Capítulo 2 - Garota Maluca

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Oieee, meus amores!!! Mais um capítulo fresquinho. Espero que gostem, votem e comentem.


| Mark |

Durante todo o caminho a garota maluca se fez calada

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Durante todo o caminho a garota maluca se fez calada. Não me dei conta disso até chegar no hospital e a ouvir sair do carro batendo a porta grosseiramente, pois passei o caminho todo me intrigando do porquê dela mexer comigo; do porquê aqueles olhos de Afrodite, de um verde que passa-se de um azul para âmbar em minutos, me fazerem sentir tão exposto. Ela me intrigou a ponto de a pôr no meu carro e arrastá-la até aqui.

Quando a vi foi como se eu tivesse embarcado em uma montanha russa, só que de emoções. Senti uma necessidade extrema de abraçá-la, mas era algo que nunca se aplicou a mim; um querer totalmente indistinto. O celular vibra em meu bolso, ignoro. Caminho a passos firmes até a recepcionista do hospital, que cora assim que me vê. Gaguejando, ela interroga-me:

- Em que-que posso ajudá-lo, se-senhor? - ruboriza mais ainda, quando me flexiono no balcão e ponho uma mexa do seu cabelo atrás da orelha. Faço isso para provocar a garota ao meu lado e não por me sentir atraído por esse ser que me come com os olhos esbugalhados. E pela visão periférica vejo a desconhecida revirar os olhos e bufar.

- Gostaria de um médico para examinar esta senhorita ao meu lado. Ela atropelou o meu carro e está com a perna machucada - desvio o olhar da recepcionista que ainda me olha como se quisesse tirar minha roupa e encaro aqueles olhos de Afrodite, me embebedando deles.

Sou tirado do transe quando o celular mais uma vez insiste em tocar, retiro-o do bolso e franzo o cenho quando vejo o nome do Vicente.

- Pode atender, senhor. Eu me viro aqui - arqueio as sobrancelhas ao ouvir aquela voz adocicada como se fosse um suspiro. Mas não posso parecer atingindo. Não eu! Um homem de 30 anos com uma extensa carga de responsabilidade e vivência.

- Olha só... Quem diria... a pequena Vênus fala. - ironizo e vejo irritação perpassar seu rosto. Dou um sorriso de canto de boca, viro-me e atendo o bendito celular com mais uma chamada insistente.

- Alô, Vicente! Espero que seja muito importante - atendo rispidamente, indo para fora do hospital.

Falar com o Vicente Thompson sempre me deixa de mal humor, ele consegue ser intragável em certos momentos e todas as vezes que ele me liga, significa mais problemas

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Falar com o Vicente Thompson sempre me deixa de mal humor, ele consegue ser intragável em certos momentos e todas as vezes que ele me liga, significa mais problemas. Ele é o irmão mais novo do meu falecido pai (numa diferença de 12 anos), uma pessoa totalmente diferente de quem meu velho era. Um dia já foi bem quisto por mim, porém, hoje em dia só o vejo como alguém corrompido pela ambição.

Meu pai Richard Williams construiu a Williams's, a maior firma de advocacia de Seattle logo após sair da faculdade. Como era de família rica e influente, não houve dificuldades em montar o negócio. O meu tio sempre se inspirou nele e seguiu o mesmo caminho, se tornando um dos maiores advogados, juntamente com o meu pai e ambos passaram a administrar a empresa. No entanto isso era apenas no começo, já que logo após alguns anos ele se transformou. Passou a banalizar as prioridades na empresa e tornou-se um desordeiro e grande frequentador de festas e prostituição aliado a drogas licitas e ilícitas, se tornando o maior desgosto da família. Meu pai se viu em situações de grandes embaraços e foi obrigado a afastá-lo do cargo majoritário e encaminhá-lo a um sub-cargo, o qual usaria seus conhecimentos juristas para apenas elaborar e revisar contratos em que a empresa era solicitada. Algo que ele nunca aceito bem, mas foi o que o fez parar com as farras desenfreadas.

Após a morte do meu pai, há dois anos atrás, foi-se instruído por meio de um testamento que o meu tio teria 40% da representatividade da empresa, o tornando CEO majoritário da Williams's e os outros 60% seriam divididos para a mim e minha irmã Alessa, o que na época não achei estranho e tão pouco me importava. Já que vivia uma vida totalmente diferente da que tenho hoje; antes de todas as responsabilidades cair sobre mim e ver que existia apenas eu para cuidar da minha irmã e madrasta (porém, a pouco tempo isso se inverteu, com a recusa da minha irmã pelas ações herdadas; ela doou 5% para mim e os outros 25% foram vendidas na bolsa de valores, gerando novos acionistas).

A morte dele me mostrou o quão errado eu vivia, onde o dava desgosto em vez de orgulho. Que viver nas festas, torrando fortunas com carro, mulheres, viagens e mais mulheres; não me tornava um nada, pelo contrário, me fazia ser um completo inútil e fútil ninguém.

 Que viver nas festas, torrando fortunas com carro, mulheres, viagens e mais mulheres; não me tornava um nada, pelo contrário, me fazia ser um completo inútil e fútil ninguém

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Após desligar a ligação e ser intimado a mais uma reunião com o meu "tão amado titio", volto a entrar no hospital. Encontro a recepcionista de volta aos seus afazeres, varro meu olhar no local e não encontro a Vênus. Me direciono até a recepcionista que só agora vejo pelo crachá que se chama Antonella e sigo olhando para todos os lados para ver se a encontro.

- Olá Antonella, já está sendo atendida a garota que veio comigo? - pergunto com uma voz um tanto indiferente a sua pessoa. Ela olha para mim com olhos gulosos e isso me deixa ainda mais impaciente.

- Não-não senhor, ela se dirigiu ao-ao toalete. Já faz algum tempo.

Dou as costas a essa songamonga sem mais uma palavra e vou atrás da outra. Espero por alguns minutos para ver se alguém sai do banheiro e nada. Uma senhora entra e saí e a pergunto se viu uma jovem com tais descrições da garota maluca e ela afirma não haver ninguém lá. Em um único impulso entro no banheiro, olho em cabine em cabine e nada da diaba.

Saio bufando, esbarrando numa mulher de meia idade que me pergunta o porquê de estar ali e que iria chamar o segurança. Fazendo pouco caso do que ela diz, dou-a as costas e a passos firmes volto a recepcionista.

- CADÊ A GAROTA, SUA IMPRESTÁVEL?? - grito impaciente com ela, que se assusta.

- Não-não sei, se-senh.... - dou as costas antes que me irrite mais e volto para o lado em que está o banheiro, olho cada corredor, até dar de frente com uma área alternativa de saída e é então que me dou conta.

- MERDA!!! Ela foi embora. Aquela peste de menina foi embora! - xingo, andando de um lado pro outro. E saio em direção ao carro, ainda vagando meus olhos em sua procura.

Meu humor enegreceu totalmente. Entro no carro batendo a porta com toda força. Bato no volante xingando mais uma vez.

- QUE DIABOS TÁ ACONTECENDO COM VOCÊ, MARK??!! - questiono-me intrigado por está irritado com a sua partida repentina. Enquanto sei que deveria ficar aliviado por não ter que carregá-la a mais nenhum canto. No entanto, aqueles olhos de deusa Vênus não saem da minha mente.



Por hoje é só meu povo maravilindo!!! Espero que tenham gostado e, por favor, não esqueçam de votar e de nos dizerem o que acharam nos comentários.

Beijosss da K e da G. 😍😘😘

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