Capítulo 36.2

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[... Lisa ]

Meus olhos estão fechados, apertados, e me pergunto se essa é a sensação da pós-morte: ainda se sentir viva. Respiro fundo, como se ainda estivesse existente no mundo dos vivos, reunindo coragem para abrir os olhos e ver como é o céu, o inferno ou qualquer outro meio termo que possa existir entre esses dois.

"Arranca logo esse band-aid!"

Minha mente defunta, (creio eu), grita e eu abro de vez os olhos. Eles demoram para se focar na minha cena a frente e, definitivamente, eu estou no inferno; cara a cara com o próprio diabo.

- Bem vinda de volta a vida, minha cadelinha. - Vicente diz, segurando uma arma; e se com Susan eu estava com medo, com ele tenho pavor.

 - Vicente diz, segurando uma arma; e se com Susan eu estava com medo, com ele tenho pavor

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"Susan!"

Minha mente grita o nome dela, e não preciso procurar muito, basta eu olhar para o chão e vê-la estirada nele, com as costas banhada de sangue e seu corpo ainda agonizando. E sem mais controle do meu estado, ponho as mãos em minha cabeça, grito, sentindo uma dor imaginária, proveniente do pavor, e tremo.

"Antes o tiro tivesse sido em mim."

- Nunca. - ele diz, me fazendo perceber que pensei em voz alta e o encaro, brincar com a arma. - Você é minha, de mais ninguém. Nem da morte, muito menos do Mark. Minha! - eu choro mais uma vez no dia, e me encolho no sofá.

- Como? Você estava preso. - sussurro, tentando entender como cheguei a esse ponto. Ele sorrir friamente e meu corpo enrijece, juntamente com o meu estômago que se embrulha.

- Tolice de vocês, acharem que eu ficaria por lá. - mostra os dentes em satisfação a constatação. - Instruí meu advogado a pagar um detento qualquer, para provocar uma rebelião; sendo mais fácil ainda, pagar um funcionário, para nesse mesmo momento de rebelião, me tirar de lá. E aqui estou eu, bem sucedido em meu plano... Quando se tem dinheiro, minha Lisa, se tem tudo. - arregalo os olhos e tento me controlar. Não posso dar margem para ele se alimentar da minha fraqueza.

- E-E co-como você entrou aqui? - gaguejo inicialmente, com um fio de voz.

- Como eu disse, sempre haverá dinheiro para facilitar tudo. Deveria rever as pessoas que trabalham com você, elas podem ser bem decepcionantes, quando o assunto é se venderem. - ele diz, se aproximando de mim, logo me arrasto para a ponta do sofá, ele continua a vir até mim. Não tenho mais forças para gritar, também seria inútil, já que se não ouviram os berros da Susan, não seriam os meus que ouviriam. Ele vem até mim, põe um joelho no sofá, se inclina para bem perto do meu corpo encolhido, e diz:

- Você é tão linda... - som de um carro freando bruscamente é ouvido, anunciando a minha salvação, ele olha para a porta aberta, me olha novamente e continua: - Você é minha, irei lhe mostrar que posso ser melhor, do que na primeira vez. - diz, alisando meu rosto, e sem me conter bato em sua mão; o som de passos apressados se ouve, ele se afasta, anda até a porta, vira para mim, e diz:

Marcas Do Passado ⇝ Livro 1《Concluída》Donde viven las historias. Descúbrelo ahora