Capítulo 6 - Terror Particular

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OIIIIIEEE, olha a gente aqui. Espero que gostem, votem e comentem esse mais novo capítulo.

Beijosss da K e da G. 😍😘😘    

| Lisa |

Passo pela porta às pressas, não consigo respirar

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Passo pela porta às pressas, não consigo respirar. Seu toque! ... não me trouxe aquela sensação boa de antes. Me trouxe o pavor que eu quero tanto esquecer.

Me encosto na parede, e me sinto paralisada. Meu corpo treme, as lágrimas não vêm, mas meus olhos ardem de um tremendo vazio que aperta o meu âmago. Tento puxar o ar, mas me falta fôlego para a ação de respirar e meu corpo convulsiona em mais tremores.

- Garota, você tá bem? – a voz de uns segundos atrás inunda em meu ouvido, mas muito mais baixo que o normal, pois ouço os batimentos do meu coração acelerar, a um nível que parece que todos podem ouvir o ritmo descompassado e ensurdecedor que há em meu peito.

- Não... – minha garganta trava. - Na... não! Não chegue perto... – imploro e minha garganta arranha e se aperta de tão seca que se encontra. Me abraço e me encolho. Arrasto-me pela parede, encolhendo-me mais ainda em algum canto qualquer da parede. Com um olhar vago, encarando além do homem a minha frente.

- Pelo amor de Deus, garota. Assim você está me assustando! Deixe de cena... – ele tenta mais uma vez avançar em minha direção e eu dou um grito que ecoa tão alto que doí meus tímpanos. Ele paralisa em minha frente, puxa os cabelos e sussurra algo que não consigo ouvir. Tento puxar o ar que falta, mas ele não vem. Meu corpo treme. Minha alma treme. Sinto que vou partir em pedaços.

Ouço sussurros e a Vitória para em minha frente. Vejo o movimento de sua boca, mas estou muito entretida no meu terror particular para ouvi-la. Fecho os olhos e aperto-os. Sinto meu corpo escorregar pela parede e o encolher automático do meu corpo em modo fetal. Abro os olhos e a vejo agachada em minha frente. Ela levanta as mãos em um ato de me tocar e minha boca sussurra um "Não" fraco e falhado. Elas as meneia no ar, fazendo com que parte da minha atenção se prenda nelas e então passo a ouvir o que ela diz.

- Preste a atenção em mim. Ouça apenas a minha voz e me acompanhe, respira comigo. Respira, inspira... Respira, inspira... Respira inspira... – forço-me a acompanhá-la e meu peito doí, dou um gemido fraco e tento mais uma vez. - Isso... Não precisa ter pressa, minha pequena. Conta comigo: 1, respira e inspira; 2 respira e inspira; 4 respira e inspira... – conto com ela até dez e sinto o meu peito acalmar e a tremedeira, que me fazia sentir inútil, amenizar. Encaro-a e é nessa hora que as lágrimas aparecem e derramam com toda a dor, que momentos atrás, era dormente.

 - Posso te tocar? – indaga-me ela e balanço a cabeça fracamente. - Ela afaga meu rosto, enxugando as lágrimas que insistem em cair e permito-me fechar os olhos e engolir o máximo de ar que posso e soltá-lo. - Você pode se levantar e ir comigo para dentro de casa ou quer ficar mais um pouco aqui? – apenas balanço a cabeça de forma positiva e reúno um resquício de voz - Eu consigo. – ela me ajuda a levantar e no automático sigo para dentro da casa. Não encontro aquele que me fez ter o pior ataque que já tive até hoje e agradeço aos céus por isso.

Marcas Do Passado ⇝ Livro 1《Concluída》Where stories live. Discover now