Capítulo 12 - Reações

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Voltamoss!!! Mais um capítulo fresquinho, direto do forno, pronto para o deleito de vocês. Por favor, não esqueçam de votar e comentar. 

Beijosss da K e da G. 😍😘😘

| Lisa |

Subo às pressas para o quarto e me tranco nele

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Subo às pressas para o quarto e me tranco nele. Corro para o banheiro, tiro toda a minha roupa e me encaro no espelho. Um olhar frio me penetra, tento controlar o choro, o medo e a dor não poderiam me vencer. Me apoio na pia e uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto.

- Não seja fraca. Não chore. Não comece a se deixar abater e, muito menos, não abaixe a guarda. – me repreendo em um fio de voz e enxugo a lágrima com uma certa agrestia.

- VOCÊ ESTA DESTRUÍDA PARA TODOS; NINGUEM É CAPAZ DE GOSTAR DE VOCÊ!!! – brado comigo mesma e um soluço escapa de mim, arranhando minha garganta.

Não sei explicar o que senti ao tê-lo a centímetros da minha boca, mas isso mexeu comigo. Mexeu com o meu passado e o fez bailar em minha frente, em letras de néon, que ele não merece ter alguém como eu. Uma pessoa que não se encontra em condições de ser amada... Mas seu toque me fazia querer tentar.

Tentar ser feliz, mas eu não havia nascido para isso. Eu sentia, eu via isso.

- Mantenha-se longe. Seja forte e não se deixe abater. Eu não serei fraca, não dependerei de ninguém. – digo para mim mesma, como um disco arranhado que ponho a todo momento para repetir nas sessões nostalgia, fazendo dessas palavras o meu bote salva-vidas.

Arrasto-me para o chuveiro e como se eu tivesse tomado uma anestesia geral, meu corpo parece não sentir nada. Nem a pressão forte de água fria que flui para fora do chuveiro. Esfrego-me com as unhas e vejo minha pele se avermelhar. Mas nem isso me faz sair do meu topor ou aliviar tudo que batalha dentro de mim.

É engraçado como pensamos que a água pode dissipar todos os nossos medos, temores e dores; mas no fim das contas; na hora da prova dos nove, ela não pode! E mesmo sabendo disso, tentamos, feito tolos, entrar na água e tirar a imundice que habita a nossa alma, (falo por experiência própria, pois a cada reviravolta da minha bagunça, é debaixo dela que me refugio).

Desligo o chuveiro, me seco no modo automático e saio do banheiro. Visto qualquer roupa e agora parece que o quarto se estreitou e está prestes a me estrangular.

- Preciso sair daqui! – falo comigo mesma pegando minha bolsa e desço as escadas de modo rápido e ligeiro. Passo feito um furacão por um Mark que nem se quer consigo olhar, pois tenho certeza que se eu olhar para o seu rosto, verei decepção estampado nele. Ouço-o chamar meu nome, mas ignoro e saio em dispara pela porta, a batendo com força atrás de mim, e sigo meu caminho a pé; sem me dar conta de onde estou indo ou sem planejar um destino qualquer...

Marcas Do Passado ⇝ Livro 1《Concluída》Where stories live. Discover now