiro... Em seguida, tirei o resto da roupa que ele ainda trajava, deixando-o completamente nu e a minha mercê. Me despi completamente e o observei ter uma ereção enquanto me via ali, totalmente nua em cima dele. Apoiei minhas pernas entre sua cabeça e rapidamente ele me pediu para que sentasse. Senti sua língua de encontro ao meu clitóris e afoguei meus dedos em seu cabelo, rebolando em seu rosto e comandando que me desse mais e mais prazer.

Por horas levantava e o ouvia respirar profundamente, como se estivesse sendo sufocado por mim, mas ele não reclamava. Ele queria mais. Ele morreria por mim se fosse preciso. Levantei de cima de seu rosto e voltei a beijá-lo sentindo todo o meu gosto. Ele sorria e eu sabia que ele aguentaria aquilo por mais horas e horas. Sequei seu rosto com meus dedos enquanto o beijava e então, montei em cima de seu membro, movimentando meus quadris para cima e para baixo lentamente, ouvindo seu gemido rouco em meu ouvidos e me fazendo pirar de tesão.

A cada vez que meu clitóris roçava em seu membro, eu o sentia latejar mais. Após alguns minutos esfregando minha intimidade em seu pau e vê-lo agonizando de vontade de me preencher por dentro, eu encaixei seu membro dentro de mim e então sentei o mais profundamente que consegui.

No mesmo instante, ele soltou gemido tão alto que precisei sufocá-lo com as mãos para que se calasse. Ainda com as mãos apoiadas em sua boca, comecei a me movimentar para cima e para baixo, fazendo com que seu membro me penetrasse por inteira, sem deixar um centímetro de fora. Ele me olhava como um leão prestes a devorar sua presa, admirando todo o meu corpo e minha beleza, me desejando em cima dele pelo resto de sua vida. Tirei as mãos de sua boca:

- Eu sou louco por você, como nunca fui por ninguém! - sua voz saiu trêmula em meio as minhas sentadas.

- Até onde você iria por mim? - perguntei enquanto estava de quatro em cima dele, nossas testas coladas uma na outra.

- Até onde ninguém mais iria!

Ele dizia a verdade. Naquele momento eu soube que Daniel Valencia era meu. Só meu, completamente meu e inegavelmente meu. Ouvir essas palavras fez meu canal se contrair involuntariamente. Senti um formigamento vindo desde a ponta dos meus pés que se espalhou pelo meu corpo todo. Ele sentiu que eu iria gozar e então me disse:

- Se apoie na cama e fique parada!

Obedeci e me apoiei. Ele se segurou com as duas mãos na madeira da cama e então começou a movimentar seu quadril rapidamente para cima e para baixo, me penetrando por completo, me preenchendo como nunca e me deixando louca de tesão. Após alguns segundos admirando aquela cena inesquecível, senti minha intimidade mais lubrificada e meu corpo se arrepiar. Não sei se foi a visão do meu orgasmo ou as algemas, mas no mesmo segundo o ouvi gemer "eu vou gozar junto com você". Tive um orgasmo tão intenso que perdi a força das pernas e, quando olhei para baixo, vi que ele também.

Ele - assim como eu - estava ofegante e sua expressão era de alívio. Como um último ato de misericórdia, consegui alcançar as chaves e o soltar das algemas. Ainda levemente suados e totalmente nus, nos estiramos na cama, exaustos. Ele colocou o braço esquerdo ao meu lado, como um travesseiro para que eu me apoiasse e eu me deitei, abraçando-o. Meu rosto estava virado para o seu pescoço. Senti seu cheiro e o beijei. Ele retribuiu se virando levemente e me beijando na testa carinhosamente. Com sua mão esquerda ele fazia cafuné na minha cabeça e, com a direita, entrelaçava seus dedos nos meus:

- Eu te amo - ele me disse.

Demorei alguns segundos para entender se sentia o mesmo, então respondi:

- Eu também te amo.

Adormecemos. 

Rubi - O RetornoWhere stories live. Discover now