Capitulo 1

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A chuva caia fortemente lá fora, o som do trovão não me amedrontava, pelo contrário era como se trouxesse paz, as gotas rolando pela minha janela e o barulho agradável de ouvir, era para mim uma poesia, o céu ficando lilás em tempos com os fortes raios que a cada momento que surgia me encarava com sua linda cor. Em dias assim eu fecho os olhos e lembro dos momentos que tive junto a minha mãe, como se um filme bom, daqueles que é só a chuva começar que você automaticamente já pensa nele e da um sorriso espontâneo.

— Ei.— Gael chama minha atenção ao entrar em meu quarto, com sua blusa rosa bebê e sua samba-canção do bob esponja.

— Oi.— Respondo quase que em um sussurro.

— Pensando nela?.— Ele pergunta se sentando ao meu lado na cama.

— Sim.— Minha voz saia como um sussurro.

— Esta uma bela noite para fazermos uma pipoca e colocarmos algum filme.— ele sugere.

— A noiva cadáver ?.— Pergunto sabendo a resposta.

— Pode ser, de novo.— ele responde com um sorriso meigo.

Me levanto da cama calmamente, contemplando a beleza em toda aquela tempestade. Vamos para cozinha preparar tudo quando ouço o som de coisas caindo, logo minha mente entra em alerta. Corro em direção ao pequeno quarto no final do corredor,

Fúria da noite.

Eu não podia crer no que meus olhos estavam vendo, sinto uma pontada de desespero só de imaginar por onde deveria começar a limpar toda aquela bagunça feita por fúria da noite ou como eu o chamo, noite, meu gato preguiçoso na maior parte do tempo e atentado nas horas vagas. Meus pincéis todos espalhados pelo chão, que por sinal também estava sujo de tinta, várias cores de tintas.

Passo a mão no meu cabelo tentando me acalmar, a bagunça já estava feita, culpa minha quem mandou deixar a porta do quarto de pintura aberta, agora olhe só o caos que virou este lugar. Minha linda plantinha dada por minha melhor amiga Lilith, jogada toda estraçalhada no chão.

— Pobrezinha.— Lamento a pegando do chão.

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e arregaço as mangas da minha blusa, coloco uma música e me preparo para começar a limpar tudo.

— Bela noite de domingo.— Gael comenta.

— Você bem que poderia me ajudar.— Pisco meus olhos tentando ser meiga.

— Não vou não.— Gael fala se retirando do quarto.

Mostro meu dedo do meio para ele mesmo sabendo que ele não estava vendo, pelo menos isso me relaxava mais.

Após horas esfregando o chão consigo tirar a boa parte da tinta e colocar as coisas novamente no lugar, passo o olho em todo canto da sala tentando achar um gato muito do bagunceiro.

— Ai esta você seu...— Paro minha frase na metade para não xingá-lo.

Noite que está coberto por tinha branca faz menção de correr mas por sorte eu consigo o pegar.

— Você vai para o banho mocinho.— Digo seria.

O levo para o banheiro e tranco a porta, começo a encher a banheira ouvindo os miados de desespero de noite na sua frustrada tentativa de fugir.

— Não tem escapatória.— Murmuro me virando para ele.

Ele rosna para mim e eu como uma boa mãe de pet que sou faço cara feia, espero a água chegar numa temperatura boa para então começar a verdadeira luta e tentar enfiar noite na banheira, como sempre deu um enorme trabalho, e me rendeu até mesmo alguns arranhados.

Ele rosna para mim e eu como uma boa mãe de pet que sou faço cara feia, espero a água chegar numa temperatura boa para então começar a verdadeira luta e tentar enfiar noite na banheira, como sempre deu um enorme trabalho, e me rendeu até mesmo alg...

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— Não adianta me olhar assim.— falo com ele que me encarava com um olhar mortal.

Seco fúria da noite o deixando limpinho e cheiroso, sua agitação no banheiro foi tanta que agora ele estava jogado na minha cama, encarando a televisão, sim, meu gato ama assistir tv.

Procuro minha pasta em uma das estantes do meu quarto, abro procurando uma foto que eu usaria de referência para o trabalho amanhã, eu amo restaurar algo antigo que geralmente ninguém consegue ver a beleza ou o valor, da uma nova vida ou um novo sentido, era isso que eu fazia, eu restaurava coisas e ocasionalmente eu criava coisas.

A história por trás de tudo aquilo que os olhos não conseguem apreciar com o devido valor, um sentimento que alguém depositou naquilo, viveu ali. E às vezes eu trabalhava na floricultura, eu gostava muito, outras vezes eu revezava com o restaurante que me divirto muito ao lado de Miguel.

Era uma vida boa, pelos menos para mim.

— Vamos comer pizza?.— Gael pergunta se apoiando no batente da porta.

— Pensei que iria cozinhar, e a pipoca?.— Digo o encarando.

— Fiquei com preguiça.— Ele murmura.

— Frango com catupiry?.— Pergunto animada.

— Ah! não.— Ele reclama.

— Então meio a meio.— Acho uma solução.

— Melhor.— Ele diz pegando o celular do bolso.

Assistimos o filme inteiro, poderia ver quantas vezes fosse sempre iria gostar, era um clássico, bem pelos para mim.

Volto para meu quarto e fico deitada na minha cama olhando pela minha janela, eu amo observa o céu por ela, embora hoje não esteja uma noite estralada, na verdade fazem alguns dias que não havia estrelas, eu também gosto de observa o céu de outras maneiras, a árvore se mexendo conforme o vento bate nela, talvez se eu olhasse com muita atenção eu poderia ver algo acontecer bem diante dos meus olhos.

Rio com esse pensamento bobo mas de alguma forma, isso me acalma, isso sempre me acalmava.

Segredos e Desejos.Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang