Capitulo 25•

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Eu repetia as palavras conforme Victor, o personagem interpretado por Jonny Deep em " A noiva cadáver " falava, os juramentos que seriam ditos a Emily no altar, enquanto ele segurava uma taça cheia de um líquido vermelho, semelhante a vinho mas não era, o veneno que preenchia o copo irá o deixar para sempre com Emily.

— Você sabe todas as falas desse filme?.— Peter pergunta ao meu lado, roubando um pouco da minha pipoca.

Nesse momento eu não me importava com os dedos sorrateiros dele tocando minha comida, eu estava muito focado com a perfeita cena.

— Sim, eu sei.— Digo sem olhá-lo, apenas ouço sua risada divertida.

O final do filme sempre me emociona, quando eu era pequena não entendia, deixar ir, aquela cena que Emily entende o que seria a "liberdade."

— Acho que está tarde, eu preciso ir para casa.— Coloco os pés no chão pronta para impulsionar meu corpo e levantar, quando os dedos quentes de Peter seguraram suavemente meu pulso.

— Não precisa ir se não quiser.— Ele diz, piscando os olhos.

— Eu acho que preciso realmente ir, amanhã tenho que ir para o restaurante então, preciso ir para casa.

Seu olhar de decepção era evidente mas ele também compreendia muito bem, ele sempre entendia.

— Podemos fazer algo no final de semana, sei lá.— Ele sugere segurando minha mão.

— O que quer fazer ?.— Pergunto.

— Tudo, quero fazer tudo com você.— Ele diz e eu não pude evitar de sentir minhas bochechas aquecerem.

Eu nunca em minha vida havia ficado tímida com algum comentário, ou nem mesmo com as bochechas em rubor.

— Porque faz isso?.— Pergunto e Peter faz um cara de confuso.— Porque diz coisas como essa?.

— Porque eu não diria? Não gosta de ouvir?.— Ele rebate e eu dou os ombros.

— Nunca ouvi na verdade.— Sou sincera dessa vez.

— Isso é um crime de tamanha existência.— Ele diz divertido, e lá estava eu, novamente, rindo para Peter.

Eu achava tão bobo aqueles clichês em que ambos os protagonistas se olham depois das risadas altas e os dois ficam admirando os lábios um do outro, trocando olhares significativos.

Puxa olha a hipocrisia Morgana, aqui está você. Fazendo exatamente isso.

— Você vai me beijar ou não?.— Pergunto incapacitante.

— Porque você não vem me beijar?.— Peter rebate com humor.

— Tá eu vou.

Eu inclinava meu corpo em sua direção, seu cheiro agora invadindo meu nariz e meus olhos memorizando cada expressão de felicidade que ele fazia.  Os meus lábios tocam os dele, e sempre que isso acontece eu sinto um leve choque.

Peter puxa minha cintura me trazendo para mais perto dele enquanto nosso beijo se intensifica, meus dedos passam por todo seu cabelo sedoso e nossos corpos pareciam estar em uma luta miserável para não perder o controle, sempre tão inútil tentar segurar essas emoções de desejo.

— O que voce esta fazendo comigo Morgana?.

Dou os ombros, nem eu mesmo sabia o que estávamos fazendo aqui.

— Sexo.— Respondo vendo ele revirar os olhos.

— Claro, sem rótulos.— Ele diz com ácido na voz.

— Sem definir.— Termino de beber meu vinho suave.

— Vem cá me dá um beijo.— Peter me puxa pelo cotovelo.

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